Roberto Rillo Bíscaro
Faz dias que tô pra escrever sobre a adaptação pra Pride and Prejudice, de 1979, da BBC, mas não tenho tido oportunidade.
Pride and Prejudice é aquela história que tem o Mr. Darcy. Incrível como as pessoas se apaixonam pelo Darcy! Depois da versão pra telona de 2006 (acho), vários amigos e amigas vieram comentar comigo que não titubeariam em se casar com ele. OK, que sejam felizes! Me convidem pra passar umas temporadas na vasta mansão dele!
Essa versão de 1979 é bastante boa, embora por vezes peque por ser palavrosa demais. A roteirista achou uma maneira inteligente pra driblar as limitações - no que tange à exposição de complexidade psicológica, fluxo do pensamento etc - da forma narrativa da qual se originam a maior parte dos filmes, séries e novelas: ela introduziu um narrador, que no caso, é a própria Lizzy Bennet. Pelo menos a roteirista saca que a forma do drama, que é a base de boa parte da teledramaturgia, não foi feita pra profundidade psicológica, nem pra temas históricos. Ah, se mais roteiristas e escritores soubessem disso!
Boas atuações (mas isso acho quase redundante dizer quando a produção é da BBC, sabiam?), mas é daquelas produções pra TV "pobrinhas". Então, sabe aqueles cenários internos que aparece uma mesinha, uma cristaleira e pouca coisa mais? Parece mesmo novela de época da década de 70, com poucas externas.
Vale a pena ver, entretanto, porque alguns aspectos que não podem ser tratados em versão pra cine, por causa do tempo, podem neste caso, por ser minissérie. Um aviso se faz necessário: acho que indicaria isso apenas pra austenmaníacos. Existe uma outra versão em formato minissérie da própria BBC, de 1995, que dizem ser mais elegante e ricamente produzida (a qual, aliás, está entre as minhas próximas coisas pra assistir!)
Olhem que máximo, gentem: desocobri um vídeo com cenas da versão mais recente pra cinema, com música do meu amado Peter Gabriel. Um deleite!
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