O crítico literário Harold Bloom afirma que um dos critérios pra se definir o que seja “boa literatura” é a capacidade que um texto tem de proporcionar novas interpretações a cada nova leitura. Segundo esta visão, o escritor é uma espécie de depositário de grandes verdades, que vão sendo descobertas a cada nova leitura. Além disso, existe apenas um punhado desses "portadores da verdade e da luz".
Que bobagem, Harold! Que coisa elitista... A abertura do poema The Waste Land, de T. S. Eliot, tido e havido por muitos como o melhor poema do século XX, diz que abril é o mais cruel dos meses. Mesmo que esse verso de abertura estivesse no poema mais mequetrefe que fosse, a partir de abril do ano passado ele teria novo significado pra mim. O significado dum texto é dado por quem o lê...
Neste 14 de abril faz exatamente um ano que perdi meu querido sobrinho mais velho num acidente de moto. 29 anos ele tinha quando partiu; faria 30 pouco mais de um mês depois.
Nesses 365 dias sem o Thiago, não passou um dia sequer que não me lembrasse dele. Sua ausência ainda dói, dói muito.
Éramos muito ligados. Ele passou a infância praticamente comigo. Muitas das coisas de que ele gostava fui eu quem apresentou a ele. Como nunca fui um tio “certinho”, levei-o pra assistir a um dos Sexta-Feira 13 quando ele tinha uns 9 anos. Ao invés de ficar assustado, ele passou a adorar a série, como o tio.
A última vez que o vi com vida foi num encontro rápido na rodoviária em São Paulo. Em janeiro, viajei de férias pra Buenos Aires e ele me pediu que trouxesse uma garrafa de vinho. Quando voltei, ele me encontrou na rodô antes deu pegar o ônibus de volta pra casa e lhe dei a garrafa.
No velório, a esposa me disse que haviam aberto o vinho poucos dias antes de sua morte, pra celebrar a aprovação do financiamento da casa própria deles.
Que bom que nunca tenha havido brigas ou rusgas entre nós. Só há lembranças boas e divertidas.
Espero, do fundo do coração, que esse papo de voltar a encontrar as pessoas queridas nalgum outro plano seja verdade. Gostaria muito de encontrar o Thiago novamente quando/se alcançar esse outro plano.
Enquanto a hora não chega, a tarefa de quem ficou por aqui é viver a vida e fazer dela a melhor possível. Afinal, os momentos felizes de antes são parte das lembranças de agora.
Pra homenagear Thiago nesse um ano de sua morte, não poderia escolher outro vídeo senão do Renato Russo, seu ídolo máximo. O epitáfio do Thiago é um trecho duma letra do Renato. Sugestão minha...
Que bobagem, Harold! Que coisa elitista... A abertura do poema The Waste Land, de T. S. Eliot, tido e havido por muitos como o melhor poema do século XX, diz que abril é o mais cruel dos meses. Mesmo que esse verso de abertura estivesse no poema mais mequetrefe que fosse, a partir de abril do ano passado ele teria novo significado pra mim. O significado dum texto é dado por quem o lê...
Neste 14 de abril faz exatamente um ano que perdi meu querido sobrinho mais velho num acidente de moto. 29 anos ele tinha quando partiu; faria 30 pouco mais de um mês depois.
Nesses 365 dias sem o Thiago, não passou um dia sequer que não me lembrasse dele. Sua ausência ainda dói, dói muito.
Éramos muito ligados. Ele passou a infância praticamente comigo. Muitas das coisas de que ele gostava fui eu quem apresentou a ele. Como nunca fui um tio “certinho”, levei-o pra assistir a um dos Sexta-Feira 13 quando ele tinha uns 9 anos. Ao invés de ficar assustado, ele passou a adorar a série, como o tio.
A última vez que o vi com vida foi num encontro rápido na rodoviária em São Paulo. Em janeiro, viajei de férias pra Buenos Aires e ele me pediu que trouxesse uma garrafa de vinho. Quando voltei, ele me encontrou na rodô antes deu pegar o ônibus de volta pra casa e lhe dei a garrafa.
No velório, a esposa me disse que haviam aberto o vinho poucos dias antes de sua morte, pra celebrar a aprovação do financiamento da casa própria deles.
Que bom que nunca tenha havido brigas ou rusgas entre nós. Só há lembranças boas e divertidas.
Espero, do fundo do coração, que esse papo de voltar a encontrar as pessoas queridas nalgum outro plano seja verdade. Gostaria muito de encontrar o Thiago novamente quando/se alcançar esse outro plano.
Enquanto a hora não chega, a tarefa de quem ficou por aqui é viver a vida e fazer dela a melhor possível. Afinal, os momentos felizes de antes são parte das lembranças de agora.
Pra homenagear Thiago nesse um ano de sua morte, não poderia escolher outro vídeo senão do Renato Russo, seu ídolo máximo. O epitáfio do Thiago é um trecho duma letra do Renato. Sugestão minha...
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