Durante os dias 8 e 10 de dezembro, o Laboratório de Estudos, Pesquisas e Extensão sobre Condições de Vida e Direitos Humanos da Uesb promoveu o “I Seminário sobre Direitos Humanos e Marginalidade Política e Social” e promove hoje o “II Encontro Temático sobre Pessoas com Albinismo e Diversidade Humana”. As atividades de hoje foram realizadas no auditório do Centro de Aperfeiçoamento Profissional (Cap) e continuam durante a tarde, até às 17 horas e das 17 às 22 horas no Salão do Júri.
Para o professor Nivaldo Santana, coordenador do Laboratório, um dos objetivos do encontro é mobilizar a sociedade civil e o poder público através da Universidade, para que essas pesquisas e estudos possam subsidiar políticas públicas e práticas sociais mais direcionadas aos grupos marginalizadas, em relação aos direitos e bens sociais. “Temos aqui no seminário crianças albinas sem óculos, que tendem a passar por sérios problemas de visão quando chegarem à adolescência. Também estão aqui adultos sem protetor solar, com a pele bastante danificada”, destacou.
O professor alerta ainda que a Universidade não tem papel constitucional de viabilizar políticas públicas, seu papel é fazer pesquisas, ensino e extensão e suscitar a discussão. “Cabe ao poder público beber na fonte de nossas pesquisas e viabilizar políticas públicas direcionadas a esses grupos sociais, de forma mais coerente e significativa”, frisou. Nesta segunda edição, o encontro já traz como contribuição um estreitar de relações com o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Direitos e Diversidades, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, do Rio de Janeiro, e com a Escola Municipal Mozart Tanajura, área de grande concentração de pessoas com albinismo. O objetivo maior desse intercâmbio com a escola é formular uma parceria com o curso de Medicina da Uesb, tendo em vista a realização de atendimento ambulatorial à essas pessoas, tendo como eixo central a pesquisa.
Para a professora da Mackenzie, Maria Manuela Maia, que participou do I Seminário sobre Direitos Humanos e Marginalidade Política e Social, “ao nos associarmos com o Laboratório do professor Nivaldo, estamos fazendo esta interface de trabalhar em conjunto, ele com deficientes físicos e albinos, e eu com a prostituição, trocando experiências, orientações de estudos aos alunos da graduação, enfim realizando essa conexão e ampliando a reflexão para os dois espaços.
Sobre o trabalho desenvolvido no Rio de Janeiro, a professora revela: “nosso recorte foi a Vila Mimosa, área de prostituição mais tradicional do Rio de Janeiro, que vive simbolicamente no imaginário do carioca, mas apresenta contradições muito profundas em termos de abandono das políticas sociais. Nosso trabalho não é apenas acadêmico e científico; juntamos essa reflexão científica com o apoio que nós podemos dar, na prática, a elas”, concluiu.
(Encontrado em http://www.uesb.br/ascom/ver_noticia_.asp?id=6367)
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