Roberto Rillo Bíscaro
O Dr. Albee e seus filmes da década de 50, dirão os leitores quando lerem que ontem vi King Dinosaur, filmado em apenas 3 dias, em 1955. Pelo tempo de filmagem dá pra perceber que o filme nem B é, deve ser T, por aí...
Cientistas constatam que um novo planeta se posicionou numa órbita tão próxima à da Terra, que seria possível visitá-lo. Além disso, suspeita-se que apresente condições praticamente idênticas às de nosso planeta (isso barateia a produção porque daí você pode filmar em qualquer matagal disponivel). 4 cientistas são enviados ao novo planeta (Planet Nova) a fim de explorá-lo. Esse "explorá-lo" deve ser entendido na plenitude de sua polissemia.
Se a filmagem durou apenas 3 dias, a elaboração do "roteiro" deve ter durado no máximo 4. São tantos furos e incongruências que daria material pruma longa postagem apenas sobre isso. A curta duração da filmagem deve-se ao fato de boa parte da película ser composta por material de arquivo, surrupiado de documentários e outros fillmes. O foguete decolando, os animais e os dinossauros, tudo foi afanado de imagens pré-existentes.
Os primeiros minutos funcionam como aqueles velhos noticiários apresentados antes de filmes. Um narrador discorre sobre a descoberta do novo planeta e os preparativos pra missão exploratória. Dá-le cenas mostrando a nova tecnologia da época, bastante desenvolvida devido ao esforço de guerra. Quem disse que guerras são danosas prá todo mundo?
Os dinossauros concentram-se em uma ilha do planeta. Não me perguntem como os tais cientistas sabiam que só exisitam ali, uma vez que eram os primeiros visitantes naquele mundo novo. Também não me perguntem como havia animais "modernos" num planeta que se encontrava ainda na pré-história. Eu avisei que só os furos do roteiro já dariam longa postagem...
Quem tem acompanhado essa minha viagem pelos filmes da década de 1950, já se deu conta de que muitos deles criticam o uso indiscriminado de energia atômica, muito embora não consigam esconder o fascínio que sentem por ela. King Dinosaur, ao contrário, não tem a menor vergonha de fazer apologia à bomba atômica.
Os répteis pré-históricos são varridos do planeta através da detonação duma bomba nuclear. A última fala do filme é "Trouxemos a civilização pro Planeta Nova", dito em tom sério, não de ironia. Civilização, no caso, significa a intromissão na ordem natural do processo evolutivo de Nova. Graças ao artefato nuclear, Nova abandonava a Pré-História e entrava na História. Uma História que já começava sob os efeitos da radiação atômica. Assim como a bomba atômica trouxera a "paz" pro Japão, também trazia a civilização pro novo planeta.
Há horas em que penso que os dinos eram bem menos assustadores.
Que ruim , estava procurando outra coisa. Obrigada por nada
ResponderExcluirnusss naum fala nada d importante se mata qm fez isso
ResponderExcluirsi joga da ponte por favor queria saber o que é a missão civilizadora naum essa babozera
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