Jovem de 23 anos vai ser submetido a um transplante de córnea
Um estudante de 23 anos ficou com apenas 5% da visão após pingar vodca em um dos olhos e terá de passar por um transplante de córnea (a parte transparente do olho).
A prática, chamada de eyeballing, serviria para potencializar o efeito do álcool. O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, em Campinas (SP), aguarda a redução da inflamação ocular do estudante, que cursa economia e é de classe social alta, para fazer a cirurgia.
O rapaz, que não quis se identificar, disse que "foi uma burrice". Ele afirmou ter visto a prática na internet e resolveu testá-la em uma festa.
– Dois amigos colocaram a garrafa direto no olho. Eu coloquei com a colher. Tive a infelicidade de o álcool queimar a córnea.
O jovem disse que estava alcoolizado e não percebeu na hora o mal que causou a si próprio, pois usa óculos e pensou que a visão estava turva por causa de sua deficiência. Ele se diz arrependido e resolveu falar para servir de exemplo para outros jovens.
Esse é um dos dois casos de lesão ocular por queimadura com vodca atendidos por Queiroz Neto no mês passado. O médico afirma que, além de causar danos muitas vezes irreversíveis à visão, a prática tem um objetivo infundado.
– O olho não tem condições de absorver álcool. Essa prática na superfície do olho sempre vai causar queimadura.
(Encontrado em http://noticias.r7.com/saude/noticias/estudante-perde-95-da-visao-apos-pingar-vodca-no-olho-20100915.html )
Prática de jogar vodca nos olhos é sinal de baixa autoestima
Brincadeira com bebida alcoólica pode levar à cegueira
Jogar vodca sobre o olho para potencializar os efeitos do álcool é uma moda que já chegou ao Brasil. A brincadeira, que pode levar à cegueira segundo os oftalmologistas, popularizou-se por meio de vídeos publicados na internet. Para os especialistas que estudam o comportamento juvenil, a prática, conhecida como "eyeballing", é um sinal de baixa autoestima dos jovens.
O psicoterapeuta Marco Antonio Tommaso, psicólogo pela USP (Universidade de São Paulo), diz que "não há uma teoria única para explicar esse tipo de comportamento, mas a autoestima tem de estar lá embaixo para o jovem se prejudicar a esse ponto".
– Geralmente, o jovem vê uma moda como essa e se pergunta se isso é bom para ele. Se não for, ele não usa ou não pratica. Mas precisa estar seguro para isso.
A coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, Albertina Duarte Takiuti, afirma que já tinha ouvido falar sobre essa prática com tequila, outra bebida destilada com alto teor alcoólico.
– Os adolescentes não têm a mesma lógica dos adultos. Fazem algumas coisas para se enturmar. Para eles, turmas são fundamentais e fazem rituais para se tornarem parte de um grupo. Os pais devem ficar atentos aos primeiros sinais de que o adolescente está bebendo e não ter medo de negociar.
Para a psicopedagoga Maria Irene Maluf, a prática pode representar para o adolescente também um ritual "para sentir-se vivo". Ela também aponta falhas na autoestima como motivo para os jovens adotarem modas tão perigosas na balada como a "eyeballing".
– Se ele não tem perspectiva nem autoestima, cria um ritual para se sentir vivo. É como ele quisesse sentir-se, ver que não está morto. São pessoas com baixa autoestima e frustradas. A família tem de trabalhar para que o jovem valorize as coisas que ele tem.
( Encontrado em http://noticias.r7.com/saude/noticias/pratica-de-jogar-vodca-nos-olhos-e-sinal-de-baixa-autoestima-20100910.html )
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