sábado, 6 de fevereiro de 2010

PROTETOR SOLAR EM PÍLULA

Obrigado à Adelaidinha por ter despertado minha atenção pra esse assunto!

Pílulas contra o sol
Lançamento de protetor solar em comprimidos divide especialistas

Luísa Gockel
Especial para o JB


A dificuldade em aplicar uniformemente o filtro solar na pele e a pouca resistência do produto à agua são as principais queixas de todos os que se expõem ao sol regularmente. Um lançamento no Congresso Anual da Academia Americana de Dermatologia, realizado em Washington, em fevereiro, promete mudar esse quadro: especialistas apresentaram, pela primeira vez, uma fórmula oral de fotoproteção.
Além do frisson causado pela novidade, que levou especialistas a se acotovelarem por uma amostra das pílulas, o produto vem dividindo profissionais da área. Segundo o dermatologista Alexandre de Almeida Filippo, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, os trabalhos publicados sobre o tema são de universidades tradicionais, como Harvard, e merecem credibilidade.
- Esta nova tendência vai chegar ao mercado com muita força, visando principalmente a ser ingerido a longo prazo para atuar como antioxidante, prevenindo o fotoenvelhecimento. Além disso, se forem tomadas duas cápsulas por dia, o produto previne o eritema (vermelhidão) por até duas horas e meia de exposição solar intensa - explica Filippo.
Segundo o dermatologista, este protetor oral foi lançado depois de vários estudos científicos que comprovaram sua eficácia, mas só agora foi colocado no mercado. A previsão do médico é de que até o fim do ano o produto chegue ao Brasil. Um funcionário da Melora, representante brasileiro do laboratório espanhol responsável pelo produto, garantiu que, devido à grande expectativa de profissionais e consumidores, em poucos meses as pílulas estarão disponíveis nas farmácias.
A arquiteta Diana Galender, 45 anos, está ansiosa pela chegada do produto ao país. Para cuidar da pele, ela não pega sol no rosto ''de jeito nenhum'', usa maquiagem com proteção e só sai de casa depois de passar filtro solar. Conta com a pílula inovadora para abandonar esse ritual.
O presidente da regional Rio da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Abdiel Figueira Lima, explica que o protetor é feito à base de uma substância batizada de extrato de leucotomos de polipódio (PLE), extraída de uma planta nativa da América Central. O extrato é considerado um poderoso agente antioxidante, que combate os radicais livres liberados pelo organismo após a exposição solar.
- É mais um parceiro que vem colaborar com a fotoproteção. É um exagero, no entanto, dizer que temos um protetor solar via oral. Sua ação, na verdade, é no sentido de condicionar a pele para a exposição ao sol, com menor prejuízo para as células - acredita o presidente.
O dano celular a que Lima se refere são as mutações induzidas pelos raios ultravioletas decorrentes da exposição excessiva ao sol. Estas células com o DNA alterado são as causadoras do envelhecimento precoce e do câncer de pele.
- Não acho que o protetor solar tradicional deva ser completamente abandonado. Mesmo assim, quem fizer uso do produto oral diariamente está investindo no futuro, porque as lesões na pele só são sentidas muito tempo depois. Além disso, pessoas que não podem pegar sol por causa de alguma doença, como o lúpus, ou que fazem tratamentos de pele, como o peeling, também terão essas pílulas como fortes aliadas - explica.
A eficácia do uso tópico do PLE é unanimidade entre dermatologistas. O uso via oral do extrato, no entanto, requer um cuidado maior, de acordo com a coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dóris Hexel.
- Há uma certa confusão em relação aos fitoterápicos. Só porque são extratos feitos a partir de plantas não significa que sejam naturais. Temos de avaliar antes a sintetização e a metabolização do produto antes de prescrevê-lo - alerta Dóris.
Esses anti-radicais livres, segundo Dóris, dão uma proteção maior contra os raios ultravioletas, mas ainda não dispensam completamente o filtro solar. O dermatologista Alexandre Filippo, apesar de grande defensor da eficiência do PLE, também recomenda cautela quando o assunto é fotoproteção:
- Para prevenir queimadura solar, os estudos mostram excelentes resultados, mas devemos ter mais confiança no produto antes de trocar um protetor solar de uso tópico por um de uso oral. Com a combinação dos dois, poderemos ter uma proteção mais segura - aconselha.
(Encontrado em http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/brasil/2004/04/10/jorbra20040410007.html )

(Uma de minhas canções favoritas de minha primeira "ídala", Gal Costa)

2 comentários:

  1. Eu já tinha feito uma pesquisa sobre o assunto, mas não ncontrei nada consistente... Agora sim, minhas esperanças se renovam, porque acredito que o uso desse medicamento e o uso tópico do filtro solar vai terminar de vez com aquele receio que temos, de ter problemas graves, daqui uns 15, 20 anos.
    Aproveito para te pedir, Roberto, assim que esse medicamento começar a ser comercializado no Brasil, que me avise, não importa o quanto custe, proteção e prevenção é tudo

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  2. Q barato! seja como for, é uma forma de facilitar o dia a dia das pessoas e espero que tbm seja acessivel economicamente... acho que pode ajudar muito em relação as crianças, pois talvez diminua a necessidade constante de passar o protetor, ou seja, menos amolação e mais proteção... tomara q dê certo!

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