Aceitar a diferença
Grandes esforços estão a ser desenvolvidos em África para que os albinos sejam melhor aceites na sociedade. Uma associação em Camarões protege 70 crianças e jovens
O albinismo, doença que se traduz na falta de pigmentação e apresentação de um tom de pele, olhos e cabelo anormalmente claros, é motivo de grande violência e discriminação no continente. O desconhecimento generalizado e os mitos existentes sobre a doença prejudicam muito a integração dos albinos. Pelos motivos descritos, diversas organizações do continente desenvolvem acções de sensibilização junto das populações locais e espaços de inserção para os doentes.
Uma organização sem fins lucrativos de Camarões acolhe 70 albinos, entre os 12 meses e 21 anos de idade. Criada em 2008 pela filha de uma albina, a «Aldeia para os albinos» pretende proteger crianças e jovens de potenciais agressões. Chiara Gregoraci decidiu lutar contra tudo o que a privou do amor materno. Tratar das crianças rejeitadas, reenquadrá-las, e integrá-las a todos os níveis é o objectivo. Além de procurar famílias adoptivas, a organização ordenou a construção de vários casas onde possam viver. «Queremos que sejam autónomos e que voltem a ter confiança», assegura a fundadora, citada pelo jornal Afrik.com.
As crianças e jovens beneficiam de tratamentos adequados à doença. As actividades desportivas a que têm acesso ajudam a melhorar a sua auto-estima. Neste ano lectivo, a organização conseguiu escolarizar 25 de entre eles, mas no próximo ano pretende que sejam muitos mais. Estima que nas regiões mais remotas de Camarões, só em 2007, tenha havido 10 mil albinos maltratados. Muitos sem acesso à educação e vítimas de abusos sexuais.
(Encontrado em http://www.fatimamissionaria.pt/noticia3.php?recordID=30520&seccao=3)
(Não consigo deixar de pensar em Manu Dibango quando escuto o nome de Camarões. Essa canção foi até trilha de novela global nos anos 70!)
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