quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O SUCESSO DO TEDX SANTOS & REGIÃO

Terça-feira, participei do TEDx Santos & Região, como palestrante. O evento objetivou a multiplicação de idéias inovadoras, com vistas a melhorar condições de vida e, no caso específico daquela região, apresentar alternativas de caminhos inteligentes e sustentáveis para maximizar o impacto positivo que o pré-sal trará à baixada nos próximos anos.
Muito bem organizado por Antonio Carlos Vargas, o TEDx foi um sucesso desde a organização até à participação de público. O teatro do SESC santista estava cheio de formadores de opinião e profissionais de diversas áreas e entidades civis, interessados em propostas envolvendo sustentabilidade, responsabilidade empresarial, educação, urbanização e diversidade.
A forte cerração na serra atrasou alguns palestrantes e a solução foi alterar a ordem pré-estabelecida. Isso, todavia, não afetou a qualidade e o interesse pelo evento.
Aprendi muito sobre exemplos de cidades sustentáveis, iniciativas empresariais que fomentam igualdade social e harmonia com o meio-ambiente, além de experiências educacionais que vencem o baixo índice acadêmico geralmente alcançado por estudantes brasileiros.
Minha participação teve como tema Conviver com as Diferenças. Sem ser palestra específica sobre albinismo, usei o exemplo do sucesso do blog para apresentar um projeto que já obteve resultados positivos na mídia e na esfera política, graças a forte empenho e criatividade na divulgação, controle de qualidade e diversificação do conteúdo, entre outras coisas.
O dia foi intenso; conheci muita gente interessante e a causa albina ganhou novos aliados. Espero poder estar em novos encontros do tipo, que estão se espalhando pelo país.
Agradeço ao carinho e atenção do Vargas durante todo processo pré-TEDx e durante o dia do evento. Foi exaustivo sair de Penápolis, ir á Sampa, onde me encontrei com outro palestrante para depois irmos à Santos. Ficar alerta a tarde toda, em função de palestras tão interessantes e, de noite, enfrentar nove horas de viagem de volta para casa. Cansativo, mas recompensador. Faria tudo de novo!
Assim que os vídeos das palestras forem disponibilizados no site do TEDx Santos, colocarei link no blog.
O único insucesso foi minha inabilidade com câmeras digitais! Quis apagar uma foto tremida e acabei deletando o conteúdo da câmera toda! Por isso, a postagem sem fotos.

(Uma das canções que ouvi no ônibus de Santos a Penápolis. )

TELONA QUENTE 6

Bang Bang Natalino

Dia 25 de dezembro, estréia nos EUA a refilmagem de Bravura Indômita (True Grit), clássico western, de 1969, que deu o Oscar a John Wayne. O enredo é sobre uma jovem que contrata um velho ex-xerife alcoólatra pra ajudá-la a vingar a morte do pai. A nova versão é dirigida pelos badalados irmãos Cohen e tem Jeff Bridges e Matt Damon no elenco. O trailer da nova versão já está disponível.

Garfield em 3D
Não, o gato gordinho não está cogitado pra virar 3D. O título refere-se a Andrew Garfield, que substituirá Tobey Maguire no papel do Homem Aranha. A Sony anunciou que o próximo filme sobre Peter “Spider” Parker começará a ser rodado em dezembro e estreará em 3 de julho de2012, véspera do feriado de independência norte-americana. Em 3D, claro!

Goodbye, Arthur Penn (1922-2010)
O diretor norte-americano Arthur Penn (não é pai do Sean...) faleceu na terça-feira. Influenciado por Akira Kurosawa e pelos diretores da Nouvelle Vague, Penn dirigiu o influente Bonnie and Clyde – Uma Rajada de Balas (1967), que estabeleceu novo paradigma nas telonas estadunidenses. Os protagonistas eram 2 gangsteres da década de 30, tratados com simpatia pelo diretor. Bonitos (Warren Beaty e Faye Dunaway), divertidos, apaixonados e simpáticos, as personagens lançaram a tendência de olhar os marginalizados com olhos mais carinhosos. O filme também misturava fartas doses de humor e violência realista e brutal. Em O Pequeno Grande Homen (Little Big Man), estrelado por Dustin Hoffman e Dunaway, Penn revisa alguns mitos da conquista do oeste, conferindo papel de mocinho aos índios.

Star Wars 3D

Os resultados tecnológicos obtidos por James Cameron em Avatar fizeram com que George Lucas reconsiderasse seu desdém por filmes em 3D. A montanha de dinheiro amealhada por Cameron também deve ter ajudado pra dissipar os preconceitos. A partir de 2012, os 6 filmes da série Guerra nas Estrelas serão relançados anualmente em 3D. O próprio Lucas supervisiona a conversão dos originais pra adequarem-se à tecnologia do terceiro milênio. Resta torcer pro mundo não acabar em 2012 pra que toda a série seja lançada.

REJEIÇÃO PARTE CORAÇÃO

Sentir-se rejeitado pode partir o coração, literalmente

Sentir-se rejeitado por outra pessoa pode partir o coração, tanto no sentido figurado como literal, segundo estudo conduzido pela Universidade de Amsterdã.
Nesse pequeno estudo da Universidade de Amsterdã e da Liden University, publicado nesta semana na revista americana Psychology Today, foi pedido a 27 estudantes de 18 a 25 anos que anotassem sua primeira impressão de outros estudantes, e depois a esses últimos que julgassem os primeiros, com base em fotografias.
No momento de dar suas respostas, os estudantes tinham conectados cabos e eletrodos para que fosse feito um eletrocardiograma.
Quando eram informados de que outro estudante não tinha gostado de sua foto, o ritmo cardíaco diminuía.
Essa diminuição, chamada pelos pesquisadores de "coração partido", era muito mais pronunciada quando a rejeição provinha de um estudante sobre o qual tinham escrito algo positivo.
As conclusões mostram que a rejeição social "provoca respostas físicas", conclui o estudo.
(Encontrado em http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/100929/saude/eua_holanda_psicologia_sociedade_sa__de&printer=1)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CONTANDO A VIDA 7

Na crônica de hoje, o professor Sebe assopra a fumaça do debate relativo à liberação da maconha e declara sua posição, de quebra abordando o aspecto de classe, que permeia essa discussão.

MACONHA: É PROIBIDO PROIBIR?
José Carlos Sebe Bom Meihy


Por força da profissão, vivo entre jovens. Ao longo dos anos, tenho medido os principais problemas que atordoam o ingresso à maturidade e, depois de tanto observar, aprendi que, sem dúvidas, as drogas são a maior ameaça. E como é difícil abordar o assunto com pertinência. Há um universo conspirando a favor do uso e outro lutando contra. Na primeira linha, as contraditórias medidas que apregoam o uso de bebidas alcoólicas e do cigarro. Toda uma cultura de propaganda – principalmente ligada à cerveja – incute relações de prazer, poder, aventura. A música popular relaciona o cigarro a devaneios, pausas nos problemas e demais lenitivos. É nesse contexto que reina a apologia às drogas mais comuns. E não faltam incentivos que tentam aliviar o peso das conseqüências. Chavões do tipo “isso é coisa da juventude”, “usar uma ou outra vez não é vício” ou citar exemplos de figuras importantes que consomem, torna-se desculpa para mal incurável, a adicção.
No contrapelo dos elogios ao uso, as proibições que, necessárias, ainda não atingiram o grau de maturidade necessário para distinguir as vítimas dos perpetradores. Assim, em tantos casos, são penalizados jovens que consomem em vez de se dirigirem esforços no combate aos fornecedores. É verdade que encaminhamos para melhoria, mas falta muito ainda. Sobretudo, carecemos de prática de conversa, de diálogo franco e aberto sobre esses temas. Não se fala apenas de relações de pais e filhos, de professores e alunos. Não. É fundamental que entre grupos de amigos, em situações regulares de troca de contatos, tenhamos condição de incluir o tema como assunto corriqueiro. E basta de apenas ficar chocados com as desgraças estampadas em noticiários.
Sem dúvida, essa questão ganha magnitude agora que desponta com mais vigor um dos movimentos mais danosos dos últimos tempos: a liberação da maconha. Por mais de cinco anos, freqüento as reuniões abertas do NA (narcóticos anônimos) e tenho feito pesquisas em histórias de vidas de usuários para um livro que devo publicar logo. No total, supero a marca de duzentas entrevistas feitas com usuários, familiares, cuidadores, e coleciono casos de indizíveis dores. A grande conclusão é que temos que assumir três postulados fundamentais para entender a questão: o uso de qualquer droga é doença; as razões e conseqüências são comunitárias, quase sempre ligadas às famílias, e, não há cura, mas existe forma de tratamento com algumas respostas felizes.
No que toca especificamente à maconha, deve-se dizer que é errado pensar que é apenas uma “droga leve” ou que “maconheiro é só maconheiro”. É verdade que existem usuários que apenas consomem a canabis, mas esses não passam de 12%. A grande maioria, principalmente jovens, vão da maconha para outras drogas. Quem advoga seu uso indiscriminado alega que o tráfico é o grande problema derivado da proibição. O simplismo dessa colação é óbvio, pois a contravenção é ampla, não apenas contra a maconha. De que adiantaria liberar a maconha se as demais drogas continuam grassando, mesmo na clandestinidade? E mais: liberada, quem diz que seu consumo diminuirá? Pior: teremos condições de controlar a compra e venda? Indo além, pensando nas experiências de outros países, como garantir que não funcionaremos como corredor para usuários de países vizinhos que além de fornecedores mantém o veto? A Holanda, país minúsculo e de fácil administração, recebe viciados de grande parte do mundo e isso agrava a economia do país, que tem que arcar com tratamento e cuidados gerais de uma leva que tem problemas de trabalho e assistência social. Imaginemos o que aconteceria na América Latina se apenas o Brasil liberasse o uso da maconha.
Talvez o mais perverso do movimento de liberação seja o caráter classista. São pessoas de classe média – quase sempre de classe média alta – que propagam isso. Tanto se valendo do potencial medicinal da erva que, esse sim, deve ser controlado, quando do risco da proteção dos consumidores que, ante a proibição, se favorecem de recursos escusos para adquirir o produto que os entorpece. Considerando tudo isso, será que não teremos que responder que sim, que proibido é não proibir. Sejamos valentes.

(Será que o professor gostará desta canção, sobre alguém viciado em amor?)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

TEDx SANTOS & REGIÃO É AMANHÃ

Estou de mochila pronta pra participar do TEDx Santos & Região, onde falarei sobre Conviver Com as Diferenças, ao lado de famosos como Rosana Hermann e Oziris Silva.
Maiores informações sobre o evento podem ser obtidas no site http://tedxsantos.com/wordpress/
Assim que puder, farei postagem sobre a viagem, palestra, evento e o que mais der. Vamos ver se consigo tirar algumas fotos também. Creio que os curadores disponibilizarão vídeos das palestras no site, portanto, aguardem.
Consultei a previsão do tempo pra Santos e constatei que o dia será chuvoso. Beleza prum albino!
O rascunho da fala já está esquematizado. É só dar uma olhada nele de vez em quando pra aprimorar, fazer correções eventuais e memorizar a sequência das idéias.
Amanhã, o blog não terá postagem, portanto, mas pretendo voltar às atividades blogueiras na quarta
Mp3 especialmente lotado pra viagem. Uma das coisas que ouvirei é isso aqui. Clima anos 80, pra variar...

CAIXA DE MÚSICA 7

O Sonho Não Acabou
A história de superação da escocesa Susan Boyle segue bem sucedida. A senhora gordinha e mal vestida, que saiu dum programa de calouros e conquistou o planeta, vendeu 3,8 milhões de seu álbum de estréia. O sucesso promete se repetir com o segundo disco, The Gift, com data de lançamento pra 9 de novembro. O CD figura em primeiro na lista de pré-ordens da Amazon e em segundo na Barnes & Noble. Boyle inseriu canções natalinas no repertório, o que certamente impulsionará as vendas de fim de ano de The Gift. Além das canções pra Noel, Boyle regravou clássicos pop, como Don’t Dream It’s Over, do Crowded House.

Esquadrilha da Fumaça
Marcelo D2, figura fundamental do hip hop brasileiro, gravou um álbum só de samba. Marcelo D2 Canta Bezerra da Silva traz regravações do sambista, falecido em 2005. Em comum, os 2 têm as polêmicas citações á maconha em suas letras. D2 afirmou que tem material de sobra prum álbum de composições próprias, mas isso só vai rolar ano que vem.

Fugindo do Altar
Phil Collins declarou que não pretende se casar pela quarta vez, embora esteja feliz com a namorada Dana Tyler. Sobre o relacionamento com as 3 ex-esposas, o cantor/baterista, disse que é ótimo: os 4 chegam a jantar juntos ás vezes. Civilizado, né? Mas, o ex-Genesis continua dando seus foras. Em entrevista recente, afirmou que ainda estava apaixonado pela terceira esposa e que o divórcio não devia ter acontecido. Pô Phil, que mancada com a Dana, cara!

Sala de Espera
O último álbum da banda inglesa Radiohead foi In Rainbows, de 2007. Segundo o batera Phil Selway, o próximo CD da banda pode demorar um bocado pra sair. Os rapazes devem estar, neste exato momento, no estúdio avaliando e decidindo sobre o material que já tem gravado, pra só então darem sequência ao projeto. Tudo pode acontecer, disse Selway, até mesmo descartarem tudo e começarem do zero. Que demora! Queremos mais maravilhas como essa, logo, meninos!

FRATERNIDADE ARGENTINA



Roberto Rillo Bíscaro

Daniel Burman é um dos mais importantes diretores latino-americanos do momento. Os filmes ds argentino tratam de ações corriqueiras, de gente da classe média às voltas com problemas econômicos e/ou de família. O Abraço Partido, Esperando o Messias, As Leis de Família (a “trilogia do pai”) O Ninho Vazio compartilham da sutileza que pinça dados do cotidiano, ora em tons melancólicos, ora irônicos. É cine falsamente “pequeno”, porque dispensa grandes ações para focar o ser humano.
Em abril, estreou Burman novo: Dos Hermanos (Dois Irmãos), que segue a linha de trabalho anterior. Susana (Graciela Borges) e Marcos (Antonio Gasalla) são irmãos entrados na madureza. Ela é uma agente imobiliária que parece já ter visto dias melhores, mas agora aferra-se a subterfúgios pra tentar manter a aparência de opulência de outrora. Suas roupas extravagantes e de glamour datado contrastam com a necessidade de entrar em festas como penetra, roubar convites do vizinho e champagne numa festa na embaixada brasileira. Retrato duma classe média falida, pós-crise econômica de 2001.
Marcos é o ourives que desistiu de todos os sonhos pra se dedicar à mãe. Linda a cena onde ele lava os cabelos da mãe com xampu. Manso e adorável como um cordeiro, aceita todas as humilhações infringidas pela irmã dominadora e hábil em manipular. Construído no limiar do estereótipo, a personagem chega a irritar pela subserviência e inação.

Quando a mãe falece, Susana vende a casa e exila Marcos numa cidadezinha uruguaia, onde esse começa a fazer teatro (Édipo Rei, sublinhando o tom freudiano da personagem) e, a despeito das tentativas de sabotagem da irmã, descobre novo sentido pra vida. Aprende a andar de moto e inicia amizade (provavelmente, namoro...) com o diretor teatral. É nessa virada da personagem que a construção estereotipada se mostra vantajosa, porque o espectador quase não tem alternativa a não ser se comover com o desabrochar de Marcos. Por se tratar dum filme de Burman, nada disso é feito de modo dramático; ele é o cineasta do cotidiano por excelência e a virada de Marcos é quieta e discreta como a personagem. Enternecedor.
Dos Hermanos apóia-se nas personagens centrais. Graciela Borges e Antonio Gasalla estão ótimos. A primeira com seu jeito entre espalhafatosa, manipuladora e vulnerável e o segundo com suas expressões de desilusão/resignação e o lindo sorriso que se abre de quando em vez.
Baseado no romance Villa Laura, do co-roteirista Sérgio Dubcovsky, Dos Hermanos é daqueles filmes que devem crescer a cada nova assistida, devido às sutilezas dos relacionamentos. Não vejo a hora de ver de novo!

LUPA ELETRÔNICA

Pesquisadores criam lupa eletrônica para deficientes visuais

Conectado a uma tevê de 20 polegadas, dispositivo amplia imagem em até 40 vezes

Alex Sander Alcântara

Pessoas com baixa visão ou visão subnormal apresentam sérias dificuldades para os afazeres habituais, mesmo após tratamento ou correção dos erros refrativos comuns com uso de óculos, lentes de contato ou implante de lentes intraoculares.
Pesquisadores da Bonavision Auxílios Ópticos, empresa instalada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) da Universidade de São Paulo (USP), acabam de lançar uma lupa eletrônica para leitura destinada a pessoas com deficiências visuais graves, com acuidade inferior a 5%.
O produto é o terceiro lançado pela empresa. O primeiro, em 2008, foi uma lupa especial para leitura, que amplia textos em cinco vezes e diminui as distorções, permitindo a visualização das palavras. Em 2009, os pesquisadores lançaram uma prancha de leitura acoplada à lupa. Os dois são vendidos pela empresa.
"A partir da prancha, incorporamos uma nova tecnologia, que foi a câmera de vídeo, colocada no local em que estava uma lente óptica. Conectada a uma televisão de 20 polegadas, a câmara possibilita um aumento da imagem de seis vezes (com a lente) para 40 vezes", disse José Américo Bonatti, pesquisador da Clínica Oftalmológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e um dos diretores da Bonavision, à Agência FAPESP .
Além de permitir a leitura da palavra inteira na linha, uma das vantagens da Lupa Eletrônica é o conforto. "É o dispositivo disponível no mercado que permite ao usuário ler sentado no sofá ou na cama, sem adaptações, não precisando de cadeira e mesa", explicou Bonatti.
"A luz ambiente necessária é mínima. A câmara é de alta sensibilidade e tem controle automático de iluminação, mantendo a imagem na tela da TV uniforme e confortável", disse sobre outras vantagens do produto.
Outro aspecto de destaque é a portabilidade. "Por não ter tela própria, o usuário pode levar para qualquer lugar onde seja possível acoplar o equipamento a uma televisão", disse.
A câmara desliza em um trilho de uma prancha de leitura. Para mudar de linha, é só movimentar o trilho para baixo ou para cima. "Por isso, a lupa pode ser manipulada também por pessoas com problemas motores, portadores de doenças como Parkinson, uma vez que os tremores não afetam a movimentação da câmara no trilho metálico", afirmou.
Existem atualmente no mercado, segundo o pesquisador, dois tipos de lupas eletrônicas: as do tipo "câmara-mouse" e "bandeja móvel", que apresentam algumas limitações.
"A câmara-mouse, que pode ter tela própria portátil ou não, apresenta estabilidade dificultada, caso o usuário tenha problemas motores. Já a bandeja-móvel, que também pode ter tela própria ou não, exige grande treinamento e coordenação motora, pois a bandeja se move facilmente ao menor movimento das mãos", disse.
Segundo Bonatti, a Lupa Eletrônica se diferencia dos equipamentos do mercado porque pode ser utilizado com um treinamento mínimo, além de trazer mais conforto e ergonomia. "O preço desse novo produto é de R$ 1,8 mil, ao passo que um modelo importado está na faixa de R$ 5 mil", disse.
Além do uso para deficiente visual, o novo produto já está sendo testado para outras aplicações, tanto técnica quanto didática. "A Lupa Eletrônica pode ser utilizada para ver detalhes de um lote de produção em circuito eletrônico e também na área de geologia, por exemplo", disse.
O produto poderia também ser utilizado no ensino, indica Bonatti. "Com a ajuda de uma tela grande, muitos detalhes captados poderiam ser vistos em sala de aula. Caso não haja laboratórios na escola, a Lupa Eletrônica pode ser um recurso pedagógico importante", disse.
(Encontrado em http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=30111)

domingo, 26 de setembro de 2010

ZOOFILIA ALBINA EM GLEE!

Já noticiei cobras albinas enrolando BBBs e protegendo carregamento de drogas. Agora, encontraram outro uso pra elas. Viraram coadjuvantes da série queridinha do momento. Quanta fama!

Atriz de "Glee" aparece segurando cobra albina

O episódio de "Glee" com a participação da cantora Britney Spears irá ao ar na próxima terça, dia 28.
Serão apresentados os hits "Toxic", "I´m a Slave 4 U" e "…Baby One More Time".
Na imagem, a personagem de Heather Morris (Brittany) aparece em um remake do videoclipe de "I’m a Slave 4 U" com o figurino e uma cobra rara do tipo Piton Albina.
(Encontrado em http://www.band.com.br/entretenimento/tv/conteudo.asp?ID=100000350122 )

ARCADISMO


O Duran Duran dominou o mundo pop na primeira metade da década de 80. Em 1985, entraram de férias, após o estouro do álbum e da turnê de Seven and the Ragged Tiger.
Simon LeBon, Nick Rhodes e Roger Taylor usaram o tempo livre pra desenvolver um projeto paralelo, batizado de Arcadia, que rendeu apenas um álbum. Eles queriam ser levados mais à sério, e não apenas considerados um bando de meninos bonitos. Almejavam o respeito de um Japan, por exemplo, banda que sempre esteve nas sombras oníricas dos duranies. Basta comparar o visual de Nick, inspirado no do dandy David Sylvyan, vocalista do Japan.

O vocalista, o tecladista e o baterista usaram sua influência e contatos pra reunir um quem-é-quem de convidados ilustres: Grace Jones, Sting, Herbie Hancock, David Gilmour e Carlos Alomar (guitarrista de David Bowie). O resultado foi o álbum So Red the Rose, nas palavras de LeBon, o álbum mais pretensioso jamais gravado”.
A produção é típica do excesso oitentista de barulhinhos. Canções repletas de sininhos, mini explosõezinhas, batidinhas, apitozinhos, raspadinhas.

So Red the Rose soa como Duran Duran tentando ser Roxy Music. A crítica malhou o trabalho e o próprio LeBon é irônico. É lugar comum dizer que So Red The Rose é o album mais artístico do ‘Duran Duran’. Sarcasmo pra se referir ao fato de que os meninos podem ter pensado em fazer um trabalho mais consistente, mas não davam o pulo do gato, porque queriam estrelato e grana.
Um quarto de século depois, é hora de reconhecer que o álbum é um produto típico de seu tempo e apresenta boas canções. Não merece cair no esquecimento. Election Day é uma das canções mais sexy da década, com sua forte batida funkeadaa e os vocais manhosos de Simon. El Diablo é uma jóia da super-produção da década: os teclados imitam flautas andinas e simulam rufar de asas e canto de pássaros pra criar o clima de latinitidad fake que evoca o título espanhol, enquanto LeBon pede ao demo que lhe venda a alma de volta. Além disso, há violinos, som de bolinha quicando e muito mais detalhes. Prato cheio pros detratores… The Promisse tem backing vocals de Sting – então com a moral nas alturas entre os críticos – e uma longa sessão instrumental, atípica em álbuns pop e representante da assepsia de studio. Lady Ice é uma balada dramática, fustigada por teclados e efeitos grandiloquentes, que, se bem ouvida, revelará citações à efeitos presentes em outras faixas do album, como Election Day e a vinheta instrumental Rose Arcana.

Pra comemorar as bodas de prata de So Red the Rose foi lançada uma edição de luxo comemorativa este ano. Um box com 2 CDs e um DVD. Os CD 1 traz o album original, acrescido de 7 bônus, o CD 2 traz 12 gravações raras. É um monte de remixes, demos e versões extended, que devem interessar apenas aos fãs mais xiitas do álbum. Exceção pra Say the Word, canção não constante do album original e que traz a semente de A View to a Kill, tema do filme do 007, de 1987, composta pelo Duran Duran. O DVD traz clips e Making Ofs (também pra fãs mais exaltados).
A arcádia literária do século XVIII era informada pelo bucolismo pastoril e pelos tropos do fugere urbem, da inutilia truncat e da aureas mediocritas. O fugaz Arcadia apostou no reverso com sua maquiagem pesada, cabelos elaborados, produção beirando ao preciosismo rococó, alta dramaticidade contrastada com  assepsia e total urbanidade. Pura pose (como os cultos poetas urbanos árcades se fingindo de rústicos pastores…).

CANAL DA SUPERAÇÃO

Francês sem braços nem pernas cruza Canal da Mancha a nado


Um francês de 42 anos de idade que teve as pernas e os braços amputados após um acidente completou neste sábado a travessia a nado do Canal da Mancha, trecho de mar que separa a Grã-Bretanha e a França.
Philippe Croizon deixou a cidade inglesa de Folkestone às 6h45 da manhã (2h45 em Brasília) e nadou até a cidade de Cap Gris Nez, na costa da França, onde chegou por volta de 16h13 (horário de Brasília).
O nadador completou o trajeto de cerca de 34 km utilizando próteses especiais para as pernas e em um período mais curto que o previsto.
A equipe que apoia Croizon esperava que ele completasse a travessia em cerca de 24 horas, e não nas cerca de 13 horas e meia em que ele venceu o percurso.

Acidente
Há cerca de 16 anos, Croizon foi eletrocutado ao tentar remover uma antena de televisão do telhado de uma casa. Após o acidente, médicos tiveram que amputar seus quatro membros.
Depois da travessia, Croizon disse à BBC que em nenhum momento acreditou que não conseguiria completar o percurso, apesar das dores que sentia em todo o corpo.
O pai do nadador afirmou que ele foi beneficiado por condições favoráveis de vento e que ele teria sido inclusive acompanhado por três golfinhos durante um período, o que interpretou como “sinal de boa sorte”.
Croizon se preparou por cerca de dois anos para realizar a travessia.
(Encontrado em http://www.bbc.co.uk/portuguese/lg/noticias/2010/09/100918_nadador_mancha_cq.shtml  )

(Pra celebrar o feito de Phillipe, ouçamos um xará cantando uma ária de Vivaldi.)

sábado, 25 de setembro de 2010

É DIFÍCIL SER ALBINO EM MOÇAMBIQUE


Pais vendem filho por ser albino – denuncia presidente da associação de defesa das pessoas portadoras de albinismo após audiência com o PR

A PRESIDENTE da “Associação Defendendo os Nossos Direitos”, uma organização que luta em prol da população albina, denunciou ontem, em Maputo, a discriminação social de que esta tem sido vítima mesmo no seio da família, revelando que um casal chegou a vender o seu filho por ser portador daquela pigmentação.
Falando à Imprensa no término de uma audiência concedida pelo Presidente da República, Armando Guebuza, Ana Grabiela explicou que este triste episódio ocorreu no ano passado na província nortenha de Cabo Delgado.
A Associação Defendendo os Nossos Direitos foi criada em 2009, por um grupo de albinos que luta pela defesa dos seus direitos.
Na ocasião, Gabriela esclareceu que, felizmente, a situação dos albinos em Moçambique difere da dos de Tanzânia, Burundi e outros países da África Oriental, onde no ano passado foi reportado o assassinato de pelo menos de 60 albinos, para usar partes do seu corpo para o fabrico de amuletos e poções mágicas.
Contudo, disse Gabriela, “a inserção social dos albinos é difícil até nas suas casas, onde são discriminados pelos seus próprios pais. No ano passado, soubemos de um caso de pais que venderam o seu filho por ser albino”, disse, acrescentando que o albino em causa foi vendido a cidadãos estrangeiros.
Este é um simples exemplo das dificuldades vividas pelos albinos em Moçambique e que foram relatados ontem ao Chefe do Estado por este grupo social, durante um encontro realizado na Presidência da República.
Na lista dos entraves constam também as dificuldades enfrentadas por este grupo no acesso à escola e ao emprego.
Por outro lado, Gabriela disse que os albinos enfrentam o problema da falta de medicamentos para a sua protecção contra os raios solares, pois os poucos locais onde são comercializados, os mesmos são vendidos a preços exorbitantes.
Na audiência, a associação fez um breve relato sobre os êxitos alcançados por este grupo social em 2009, destacando-se a redução do tempo de espera para uma consulta com um médico especialista.
Assim, o tempo de espera reduziu de dois a três meses para um dia a uma semana, fruto de um memorando de entendimento assinado entre a associação e o Ministério da Saúde.
Porém, apesar do memorando de entendimento ser válido em todo o país, este êxito apenas beneficia os albinos residentes na cidade de Maputo, porque noutras províncias continuam a aguardar meses a fio para serem observados por um médico.
(Encontrado em http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/09/pais-vendem-filho-por-ser-albino-denuncia-presidente-da-associa%C3%A7%C3%A3o-de-defesa-das-pessoas-portadoras-de-albinismo-ap%C3%B3s.html#tp)

ALBINO GOURMET 5

Ídolos
Você já sonhou em conquistar seu ídolo pelo estômago e, de quebra, mostrar seus dotes culinários em rede nacional? Em caso afirmativo, a RedeTV vai lhe dar essa oportunidade, a partir do dia 06 de novembro.
Nessa data, estreará o game Cozinhando Pras Estrelas. Em cada programa, 2 participantes cozinharão pro mesmo ídolo, que escolherá o melhor prato. Informações de como se inscrever podem ser obtidas através do email adoro@cozinhandoprasestrelas.com.br ou no site http://cozinhandoprasestrelas.com.br/

Tilápia Albina
Sei lá se existem tantas tilápias albinas a ponto de poder existir uma receita específica com a variedade, mas o fato é que achei uma que especifica que a tilápia usada necessita apresentar essa característica.

Tilápia Albina sobre camada de legumes regada no azeite

Ingredientes:
1 tilápia albina de 1,3 quilos
150 gramas de alho poró em cubos médios
250 gramas de cebola em cubos médios
250 gramas de cenoura em cubos médios
20 gramas de salsa picada
20 gramas de cebolinha picada
30 gramas de alho fatiado
160 gramas de salsão
150 gramas de pimentão vermelho em cubos médios
150 gramas de pimentão amarelo em cubos médios
50 gramas de sal grosso
10 gramas de pimenta do reino preta em pó
1 limão tahiti
1 maço de alecrim
4 ramos de tomilho fresco
250 mililitros de azeite extra-virgem
100 mililitros de vinho branco seco

Preparo:
1-Limpar a tilápia, e fazer três cortes de cada lado.
2-Temperar a tilápia com sal grosso e pimenta do reino e limão.
3-Em um refratário grande, colocar os legumes, a tilápia temperada, os aromáticos, regar com o vinho branco e o azeite.
4-Cobrir com papel alumínio, levar ao forno a 180 ºC por 40 minutos.
5-Retirar o papel alumínio, regar com mais azeite espanhol e levar ao forno por mais 10 minutos a 200ºC para dourar.

Rendimento: 4 porções
Harmonização: vinho branco
Dicas: acompanha arroz branco.
(Encontrado em http://jornalfolhadaterra.com.br/?p=275)

(Que tal escutar um pouco do energético som dos capixabas do Dead Fish, enquanto prepara o peixe albino?)



PANO PRA MANGA

Cientistas criam tecido que pode ser borrifado na pele

Cientistas lançaram nesta semana em Londres um tecido que pode ser borrifado na pele ou em outras superfícies, para fazer roupas, curativos e até cortinas e estofados.
O novo tecido em spray foi batizado de Fabrican Spray-on. Quando aplicado na pele, ele seca instantaneamente. O tecido não tem costuras, pode ser lavado e usado novamente.
O tecido é formado por fibras pequenas, substâncias conhecidas como polímeros - que unem as fibras - e um solvente que permite que ele seja aplicado em forma líquida.
O acadêmico e estilista espanhol Manel Torres, que ajudou a desenvolver o tecido, disse que queria criar um material futurista e confortável. E, como estilista, Torres diz que é ótimo espirrar um material e poder criar o que quiser.
Torres criou uma empresa, a Fabrican Limitada, junto com o professor do Imperial College de Londres, Paul Luckham, que ajudou a desenvolver o tecido. O objetivo é explorar o novo tecido em outras áreas.
Luckham diz que as ideias de uso estão surgindo e a substância pode ter muitas utilidades, desde polidor de sapatos até gazes para curativos. Luckham afirma que a vantagem destes curativos em spray é que eles ficam dentro da lata o tempo todo, sem contaminação, prontos para usar.
O cientista afirma também que a aplicação do tecido borrifado na moda é ótima para anunciar o conceito, mas a substância poderá ser usada de muitas outras formas, como lenços umedecidos, aromatizadores e até estofamento para carros.
(Encontrado em http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2010/09/100917_sprayroupasvideo.shtml)

(Não deixem de ver o vídeo coma demonstração do novo produto. É muito legal.)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ALBINISMO NA TV BETIM

A TV Betim (MG) fez recentemente uma reportagem sobre albinismo, entrevistando um estudante, que comenta sobre o preconceito que enfrentou devido à falta de informação das pessoas.
A matéria afirma que cerca de 5% da população brasileira - quase 10 milhões de indivíduos - é albina. Não acredito que a proporção seja tão grande assim! Sequer constamos do Censo, portanto, fica difícil achar números, mas a cifra apresentada nessa reportagem exagera.
A emissora não disponibilizou link de incorporação do vídeo, portanto, os interesssados devem vê-lo no próprio site, no endereço
http://tvbetim.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=610

PAPIRO VIRTUAL 5

Notícias rápidas do mundo das letras.

Obama Infantil
Em novembro, Barrack Obama estará nas prateleiras das seções de livros infantis em todas as livrarias norte-americanas. A editora Random House lançará Of Thee I Sing: a Letter to my Daughters, que traz a história de 13 heróis estadunidenses, indo de George Washington ao jogador de beisebol Jackie Robinson. A tiragem inicial será de meio milhão de exemplares e os direitos autorais destinados a filhos de soldados mortos ou feridos.
Aquele Abraço
O gaúcho Moacyr Scliar lançou este mês o seu octogésimo livro: Eu Vos Abraço, Milhões. O romance traz a história, narrada em flashback, de Valdo, humilde jovem que sai do Rio Grande do Sul, apaixona-se pelo comunismo no Rio de Janeiro, mas acaba trabalhando na construção do Cristo Redentor. Como se passa na década de 30 e Scliar e o protagonista são gaúchos não faltam doses fartas de Vargas, até porque vivia-se a ditadura do Pai dos Pobres na época. A obra de 256 págs foi editada pela Cia das Letras.

Letra e Fel
Renata Bomfim é poeta e artista plástica capixaba. Tem um livro de poemas chamado Mina e um blog, onde disponibiliza alguns poemas, notícias do mundo cultural do Espírito Santo e vende seu livro. Eis um poema de Renata

Vampiro vegano

Vou ceder aos vampiros
quem sabe a ssim
vendo algum livro.
Mas,imagino uma
entidade diferente:
com sangue quente,
roupas brancas,
resplandescentes,
olhar de cigano.
Amigo das pessoas,
Não cospe na cruz,
Aprecia alho.
Um vampiro vegano!
Ele será o terror dos feirantes e,
na calada da noite,
invadirá quitandas e hortifrutis
em busca de clorofila.
Preferirá os orgânicos
e os sem conservantes.
Sugalos-á com prazer e
sem compaixão,
até que restem só as fibras.
Esta dieta será o segredo
de seu poder e eternidade.
Nada será mais assutador
e nem mais bizarro
que um vampiro sarado e
com baixo colesteról.

O endereço do blog Letra e Fel é http://letraefel.blogspot.com/

MALHAÇÃO

Pacientes com reumatismo devem fazer exercício físico

Especialistas dizem que médicos receitam pouco a ginástica

Os médicos reumatologistas devem prescrever detalhadamente exercícios físicos para seus pacientes, assim como receitam remédios, defenderam nesta segunda-feira (20) especialistas durante o 28° Congresso Brasileiro de Reumatologia, em Porto Alegre.
Segundo os profissionais, a onda de medicamentos biológicos contra os reumatismos (drogas obtidas a partir de fluidos ou tecidos de origem animal, entre outros) relegaram indevidamente os exercícios a um segundo plano.
Isso apesar de estudos comprovarem que eles melhoram a saúde de pacientes com artrites, lúpus, fibromialgia, dores lombares, entre outras, aumentando a capacidade cardiorrespiratória, a força muscular e a mobilidade, além do potencial anti-inflamatório e de redução das doses dos medicamentos.
Outro ponto positivo é que os exercícios ajudam a combater efeitos colaterais de algumas drogas, como os problemas cardiovasculares. Jaime Natour, professor de reumatologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz que "o receituário não é só para remédio".
Não prescrever e deixar que o paciente procure sozinho um programa em academias de ginástica não é o ideal, diz Natour, uma vez que os educadores físicos muitas vezes não conhecem bem as doenças reumáticas.
O reumatologista Fábio Jennings diz que os tratamentos que não usam medicamentos foram deixados de lado, "principalmente porque não há uma indústria por trás".
(Encontrado em http://noticias.r7.com/saude/noticias/pacientes-com-reumatismo-devem-fazer-exercicio-fisico-20100921.html)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

PHIL COLLINS E A TERAPIA DE REGRESSÃO


Roberto Rillo Bíscaro

Este ano, resenhei 4 álbuns de artistas que regravaram velhas canções: Peter Gabriel, The Bird and The Bee, Djavan e Pato Fu. Em comum, todos reinterpretam o material escolhido trazendo algo de novo ao repertório, ainda que de maneiras distintas, dependendo do estilo e do approach de cada um.
Philip David Charles Collins, ex-vocalista/baterista do grupo Genesis (substituindo Peter Gabriel nos vocais), também decidiu lançar álbum de covers em 2010. Quem conhece mais de perto a carreira do inglês, está careca de saber que ele sempre gostou mais de música negra norte-americana dos anos 60 do que dos devaneios progressivos de sua ex-banda. Tanto é que, com ele no comando, o Genesis guinou pra popice desenfreada.
Não muito longe de virar 60tão, após 3 casamentos fracassados, uma relação meio complicada com os filhos do primeiro casamento e com sérios problemas de saúde o baixinho deliberadamente virou os olhos pras suas raízes anos 60 e gravou Going Back (Voltando), tentando recriar a atmosfera de seus tempos de adolescente em Londres.
Mergulhou fundo no catálogo da lendária gravadora negra Motwon e concebeu um álbum que não trouxesse nada de novo às regravações. “Minha intenção foi criar um álbum ‘velho’, não um ‘novo’”, declarou.
Conseguiu, na maior parte do tempo. Utilizando músicos remanescentes da banda de apoio que tocava nos estúdios da Motown, inclusive pra alguns dos artistas regravados, Collins mimetizou à perfeição clássicos das Supremes (Love is Here), Dusty Springfield, Steve Wonder (Uptight), The Temptations (Girl), Martha & the Vandellas (Heatwave) e outros. O baixo está gordo à beira da distorção em algumas faixas, as canções tem os tamborinzinhos, enfim, é quase tudo idêntico.
Louvável o aspecto de superação de Going Back. Collins perdeu a sensibilidade nas mãos e apenas toca bateria com as baquetas amarradas aos pulsos. Também é perceptível a reverência que o material tem pro músico e a energia com que ele interpreta canções como Jimmy Mack. Difícil não estalar os dedos.
A voz de Phil perdeu um pouco do vigor (dizem que ao vivo ele perdeu o fôlego também) e está anasalada demais em certas faixas. Depois de um par de audições, a gente se reacostuma com ela, porém.
A pergunta que fica, no entanto, é: pra que tudo isso se já há os originais, tão bons a ponto de Collins nem querer mexer neles? Embora bem produzido, o álbum dá a sensação de não passar de terapia de regressão prum homem maduro e deprimido, em busca dum tempo que não pode voltar.
Pra Collins, Going Back funciona como ferramenta terapêutica. Resta saber se os ouvintes necessitam desse tratamento.



BABY MOBY DICK


Raro filhote albino de baleia é registrado na Argentina



Um raro filhote albino de baleia franca austral foi visto na costa da península Valdez, na região da Patagônia, na Argentina, nesta segunda-feira, segundo a agência Reuters. De acordo com a WWF, acredita-se que existam 12 mil indivíduos desta espécie no mundo, mas não há estimativas sobre o número de albinos.

Somente no Brasil, mais de 300 indivíduos foram catalogados e identificados por fotos - cada animal é distinguido por calosidades naturais na cabeça. A espécie pode ser vista ainda em países como Chile, Namíbia, Moçambique, Peru, Uruguai, Madagascar, Nova Zelândia, África do Sul e Austrália.
Os grupos ao longo do planeta não cruzam muito entre si, já que as mães costumam manter os mesmos locais de alimentação e os filhotes adquirem esse hábito.
(Encontrado em http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4676141-EI8145,00-Raro+filhote+albino+de+baleia+e+registrado+na+Argentina.html )

TELONA QUENTE 5

Morre ou Não Morre?
Vem aí nova adaptação da peça Romeu e Julieta, de William Shakespeare. Dessa vez, as personagens serão animações em 3D vivendo em jardins rivais. Jardins? Sim, as personagens serão anões de jardim, por isso o título Gnomeo and Juliet. A produção é da Disney e terá a trilha sonora assinada por Elton John. Dublando as vozes das personagens estarão Maggie Smith, Julie Walters, Michael Caine, Ozzy Ozbourne (que adorava 1 Michael Caine...), Patrick Stewart (o professor Xavier, dos X-Men) James McAvoy e Emily Blunt. Na peça inglesa, o casal apaixonado morre no fim, será que a Disney matará os anõezinhos em frente a seus milhões de felizes espectadores mirins? Dia 11 de fevereiro os norte-americanos verão a estréia e contarão pra gente.

Fanfarrão!
8 de outubro, chega aos cinemas a continuação do controverso e bem sucedido Tropa de Elite. Dessa vez, o Coronel (ele subiu de patente) Nascimento enfrentará as milícias que dominam diversas comunidades cariocas e verá que o buraco do tráfico de drogas é bem mais embaixo do que supunha. O excelente Wagner Moura volta a encabeçar o elenco, que ainda conta com o músico Seu Jorge, interpretando um presidiário. Eis o blog oficial do filme http://www.tropa2.com.br/blog/

Menino Super Poderoso
Steven Spielberg mencionou que gostaria de dirigir um filme baseado num romance chamado Robopocalypse, do escritor Daniel H. Wilson. Foi só ele falar, a Dreamworks comprou os direitos sobre a obra e o roteiro já foi escrito por Drew Goddard (um dos co-autores do excelente Cloverfield). Detalhe: o romance só sai ano que vem, em junho! Moral da historia: quer vencer em Hollywood? Caia nas graças de Spielberg, porque o sangue dele tem poder!

Sasha Mercury
Sasha “Borat” Baron “Bruno” Cohen (in)famoso por seu humor ultrajante e caracterizações perfeitas, foi anunciado pro papel de Freddy Mercury, na cinebiografia apoiada pelos remanescentes do Queen. Será que Sasha vai dublar ou cantar de verdade?

POTÊNCIA GENÉRICA

Venda de remédios para impotência cresce quase 50% após lançamento de genéricos
Especialistas alertam sobre a necessidade de acompanhamento médico

Em apenas um mês, a chegada de remédios genéricos e similares do Viagra já mudou o cenário do mercado de remédios para disfunção erétil. Em julho, um mês após a chegada dos novos medicamentos às farmácias, houve um aumento de 47,5% na venda desses produtos. Dados da consultoria IMS obtidos pelo R7 indicam que o consumo de remédios para impotência saiu de 2,15 milhões de comprimidos em junho para 3,17 milhões em julho.

Dos dez remédios mais vendidos em julho, cinco são genéricos ou similares (clique aqui e entenda a diferença entre os modelos de produto), representando 42,5% dos comprimidos comercializados no mês. Todos são fabricados por empresas do grupo EMS. Eles foram responsáveis por 24,2% do dinheiro ganho com a comercialização dos medicamentos – como custam mais barato, em geral dão um faturamento menor para as fabricantes.
A principal razão para essa mudança é a questão do preço. Enquanto o Cialis custa em torno de R$ 28 por comprimido e o Viagra, no novo valor, sai por R$ 15, um genérico fica em torno dos R$ 10.
Mesmo antes do lançamento dos genéricos, no fim de junho, houve uma mudança importante nessa competição. Depois de perder a exclusividade sobre a produção do Viagra, a Pfizer, que fabrica o remédio, resolveu contra-atacar e anunciou um corte de 50% no preço do produto. Com isso, a pílula azul, que há anos ficava atrás do principal concorrente, o Cialis, do laboratório Eli Lilly, assumiu a liderança e ficou com 37,2% das pílulas vendidas, contra 28,9% do rival.
Apesar disso, o Cialis, que concentra seu marketing na duração prolongada (o efeito dura em torno de 36 horas, enquanto a do Viagra varia entre quatro a seis horas) e não deve ter seu preço reduzido, ainda fatura mais. O produto da Eli Lilly representou 48% do dinheiro ganho com a venda desses remédios em junho, enquanto o da Pfizer ficou com 26,5%.
Em julho, todos os medicamentos “de marca” contra a disfunção erétil perderam participação de mercado, levando em conta o volume de vendas. O Viagra caiu de 37,2% para 27,1%, enquanto o Cialis despencou de 28,9% para 17,6%. O Helleva, remédio de referência do laboratório brasileiro Cristália, passou de 10,3% para 5,7% e o Levitra, da Bayer, caiu de 6,5% para 4,1%.
Odnir Finotti, presidente da Pró-Genéricos, associação que reúne as indústrias farmacêuticas do setor, diz que os resultados, tanto de aumento do mercado como da fatia alcançada pelos genéricos, estão “dentro do esperado”.
– É a regra do jogo. Quem não podia agora passa a comprar.
Para Luciano Finardi, diretor de marketing da Eli Lilly, os resultados de julho estão “fora da média”, em razão de os fabricantes de genéricos estarem começando a abastecer as prateleiras. Em agosto e setembro deve haver, segundo ele, “uma leitura mais normalizada” do mercado.
– O que é certo é que vamos ter um crescimento de mercado muito maior do que no ano passado, na casa dos dois dígitos.

Remédio exige receita médica
É importante lembrar que os preços dos remédios para impotência podem baixar, mas a importância do aconselhamento médico, não. Quando alguém toma o remédio sem orientação, pode estar "mascarando" os sintomas de um problema mais grave, como doenças nas artérias do coração, pressão alta, ou diabetes, já que a disfunção erétil é uma espécie de marcador para isso.
Eduardo Pimentel, urologista do Hospital de Base do Distrito Federal, diz que nem sempre o remédio é o tratamento mais indicado para a disfunção erétil.
– Ele pode funcionar por um tempo, fazer a pessoa ter ereções, mas a doença de base [como a diabetes ou a hipertensão] vai progredir, fazendo com que a disfunção se reinstale.
Um grupo preocupante no que diz respeito ao uso de remédios como Viagra são os jovens. Celso Gromatzky, membro do núcleo de urologia do Hospital Sírio-Libanês, diz que eles costumam usar o produto para contrabalancear o efeito negativo que a bebida e as drogas têm sobre a ereção.

– O cara tenta ter uma relação sexual enquanto está alcoolizado, tem uma performance ruim e acaba tomando o remédio para controlar a situação. É um problema porque ele acaba achando que precisa do remédio para fazer sexo.
(Encontrado em http://noticias.r7.com/saude/noticias/consumo-de-remedios-para-impotencia-cresce-quase-50-apos-lancamento-de-genericos-20100913.html)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O FIM DO MUNDO AO ALCANCE DE TODOS

Roberto Rillo Bíscaro

Crescendo nas décadas de 70 e 80, foi inevitável não escapar da paranóia do holocausto atômico. Afinal, muito dos filmes e músicas do período tematizaram uma possível catástrofe nuclear. Os seguidores mais antigos/assíduos do blog hão de se lembrar das diversas resenhas sobre filmes de monstros dos anos 50, nos quais o deflagrador era quase sempre a radiação. Nos últimos dias, assisti a 2 documentários e a um filme feito pra TV sobre o assunto.
O primeiro documentário foi o norte-americano The Atomic Café (1982), constituído somente por imagens das décadas de 40 e 50, as quais contam a história, dispensando narrador. Os diretores Jayne Loader e Kevin Rafferty cavaram fundo nos arquivos de imagens liberados pelo governo norte-americano para mostrar quão insidiosa foi a propaganda anti-União Soviética e pró-armas nucleares, declarando que eram necessárias e seguras, além de proporcionarem conselhos e normas de segurança em caso de ataque repentino do “inimigo vermelho”. Em vários momentos, os documentaristas utilizaram canções que tinham relação com a energia atômica. O resultado é um filme que causa arrepios e risos amarelos, diante do absurdo de algumas situações.
Um general explica que Hiroshima e Nagasaqui foram escolhidas como alvo do primeiro ataque nuclear apenas porque eram cidades “virgens”, ou seja não haviam sido bombardeadas antes. A idéia foi apenas medir, na prática, os efeitos de destruição material e as consequências físicas na população sobrevivente. Sempre é bom recordar que o Japão já estava derrotado quando da carnificina civil provocada pelo Enola Gay; mas, era conveniente como área de teste.
Além disso, vemos também a explosão de produtos destinados à proteção em caso de guerra nuclear: conjuntos habitacionais munidos de abrigos atômicos e roupas anti-atômicas.
A população era bombardeada com propaganda alertando contra o risco de ataque-surpresa iminente e os estudantes praticavam pífias táticas de auto-proteção. Hoje, rimos meio sem jeito do vídeo da tartaruga Herb, que aconselhava às crianças a se abaixarem e cobrirem (duck and cover!) caso uma explosão acontecesse. Um amigo norte-americano que ia á escola na época, relatou-me o pavor sentido durante esses treinamentos. Anos dourados?...
The Atomic Café pode ser visto no You Tube, num arquivo só. Alerto aos interessados (que devem entender inglês) que não garanto a integridade dos vídeos lincados, uma vez que não assisti no You Tube a nenhum dos filmes mencionados.
The Atomic Cafe termina com alguém dizendo que a população estará seguira, caso determinadas regras de segurança sejam tomadas/seguidas. Nada mais apropriado como contraponto e desmentido foi ter visto em seguida, The War Game, misto de telefilme e documentário que a BBC encomendou ao diretor Peter Watkins, em 1965. O resultado foi tão chocante que a emissora não exibiu a obra até 1985, embora a produção tenha ganhado o Oscar de melhor documentário, em 66.
Filmado em preto e branco, The War Game ficcionaliza de forma documental as consequências dum ataque nuclear à Grã-Bretanha. Entremeando ficção com dados estatísticos e entrevistas, o filme desmonta um por um todas as falácias acerca das chances de sobrevivência pós-holocausto atômico, tomando como base informações coletadas nas cidades japonesas destruídas em 1945 e mesmo das cidades alemãs pesadamente bombardeadas com armamentos convencionais.
A desconstrução das mentiras começa mesmo antes do bombardeio, quando o filme aborda a questão da evacuação das cidades e da instalação de mulheres, velhos e crianças em casas de estranhos. O que fazer com as esposas que se recusassem a abandonar seus maridos, mães a seus filhos e assim por diante? Como contornar as inevitáveis querelas raciais surgidas do convívio forçado entre etnias diferentes, que se detestam em silêncio?
O manual de prevenção e sobrevivência vendido (!) pelo governo recomendava forrar um cômodo da casa com sacos de materiais que impediriam a entrada da radiação. Em horas assim, entravam entrevistas com pessoas declarando que não tinham dinheiro para proteger suas residências. Figurões da igreja admoestavam o público a não darem abrigo a estranhos e a se defender com armas contra quem pedisse guarida. Um show de máscaras caindo...
Filmado em branco e preto, The War Game mostra os efeitos físicos, psicológicos e sociais dum ataque atômico de escala nem tão grande assim. A explosão em si mataria, inflamaria (literalmente) ou cegaria zilhões. Os azarados sobreviventes ficariam com queimaduras de terceiro grau (representadas pela maquiagem perturbadora, mas ainda “leve” pros olhos por ser em branco e preto...) e enfrentariam toda sorte de pestes e problemas psicológicos devido aos horrores presenciados. Quem acha que Michael Moore é contundente, é porque não teve a oportunidade de ver The War Game, que também está no U2B:
Depois de The War Game, fui pra outra produção da BBC, Threads (1984). Só consigo descrever o docudrama assim: imagine um peso-pesado esmurrando uma pessoa em estado avançado de anorexia e você terá uma noção aproximada desse petardo amargo, mas (ultra-)realista. Os badalados congêneres norte-americanos The Day After e Testament (ambos de 1983), muito mais conhecidos, parecem fantasias da Disney, comparados à produção britânica.
Fartamente influenciado por The War Game, Threats narra em tom ora documental, ora ficcional, um ataque nuclear em grande escala à industrial Sheffield. O filme é agônico. Primeiro, existe a tensão de saber quando ocorrerá o ataque. O roteirista não teve pressa: o descaso, seguido do temor, antes do pânico coletivo, deixam o espectador angustiado.
Após o bombardeio maciço, o filme mostra 13 anos de deterioração física, estrutural, social, psicológica, comportamental e até de linguagem – tudo baseado nas informações duma alentada lista de cientistas constantes nos créditos finais – por que passará a espécie humana. Pra que servem abrigos subterrâneos, se as pessoas ficarão soterradas sob toneladas de escombros?
Gritos lancinantes, queimaduras, vômitos, hospitais imundos com sangue e excrementos no chão, onde médicos trabalham sem anestesia ou eletricidade, gente comendo carne crua, infestação de ratos, tudo isso torna Thread difícil, mas importante, de ver.
O roteiro de Barry Hines impiedosamente frustra os que esperam pela redenção e superação do problema. Após o longo e dizimador inverno nuclear, a cena muda pra primeira colheita. Uma voz avisa que devido à destruição da camada de ozônio, os raios ultravioleta atinem a Terra em cheio, destruindo grande parte da plantação. O filme termina com uma criança estuprada dando á luz. Veja no You Tube e me conte se tem algo a ver com algum mito de (re)povoamento...
O filme acaba em silêncio, como os créditos finais, que sobem sem música. Raramente, me senti tão deprimido depois de terminar uma película. Não é exagero: tive pesadelo relacionado com o filme, durante a madrugada. Mesmo assim, recomendo-o com veemência. Não adianta fugir do tema. Dizem por aí que a Guerra Fria acabou, mas ninguém ainda veio me contar que as armas nucelares já não mais existem!

CHEGAVA AO PONTO DE REJEITAR AUXÍLIO

Nosso blog é bastante acessado nos demais países de língua portuguesa, especialmente na pátria-mãe, Portugal. Desse modo, é com prazer que publico a primeira história de uma pessoa albina daquele país. Trata-se de Antonio Figueiredo, os qual dou as calorosas boas vindas merecidas à nossa comunidade.
Lembrando que este espaço está sempre aberto a receber e publicar histórias de pessoas com albinismo, que sempre fazem muito sucesso, vide o caso da alta popularidade dos textos constantemente enviados pelo Miguel Naufel.
Sem mais delongas, vamos à narrativa do Antonio.

Sou uma pessoa com 39 anos de idade, fiz universidade em ciências de educação e actualmente estou a fazer mestrado em educação especial na área das dificuldades da aprendizagem. Encontro-me a leccionar numa escola de educação especial e do ponto e vista social penso que estou relativamente integrado. Isto não significa que não seja discriminado, ainda hoje não lido bem com algumas situações quotidianas. Posso exemplificar com idas ao cinema, quando refiro que tenho necessidade de ficar nas filas da frente, as reacções nem sempre são as melhores. Quando se trata de consultar mapas ou ler informações, pensam que estou a ser preguiçoso. Confesso que muito poucas pessoas têm noção das minhas reais dificuldades de visão e sinceramente não faço nada para mudar. Até nas aulas de mestrado ouvi comentários depreciativos de uma professora afirmando que esteve até às 3 ou 4 horas da manhã a preparar actividades por minha causa, no meio de uma aula. Isto ocorreu por mais que uma vez. Realmente não está a ser fácil, até já equacionei desistir! Vamos ver…

Relativamente à minha infância foi muito complicado, foi alvo de discriminação, insultos, acusado de me estar a aproveitar da minha incapacidade visual para ser beneficiado nos resultados. Penso que é comum a todos os albinos... Chegava ao ponto de rejeitar auxílio para não ser alvo de comentários depreciativos. Foi muito difícil. Eu adorava jogar futebol, só que quando o número de jogadores era ímpar, bom, lá tinha eu de ficar de fora. Uns anos mais tarde, deixei de jogar, pura e simplesmente.

Já na idade adulta, houve melhorias significativas. Depois de nos primeiros anos de faculdade ter muitos problemas em ler os documentos, lá consegui uma lupa de ampliação com a qual comecei a devorar livros. Os resultados passaram de suficiente para muito bom. No primeiro ano de mestrado tive media de 18 valores.

Paralelamente a tudo isto, contraí matrimônio e dai resultou uma linda filha (não é albina), hoje com 16 anos. Nesta altura sou divorciado, mas naturalmente irei voltar a casar no futuro. Tenho como hobbies a leitura, informática, yoga e as viagens. Com o tempo fui-me habituando a viajar para fora do país. Faço imensas viagens, umas a título pessoal outras de âmbito profissional, visto que sou um dos impulsionadores de intercâmbios internacionais na escola onde trabalho.

Para terminar, gostaria de referir que eu sou uma pessoa positiva, optimista e que luta sempre pelos objectivos. O que fiz aqui foi falar um pouco da discriminação, que em pleno sec. XXI é inacreditável.

Deixo um abraço enorme
António Figueiredo

(Saudando nosso novo amigo português, com uma linda canção de seu país.)

CONTANDO A VIDA 6

Nosso cronista das quartas está meio bravo hoje, com as propagandas que vê na TV. E pede sua ajuda, leitor!


“ME ENGANA QUE EU GOSTO”...
José Carlos Sebe Bom Meihy

A frase de Nelson Rodrigues serve de pretexto para ponderações atentas à loucura das propagandas correntes na vida contemporânea. Sou dos que acham que alguma coisa deve ser feita, caso contrário podemos cair numa rotina ilógica que diviniza a insanidade. Dia desses, me detive relacionando algumas situações que, de duas uma: ou me fazem sentir pouco inteligente ou vítima indefesa da mais gritante imposição do mercado capitalista. Não custou para que esbarrasse na fronteira da paciência e tive que respirar fundo para não desatinar e cair em depressão profunda. Passados alguns minutos, feita uma lista de situações, até me diverti, mas não sem constrangimentos. E passei a enumerar alguns dos comerciais em curso nas mais importantes emissoras de televisão. Vejam só:
1- Gisele Bündchen ostentando roupas da C&A. Com a graça que a transformou na Top Model mais bem paga do planeta, a incrível personagem das mais importantes passarelas do mundo propagandeava roupas de R$ 19,00. Tudo como se fosse verdade, como se de fato ela as usassem;
2- Xuxa, sim, a “rainha dos baixinhos”, a profissional mais bem paga da televisão brasileira, mostrando que se vale da loção Monange para proteger sua delicada pele. E, para garantir tudo, dá uma pitadinha no belo nariz;
3- Suzana Vieira, aquela namoradeira que nos faz esquecer a idade, anuncia nada mais, nada menos do que a massa Corega e garante segurança de dentaduras, como se as usasse;
4- Pelé, nosso rei do futebol, quase convence ao dizer que se vale de Vitasay para justificar sua invejável performance.
Seria exaustivo enumerar casos, que se multiplicam tornando familiar algumas falsidades. O incrível é que a qualidade dos comerciais corrobora para que se veja tudo como natural, verdadeiro e legítimo.
Além das fantasias propostas por esses anúncios malucos, para uma avaliação mais correta é preciso considerar sua localização nos horários nobres. Mais do que isso, nos intervalos de programas. Sendo notável o custo desses momentos, devemos lembrar que há escolas que se aprimoram na composição desses enredos. Se de fato ocorre uma espécie de “cientificização” dos comerciais, o mesmo progresso não se nota em relação ao público. Estou dizendo que, como público, somos sempre tratados como idiotas. Quem não se lembra, por exemplo, da velha propaganda de um sabonete popular que dizia que “nove entre dez estrelas de Hollywood usam sabonete Gessy”. Fico imaginando as musas de minha juventude – Ava Gadner, Lana Turner, Elizabeth Taylor – se banhando com os mesmos produtos acessíveis à tanta gente.
Na medida em que arrolava estes argumentos, cresciam em mim indignações, afinal, temos culpa em nos deixar ser considerados tão passivamente. Tudo parece tão normal, corriqueiro, que nos acomodamos. Mas, ao mesmo tempo, me questiono sobre como reagir. Creio que o melhor a fazer é usar a reputação de bem humorados e começar por ridicularizar as besteiras que nos impõem. Nesse sentido, vale propor um começo imediato. Vamos, em conjunto, arrolar situações e fazer o possível para demover a proposta de consideração dessas coisas como “artísticas” ou “profissionais”. Até achei um fundamento filosófico para tanto: vamos arrastar a discussão para o campo ético e vejamos a impossibilidade de sustentar mentiras que só se explicam em sociedade de consumo. Também seria viável escrever cartas a estes “heróis” e pedir que nos considerem mais. Aliás, se alguém tiver o endereço deles, por favor, repasse esta mensagem.

(Lembram do Propaganda, duo alemão de synth pop?)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

ALBINO INCOERENTE EM LIVRO SOBRE SUPERAÇÃO

Em abril, a escritora mineira Stael Gontijo veio até minha casa para me entrevistar. Ela estava em meio a uma maratona de viagens para colher historias devida para um livro sobre superação. http://www.albinoincoerente.com/2010/04/albino-incoerente-no-proximo-livro-de.html
A editora Gutenberg acaba de lançar a obra, intitulada A Coragem Que Vem de Dentro. Hoje acontece noite de autógrafos, em Belo Horizonte, à qual se seguirão outras. Outubro será a vez de São Paulo e pretendo marcar presença. Abaixo, o press release sobre o livro.

Livro relata a história de pessoas que superaram grandes traumas
“A coragem que vem de dentro” traz relatos de homens e mulheres que sofreram grandes perdas e traumas, mas conquistaram muita sabedoria por meio destas experiências

Histórias de pessoas comuns, que enfrentaram os mais diversos obstáculos, estão reunidas em “A coragem que vem de dentro – histórias de pessoas que superaram grandes traumas” (Gutenberg, R$ 29,00, 144 páginas, formato 15,5cm x 22,5cm - 0800 28 31 322). O livro narra a trajetória de dez brasileiros que, não se deixando intimidar pelo preconceito, venceram não só as adversidades geradas por uma sociedade que pode ser profundamente cruel, como também as limitações físicas e emocionais, alçando voos acima do esperado por elas próprias. O lançamento está marcado para o dia 21 de setembro, terça-feira, às 19h, na Livraria Leitura - Pátio Savassi, Avenida do Contorno, 6061 - Lojas 235/236 - Savassi, Belo Horizonte.
Para escrever o livro, Staël Gontijo* viajou Brasil afora atrás das mais profundas emoções humanas para brindar o leitor com grandes lições de coragem, perseverança e solidariedade, e confessa nunca antes ter imaginado escrever algo semelhante. “Conheci fracassos, é claro, mas vi gente talentosa inventando saídas, encontrando na dor uma trilha para a transcendência, descobrindo a maestria do otimismo, abrindo caminho rumo à clareza a passos às vezes pequenos e incertos, às vezes súbitos e gigantescos”, declara.
A intenção da obra é apresentar a trajetória de outrem como fonte de aprendizado, já que os homens e mulheres que têm suas histórias narradas ao longo do livro solucionaram problemas de maneira admirável, seguindo fielmente a definição dada pelos psiquiatras para o termo superação: capacidade de interpretar acontecimentos estressantes e incorporá-los dentro de um plano pessoal de metas, transformando-os em algo consistente com o sistema de valores do organismo e não em algo perturbador.
São histórias como da curitibana Christiane Yared que, após recolher seu filho no asfalto num acidente que envolvia um influente político da cidade, criou uma rede de apoio a mães em busca de justiça; o paulistano Luiz Mendes, condenado à pena de 132 anos, autodidata inclusive em francês e finalista no prêmio Jabuti; além de relatos como o de Marcos Rossi, que mesmo sem braços e sem pernas, percorre o país num humor invejável, ministrando palestras, além de praticar mergulho e tocar em escola de samba.
Há ainda histórias como a do jornalista mineiro Oswaldo Braga, que desafiou a suposta estabilidade de um casamento e dois filhos para se unir ao verdadeiro amor de sua vida e, juntos, dirigem uma das maiores ONG’s do país em prol dos direitos homossexuais.
Temas como síndrome do pânico, paraplegia, albinismo, entre outros são apresentados numa narrativa que convida o leitor à análise do “eu” por meio do outro, ao mesmo tempo em que lhe propõe a busca de novas perspectivas pessoal e social.
Histórias com altos e baixos, dramas e sofrimentos quase intransponíveis, com a capacidade de mexer fundo com o leitor, obrigando-o a questionar a própria coragem adormecida. “A coragem que vem de dentro – histórias de pessoas que superaram grandes traumas” resulta do esforço de reunir e integrar aquilo que parece ser um consenso entre os entrevistados a respeito das bases de suas vitórias: Superar é possível, basta acreditar.
Staël Gontijo é jornalista especializada em roteiro e imagem e assessoria de comunicação institucional. Correspondente da revista espanhola Scapada, estreou na literatura com o livro “Cogumelo de Espuma – os bastidores de uma política que mata”, em novembro de 2008. Esgotado no Brasil, a segunda edição do romance foi lançado em 2009 na versão e-book e, neste ano, ganhou sua primeira edição estrangeira, que será lançada em Madri até outubro.

Serviço:
● A coragem que vem de dentro
● Staël Gontijo
● Gutenberg
● R$ 29,00
● 144 páginas
● Formato 15,5cm x 22,5cm
● Aquisições pelo telefone: 0800 28 31 322

Informações à Imprensa: ADCom Comunicação Empresarial
Fones: (11) 3825-7171 / 3825-6939

TELINHA QUENTE 6

Flor x Canhão
Entre 1968 e 1971, foram produzidos 17 episódios da animação Bom Bom e Mau Mau (Roland and Rattfink), exibida no Brasil nas décadas de 70 e 80, pela Tupi e SBT. Bom Bom era um jovem loiro e forte, que gostava de flores e vivia às voltas com o bigodudo Mau Mau, que queria destruir as margaridas do moço bonzinho. Idealizado na época da Guerra do Vietnã, do Maio de 68 e do movimento Flower Power, a animação fazia referência à polarização por vezes violenta entre pacifistas e apoiadores do conflito. Achei um par de episódios no You Tube, com as dublagens originais dos anos 70.

Sucesso do Além
O sucesso estrondoso do filme Nosso Lar despertou o interesse pra transformar o produto em série de TV, na qual se aprofundariam aspectos deixados de fora no longa-metragem. A Globo mostrou interesse no projeto, em virtude da boa audência de Escrito nas Estrelas e A Cura.

Suri em Glee?
Suri, a filha de Tom Cruise e Katie Holmes é ícone fashion faz tempo, com seus saltos e maquiagem. Agora ela quer participar de Glee também, afinal, a série é a queridinha midiática do momento. Katie contou que ela e a filha amam Queen (Dianna Agron) e aproveitou pra se convidar na cara dura pra particpar do show. Então, tá!

Safra de Outono
Chegou a semana de estreias da temporada de outono da TV norte-americana. É série debutando que não acaba mais. Quer dizer, algumas não durarão muito. Alguns dos destaques são:

S#!t! My Dad Says (CBS): sitcom inspirada numa conta de twitter! Um cara começou a tuitar as frases mal humoradas de seu velho pai e a coisa virou show, com o veterano Wiliam Shatner (o Capitão Kirk, da série original de Star Trek)

Outsorced (NBC): este show está atraindo críticas negativas antes da estreia. O jovem chefe dum call center é realocado pra trabalhar na Índia. Ao contrário do respeito à cultura indiana, mostrado no Brasil, o show ianque está repleto de piadas meio racistas, segundo o site TV.com .

No Ordinary Family (ABC): uma família comum vem passar as férias na Amazônia, sofre um acidente de avião e acaba com super-poderes. As críticas até agora não foram muito calorosas pra essa mistura de Modern Family, Heroes e Lost.

Mike & Molly (ABC): um policial e uma professora primária, frequentadores dos Obesos Anônimos, se conhecem e apaixonam. As piadas envolvendo comida e obesidade abundam e não parecem ofensivas na preview. Além disso, há o fator “diversidade” na jogada. É bom ver gente diferente na telinha, não apenas gente sarada, né?

Hawaii Five-O (CBS): releitura da série de ação homônima dos anos 60, que mantém a clássica trilha de abertura, devidamente reduzida pros tempos pós-modernos.

The Event (NBC): mistura de thriller político, ação e ficção científica, o show envolve o misterioso evento do título, uma tentativa de assassinato do presidente, manobras governamentais pra encobrir o evento. Muito mistério no ar, numa tentativa de repetir a febre de Lost.

The Defenders (CBS): A imprensa está celebrando a volta de Jim Belushi á TV, na pele dum advogado de Las Vegas, que defende clientes comuns.

Boardwalk Empire (HBO): pra variar, uma das grandes expectativas da temporada é um show da HBO, famosa pelo apuro das produções. Martin Scorsese está por trás dessa história de gangster ambientada em Atlantic City, durante a Lei Seca. O show narrará a trajetória de Nucky Thompson, de político à chefão do crime organizado. O papel principal fica com o excelente Steve Buscemi.

Blue Bloods (CBS): Lembram do Tom Selleck, que fazia o detetive Magnum, nos anos 80? Agora ele é comissário de polícia e seus 3 filhos são policiais nessa série, ambientado em NovaYork.Além dos usuais bandidos, o show colocará essa família em atrito.

É show que não acaba mais, né? Pois saibam que coloquei apenas a metade, e olhe lá!