Sempre coloco aqui posts que falam sobre discriminação contra pessoas com albinismo. Ou, se não discriminação, pelo menos muita invisibilidade social.
Mas, sabia, caro leitor, que em algumas (poucas) sociedades as pessoas com albinismo são reverenciadas?
Uma dessas sociedades é a tribo Kuna, no Panamá. A tribo possui uma das taxas mais altas de albinismo do planeta (1 em cada 165) e a presença de albinos é tão forte que o equivalente deles ao nosso Jesus Cristo é albino.
Geneticistas e antropólogos explicam a altíssima incidência de pessoas com albinismo devido à devastação das conquistas territoriais espanholas no século XVI. De uma população que antes girava em torno de 750 mil indivíduos, agora restam aproximadamente 5 mil. Como os albinos não podiam guerrear, pereceram bem menos do que os pigmentados, por isso seus genes não apenas se mantiveram, mas também se tornaram bastante comuns, por causa do declínio da população em geral.
Ainda hoje, nascer albino na comunidade é visto como muito bom sinal. Muitos se tornam líderes comunitários, curandeiros, empreendedores etc, porque são considerados mais inteligentes, os “portadores de luz”.
Infelizmente, o artigo da Reuters não foi transcrito integralmente e não consegui achar a versão integral, mas creio que está quase todo aqui o texto:
http://forums.about.com/n/pfx/forum.aspx?tsn=1&nav=messages&webtag=ab-racerelation&tid=8409
A última parte do artigo conta algumas das “façanhas supernaturais” praticadas pelos albinos da etnia. Uma delas merece ser contada aqui: uma mãe conta com orgulho que seu filho albino de 12, um dia reverteu uma situação de eclipse solar. Segundo ela, o garoto subiu no telhado e disparou flechas contra a lua, que em seguida, resolveu desobstruir o sol.
Poderoso!
E, como no You Tube a gente consegue achar quase tudo, encontrei essa montagem de imagens do povo Kuna Yala, extraídas dum documentário e com música incidental, provavelmente deles também.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
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