Apenas dois filtros solares passam em teste
Ter, 01 Dez, 01h00
Cinco das dez principais marcas de protetor solar em loção vendidas no País não são resistentes à radiação, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste). Os produtos, entre eles Nivea e Sundown, perdem até 50% do FPS (fator de proteção aos raios UVB, responsáveis pelo câncer de pele) quando expostos a uma hora de sol. Na avaliação global, oito marcas das dez analisadas foram reprovadas por também não resistir à água ou não bloquear raios UVA, ligados ao envelhecimento da pele.
Apenas os protetores L'Oréal Solar Expertise e o Cenoura & Bronze foram aprovados. A avaliação global dos produtos é uma média das notas em cada um dos quesitos. O FPS é responsável por bloquear os raios UVB, que são mais fortes entre 10 horas e 16 horas, período não recomendado para exposição prolongada ao sol. São os principais responsáveis por câncer de pele, queimaduras e vermelhidão.
No teste de fotoinstabilidade, o FPS dos produtos foi medido antes e depois da exposição a uma temperatura de 40ºC. As marcas Avon, La Roche-Posay, Nivea, Banana Boat e Sundown foram reprovadas. Alguns produtos, como o da Nívea, perderam 50% do seu FPS. Todos os protetores analisados são de fator 30. Após uma hora de uso, eles caíam para FPS 15. "O segundo pior foi o La Roche Posay, que manteve só 62% de sua proteção indicada no rótulo", afirma Marina Jakubowski, química da Pro Teste.
Isso não quer dizer que os produtos não oferecem proteção aos raios UVB, explica a pesquisadora, e sim que têm pouca resistência à luz e ao calor. Além de instável à exposição solar, o Coppertone declarou um fator de proteção (30), maior do que o medido (25). Todos as embalagens mencionavam resistência à água, mas após imersão de meia hora, a proteção do produto da Natura caiu para 30% do FPS inicial, por exemplo. O Sundown caiu para 55%. Para o especialista em foto proteção e professor da Faculdade de Medicina da USP, Sérgio Schalka, a diminuição do FPS é natural. "Mesmo os produtos que se declaram resistentes à água perdem, após 40 minutos de imersão na água até 50% do FPS."
As oito marcas de protetor solar avaliadas pela Pro Teste discordaram do resultado da pesquisa e informaram que seus produtos foram submetidos a testes científicos, aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e liberados para o comércio. Todas as empresas afirmaram que não tinham conhecimento do estudo. A L"Oréal Brasil, que representa a La Roche-Posay disse que desconhece qual "a instituição que realizou os testes" e os critérios utilizados.
A Nivea Brasil, fabricante do Nivea Sun Loção Solar Protetora informou que, como não teve acesso ao estudo, "não pode avaliar, em profundidade, detalhes sobre a metodologia e resultado do mesmo". Destacou ainda que todos os produtos da empresa são desenvolvidos sob protocolos globais de qualidade e que a loção solar protetora FPS 30 atende às exigências dos órgãos regulamentadores.
A assessoria de imprensa da Johnson & Johnson, que representa a marca Sundown, divulgou que só tomou conhecimento da análise da Pro Teste na tarde de ontem. A empresa ainda afirma que "estranha os métodos utilizados" e que usa, na formulação do protetor, uma combinação de filtros que garante a proteção UVA/UVB.
Metodologia
A Natura, que teve seu produto avaliado como ruim na proteção aos raios UVA, afirmou que a análise da Pro Teste difere da adotada pela Natura. E que tecnicamente não é possível compará-los, "pois fazem uso de metodologias e controles diferentes". O Estado não localizou o representante da Sun Pharmaceuticals, fabricante da marca Banana Boat. Valdir Oliveira, gerente de vendas da Arcom S/A, importadora oficial do Banana Boat Bloqueador Solar Ultra, afirmou que neste ano a empresa não comprou a linha analisada.
A Mantecorp, fabricante do Episol Loção Oil Free e do Coppertone, disse que seus produtos seguem padrões de qualidade nacionais e internacionais. a Avon, do produto Avon Sun, divulgou que a Anvisa não obriga "mencionar na rotulagem a indicação do fator de proteção UVA". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Encontrado em http://br.noticias.yahoo.com/s/01122009/25/manchetes-apenas-filtros-solares-passam-teste.html)
(Gente, não sei bem porque, mas me lembrei duma novela do Sílvio de Abreu, de 1986, Cambalacho. Por que será, não??)
kkkkkk, por que será...
ResponderExcluirtô aqui pensando, que tipo de produtos o governo tem ou vai passar a oferecer... há que se ficar de olho nesse ponto tbm! nunca havia pensado que poderiam fazer maracutaia até nisso. Num país sério, testes das agências reguladoras são confiáveis, mas no Brasil das meias e cuecas recheadas de contribuições para panetones, já viu, né...
A coisa tá tão esculhambada, que nem as mais altas instâncias escapam. tenho visto cada absurdo noticiado na imprensa, que sinceramente, só a corrupção explica tal estado de coisas. Nem o Supremo escapa, é o fim do mundo. Agora vai me dizer que essas empresas não tem ciência direitinho das porcarias que fabricam e nos impõe goela a baixo via lindas campanhas de marketing? Pq nos países mais ricos da Europa esses escândalos não acontecem?
Será que somos cidadãos de segunda classe?
O jeito é fazer barulho, divulgar. já que temos este recurso fantástico nas mãos, a net, blogs, e mails, tá na hora de começar a usar as táticas de guerrilha, espalhar a informação, conscientizar as pessoas, exigir direitos. vou postar essa notícia, e espero que incomode muita gente!
Bj!
Epa....essa doeu....compra-se estas marcas, pois há uma crença embutida que são empresas sérias...o tal marketing...que sacanagem...usa-se protetor solar para que então?
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