As colunas diárias do blog estão erráticas esta semana, devido à absoluta falta de tempo do blogueiro. Noossa seção de literatura, porém, hoje vem temperada com inclusão e superação. Vale a pena ler, vocês vão ver!
Emílio Figueira supera dificuldades causadas por paralisia cerebral e já escreveu mais de 70 livros
Cristina Camargo
A falta de oxigenação no cérebro durante o parto provocou uma paralisia cerebral no escritor Emílio Figueira, 41, e, como consequências, problemas de coordenação motora e fala.
Ele mesmo lembra que na época os deficientes eram preparados para viver dentro de instituições, recebendo a assistência adequada, mas isolados do convívio social.
Emílio tem orgulho de ter sido uma das pessoas a conseguir "derrubar os muros", numa abertura para a inclusão ocorrida principalmente durante a década de 1980.
O seu caso é exemplar: o escritor não conquistou apenas independência, virou um multiprofissional, intelectual inquieto, cheio de ideias e planos para os próximos anos. Tem 74 livros publicados, 66 artigos científicos, peças de teatro, roteiros. Já trabalhou como jornalista e agora dedica-se à psicanálise, sempre escrevendo.
Em breve terá um blog no "Bom Dia" (http://www.redebomdia.com.br/ ), direcionado a pessoas entre 35 e 60 anos. Sobre esse público, diz: "Mulheres e homens que vivem os sabores e dissabores desse período, comportamentos, avanços, vida sentimental, sexo, grilos, autoestima, ambiente de trabalho, lazer, relacionamentos com jovens e pessoas com mais idade".
Nos últimos anos, pesquisa o comportamento das pessoas de meia-idade. Criou uma clínica online em seu site (www.clinicadameiaidade.com.br) e tem planos de abrir espaço para clinicar pessoalmente. Segundo ele, o modelo de clínica online é tendência nos Estados Unidos e Europa.
"Acredito que o grande barato da minha vida seja escrever ao grande público, seja em forma de livros, artigos, teatro, blog, colunas”, diz. “Assim desenvolvo minha teoria sobre o uso da psicologia e psicanálise no ato de escrever."
Emílio viveu em Bauru parte de sua trajetória, entre 1989 e 2006. Cursou psicologia na USC (Universidade do Sagrado Coração) e foi bolsista do Centrinho (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais) durante oito anos. "Bauru representou a minha grande autonomia. Andava sozinho por toda a cidade, tomava ônibus, freqüentava o comércio, era livre fisicamente".
Em seu livro de memórias, "O Caso do Tipógrafo", mais de 100 páginas são dedicadas à época em que viveu aqui.
Hoje ele percorre o Brasil por causa de suas palestras e aulas em congressos e seminários. A paralisia nunca o atrapalhou na hora de escrever, desde a época da máquina de escrever até agora, com o notebook.
(Encontrado em http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=30391)
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
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