sábado, 28 de março de 2009

PONTO DE ENCONTRO II

Para melhor desfrutar deste post, sugiro ao leitor que (re)leia o post PONTO DE ENCONTRO, do dia 17 de fevereiro.

Bem, caso tenham lido o post indicado, já deve ter dado pra notar que hoje contarei a história do dia em que marquei encontro, mas não fui eu o achado, e sim aquele que achou. Então, camos lá.

Aconteceu em janeiro do ano passado. Havia viajado de férias para Buenos Aires. Se não me engano, cheguei na cidade numa sexta-feira. Como sempre, me hospedei no apartamento do Carlito. Acontece que no domingo à tarde, uma amiga também chegaria. Seria sua primeira visita e fiquei de esperá-la no aeroporto porque sei dum jeito de chegar à cidade que fica bem mais em conta.

O aeroporto de Ezeiza fica bem distante da cidade, na verdade, acho até que já é outra cidade porque a gente passa por vários lugarejos antes de entrar em Buenos Aires. Existem várias opções de transporte, como em qualquer aeroporto: táxi, remis e aqueles ônibus especiais que fazem transporte de turistas. Mas, esses ônibus custam caro (pelo menos eu acho caro...). Claro que tem ar-condicionado, música ambiente e te deixam na porta do hotel, mas custam uns 40 pesos. Ocorre que há uma linha de ônibus urbano que também passa pelo aeroporto. È busão daqueles simples, que a gente pega em qualquer cidade de porte razoável. Ele vai parando em tudo que é ponto e não tem os confortos do ônibus de turismo. Mas, custa um peso. Só utilizei o ônibus especial da primeira vez que fui pra lá. Depois que desobri o "colectivo" só uso ele. Além da economia, a gente também entra em contato mais direto com os costumes e a língua locais. Acho bem mais divertido do que ficar somente em contato com outros turistas. E também, já vou escutando o espanhol terrivelmente sexy que falam na região de Buenos Aires.

Dany, outro amigo argentino, disse que iria comigo. Ele nunca havia ido ao aeroporto e aproveitou que eu ia pra passear também. Adorei a ideia porque com o Dany a gente literalmente nunca para de falar, então eu não ficaria entediado com a viagem, além de praticar meu espanhol porque ele não fala português.

Chegamos em Ezeiza, demos uma volta pra ele conhecer e fomos pro portão de desembarque. Ele leu nos monitores a hora em que o avião chegaria e ficamos lá esperando.

Apurei meus ouvidos pra escutar se havia alguém falando português ao redor. Por quê? Tática de sobrevivência albina pra voces: como não enxergo bem, sempre tenho que depender bastante da audição, então, enquanto estivesse ouvindo gente falando em português ao redor, significava que provavelmente havia voo marcado pra chegar do Brasil.

O voo demorou. E parece que havia voo de outra companhia vindo do Brasil meio que naquele mesmo horário. Só sei que saia gente falando em português do portão de saída e nada da amiga.

Fiquei na cara do portão, acho que há um metro do local onde ela forçosamente teria que sair. Ah, esqueci de dizer que antes havia perguntado prum guarda - pra ter absoluta certeza - se aquela era realmente a única porta de desembarque que havia. Eu ja havia estado la outras vezes, mas de repente podia haver alguma outra saida, sei la eu. Sempre checo e recheco tudo.

E lá estava eu no portão de desembarque, no balanço das horas, esperando. É uma daquelas portas automaticas, que abrem quando a gente pisa no sensor ou sei la o quê. Eu tava meio com medo de desencontrar porque dai sim seria muito mais dificil preu sair procurando pelo aeroporto, né?

E nada dela chegar! Teve uma hora que escutei uma mulher reclamando pra outra do atraso do vôo da...... Ai que bom, pensei! Não desencontramos.

Espera e espera e eu olhando pra todo mundo que saia. Eu achava que como estava exatamente em frente à porta e na cara de quem saía, que forçosamente ela me veria. Afinal, um albinão de 1,80 na sua cara quando você abre uma porta é difícil de não notar , né?

Mas, acreditam que ELA NÃO NOTOU? Sério, a porta abriu, ela olhou em minha direção, nem me notou e virou pra tomar uma saída lateral.

Tive que sair meio apressado donde estava, lutando por entre o mar de gente e chamando o nome da amiga! Fui alcançá-la vários metros da porta. Foi só então que ela me percebeu!

Vocês podem estar se perguntado: nossa, quantos graus ela usa? Nenhum, ela não usa óculos. é só lesada mesmo!

Mas tem outra coisa: ela saiu pelo portão de desembarque conversando animadamente com um meninão que havia conhecido no vôo..... Mmmmm, entenderam agora porque nesse dia quem teve que achar fui eu, né?????

5 comentários:

  1. E eu assumo que sou lesada sim e não encontrei meu amigo "albinão" no meio do povaréu no aeroporto, o que não é nenhuma novidade pra quem me conhece, pois sou sim, muiiiiiitoooo lesada. Sim, realmente estava num papo animado com um gatinho que viajou do meu lado, mas isso não é desculpa pra minha lesação.
    Na verdade, o fato do Roberto ser albino não faz pra mim nenhuma diferença, aliás, tenho uma amiga que é tão loira e branca, que mais um pouco poderia dizer que é albina (pra ter uma idéia, os cílios dela são tão loiros, que a gente só percebe os olhos azuis lindos dela quando ela passa rimel escuro!), pois bem, pra mim não tem diferença, meu amigo albino pode ser "incontrável" tanto quanto qualquer amigo (a) meu (minha), vide no aniversário de um amigo, que fui procurar a mesa dele no fundo do restaurante sendo que havia olhado pro lado onde ele estava e não achei, certo Jayme??? :)

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  2. Boa tarde! Afinal, qual a diferença entre loiro(a) bem claro(a) e albino(a)? Obrigado.

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  3. Qual o limite entre os dois (loiro e albino)? onde termina um e começa outro? Obrigado.

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  4. Pessoas loiras têm pigmentação, pessoas albinas, não :)

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  5. Mas há loiro(a) bem claro(a) com cabelos loiros bem claros que não seja albino(a)? ou essa classificação é automática? haja vista os loiros(as) possuírem baixa pigmentação como os albinos.
    obrigado.

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