sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

MÚSICA PRA MANTER A FORMA

Mais música no fitness

Como a trilha sonora das aulas nas academias pode melhorar o desempenho dos alunos
Rafael Teixeira

O bom desempenho nas atividades físicas depende de vários fatores: capacidade biológica, condicionamento e alimentação correta estão entre os principais. Recentemente, outro aliado da performance ganhou espaço dentro das academias. Pouco a pouco, esses estabelecimentos começam a dar mais atenção à música que oferecem a seus alunos. Em algumas, os professores passam, inclusive, por treinamentos que incluem noções de musicalidade. Isso ocorre, por exemplo, na rede de academias Bio Ritmo, de São Paulo. Na Stella Torreão, no Rio de Janeiro, a trilha que embalará as aulas é escolhida cuidadosamente. “Selecionamos a música sempre tendo em mente quanto queremos exigir do aluno”, afirma Eduardo Mourelle, coordenador da equipe de corrida da academia carioca.

O que as academias estão fazendo é usar os conhecimentos angariados a respeito do efeito da música sobre o desempenho físico. Sabe-se que o som tem um impacto que vai além da motivação psicológica. Quando fazemos um exercício ouvindo música, a tendência é de sincronizar as batidas por minuto (BPM) da canção ao ritmo que impomos à atividade. Portanto, se elas forem aceleradas, acelera-se também o exercício. “Nesse caso, há melhora da performance”, explica Ricardo Cury, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho.
É por isso que para cada tipo de aula dá-se preferência a certo gênero musical. Na Bio Ritmo, o cuidado com isso é tanto que os aparelhos de som têm um comando com o qual o professor altera o bpm da trilha sonora das aulas. “A tecnologia ajuda a alternar facilmente picos de alta intensidade durante o exercício, que pedem músicas aceleradas, e momentos de recuperação entre esses picos, que demandam sons mais lentos”, explica Saturno de Souza, diretor técnico da rede.
Aluna da Bio Ritmo, Aline Machado, quando não está em aulas coletivas, usa o seu tocador de MP3, no qual criou pastas para músicas de acordo com as aulas. “Ouço lentas para fazer pilates e ioga e aceleradas para bicicleta e corrida”, diz. A estudante Joana Bittencourt, frequentadora da Stella Torreão, ouve rock e eletrônica para correr. Para ela, também é importante ouvir o que se gosta. “Quando entra algo que não me agrada, meu rendimento cai na hora”, diz.
(Encontrado em http://www.istoe.com.br/reportagens/114904_MAIS+MUSICA+NO+FITNESS)

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