Ontem fui ver Norma Aleandro num teatro da Avenida Corrientes. A atriz é o equivalente argentino de Fernanda Montenegro, ou seja, é venerada como a melhor do país. Conheço Norma de vários filmes, alguns dos quais possuo, como Sol de Otoño (onde faz par com Federico Luppi) e La História Oficial, Oscar de melhor filme estrangeiro nos anos 80 (onde faz par com Hector Altério). Quando soube que Aleandro estava em cartaz, nao sosseguei enquanto nao fui vê-la.
Decidi ir â pé ao teatro. Devem ser umas 40 quadras, mas a planura e o traçado retilíneo de Buenos Aires, somodos ao frio, tornou a caminhada muito agradável.
As leis antifumo sao inexistentes ou nao tao severas em Buenos Aires, como em Sao Paulo. Acostumado a locais livres de cheiro de cigarro, confesso que quase morri asfixiado no hall do teatro!
Agosto, a peça, aborda diversos dramas familiares de vários personagens, ora em tom cômico, ora dramático. Me parece que a montagem pecou justamente na dose entre esses elementos. Talvez tenha-se feito concessoes em demasia pra que o púbnlico risse e, no fim, nao se sabe qual o tom do espetáculo. Além disso, as 3 horas de duraçao me fizeram devanear mais de uma vez.
O elenco estava bom e La Aleandro, claro, arrasou! A atriz cobre uma vasta gama de emoçoes numa performance na qual muitas vezes tem que atuar como se estivesse sob o efeito de comprimidos, posto que a personagem é viciada. A cena final é de partir o coraçao, com Norma se acabando de chorar ao som de um canto indìgena. Lembrou Tennessee Williams e mostrou que força teria tido a obra se tiovesse se decido por qual tom seguir com mais ênfase.
(La Aleandro em cena de La História Oficial. Esse filme è essencial.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário