Sempre que necessitava ir ao aeroporto de Guarulhos, eu tomava o caro onibus executivo que parte da estacao rodoviaria com a qual estou mais familiarizado em Sampa. Sabia que havia um onibus intermunicipal quase 10 vezes mais barato, que sai duma estacao de metro, mas nunca me animara a procurá-lo porque o executivo me era tao mais prático. Nao precisava me expor ao sol, nao tinha que ficar em ponto pedindo ajuda pra ler letreiro com letra pequena...
Desta vez, porém, decidi que economizaria mais de 25 reais e tomaria o onibus mais simples. Poucas horas antes de sair de casa pra rodoviária em Penápolis, encontrei Monica no MSN. Ela trabalha no aeroporto. Perguntei-lhe como fazer pra pegar o tal busao. Ela disse que bastava descer na estacao Tatuapé, virar â esquerda depois de passar pela catraca e descer a primeira escada rolante à esquerda. O primeiro ponto já seria o do onibus! Nao teria que ficar sob o sol, nem ficar lutando pra decifrar letreiros ilegìveis pra quem tem baixa visao!
Anotei tudo no meu caderninho de viagem e ao chegar à estacao fiz como ela me orientou. Nao poderia ter sido mais fácil: parecia que já tinha tomado o onibus diversas vezes, tal o modo certeiro como me dirigi ao ponto. Na verdade, ainda da escada rolante distingui o onibus perfeitamente no ponto. Só nao o tomei porque já estava lotado.
Fiquei em posicao de fila e imediatamente atrás de mim havia um sujeito com 2 malas enormes. Ele puxou papo e me disse que era sua primeira vez em Sampa e haviam explicado a ele como pegar o onibus ao aeroporto. Mas, sabem o que? Ele contou que quando me viu com mochila, mala de rodinha, sacou que iria pra Guarulhos tambèm e me seguiu! Ou seja, ele, com visao perfeita, sem qualquer deficiencia aparente, tambem estava inseguro. E eu, com visao baixa, servi de especie de reforco pra ele porque ele viu que eu tomava exatamente o mesmo rumo que haviam indicado a ele.
Poupei mais de 25,00 e constatei de novo que muito dos fantasmas temidos por algumas pessoas com limitacoes sao frutos da inseguranca. Quando a auto-estima tá alta a gente vai pra lua, gente!
Sempre anoto minuciosamente - passo a passo mesmo - os percursos que devo fazer. Jayme chegou até mesmo a me dizer das cores e escritos dos veículos. Nao anotei isso, mas, com a informacao na cachola, sequer precisei checar a informacao no metro. Nao se trata de vergonha de pedir ajuda, afinal, pedi-a a Jayme e Monica! É apenas questao de precaucao e pra gente mesmo se sentir mais seguro e confiante. Informacao è poder!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
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