Hoje é aniversário de duas pessoas especiais que cruzaram meu caminho em circunstâncias diversas.
Em 1987, fui assistir a um ensaio da peça Arena Conta Zumbi, montada pelos alunos do colegial do Anglo aqui de Penápolis. Amizade mesmo eu tinha com umas duas pessoas, o resto conhecia de vista ou de sentar em mesas de bar, mas sem intimidade. Um dos atores, eu não conhecia. Na verdade, conhecera seu pai, meu professor de química por três semanas no primeiro colegial, em 1982. Sua aposentadoria saiu no início do ano letivo; esse o motivo de tão pouco tempo como meu professor. Sorte dele... Sempre fui péssimo em Exatas. Bom pra mim também, porque ele não levou más recordações de minhas reclamações e desempenho pífio!
Lembro-me direitinho da fala do jovem estranho: “vinte negras pra cada um”. Faz anos que não leio a peça, por isso não me recordo em que circunstância vem essa fala. O importante é que lembro da inflexão e da cadência usadas por ele. Escuto agora, enquanto escrevo...
Terminada a função, fui apresentado a ele. Jayme, como o pai (o Y é vital!). Recém-chegado de um ano de intercâmbio nos Estados Unidos. Não sei se já se deu conta de que nos conhecemos num teatro, área onde vinte anos mais tarde eu me doutoraria. Na época, meu conhecimento sobre o assunto era tão “vasto” que, durante meses, achei que a peça se chamasse Arena Contra Zumbi. Só percebi que era “conta” quando li o programa do espetáculo!
São tantas as coincidências e afinidades entre nós, que penso que nossos caminhos estavam predestinados a se cruzar. Como dizia um sucesso dos anos 80, “nosso amor estava escrito nas estrelas”.
Desde então, não nos perdemos mais de vista, ainda eu a minha não seja lá grande coisa! Parabéns, Jayme!
Na segunda metade dos anos 90, lecionei pras sétimas e oitavas séries do Educandário Coração de Maria. Às vezes, brincava com os alunos dizendo-lhes que um deles tinha que ficar famoso pra que eu pudesse escrever uma biografia não autorizada e ganhar muito dinheiro. Salário de professor não é lá aquelas coisas...
No meio do alunado havia uma menina tagarela, com uma pinta na testa. Sempre alegre. Nos seus 13, 14 anos, ela queria mais saber de festa e das amigas do que de estudar inglês. Mas, não era burra. Era apenas adolescente. Se jamais aprendi matemática, por que achar que todos devam aprender inglês. Não sou burro por não saber PA ou PG; ela também não é por na época não querer saber da língua inglesa. Volta e meia eu dava umas broncas nela, pra parar de falar! Eu era mais imaturo na época e às vezes exagerava no pito. Ela não era mal educada; apenas meio faladeira (o “meio” foi pra limpar um pouco sua barra, viu?).
Como de costume com alunos, fiquei uns anos sem contato porque ela mudou de escola e eu também. Na rua, ás vezes ela gritava um “seu Robertiiiii!”. Por causa da profissão, me apelidaram de Robert aqui... Também de vez em quando, seu pai me dava alguma notícia dela e do irmão, também meu ex-aluno.
Olhem como são as coisas... Anos depois, em um gelado janeiro no norte dos Estados Unidos, estava checando meus emails e dando uma olhadela nas notícias do Brasil. Talvez por estar longe, fiz algo que nunca fizera e jamais repeti: abri um link com a lista de participantes da edição do Big Brother por estrear. Jamais assistira a um segundo sequer de qualquer edição anterior (nem das posteriores, confesso).
Segundos depois, gritei pro anfitrião norte-americano. Meu Deus, uma ex-aluna minha participará do Big Brother! Ele achou a idéia muito legal e veio até o computador pra que eu lhe mostrasse a foto. Era a menina da pinta na testa, a Sabrina!
O resto da história quase todo mundo conhece. Sabrina Sato não ganhou o BBB, mas tornou-se estrela de primeira grandeza da TV brasileira. Fazendo o que sempre soube melhor: cativar e divertir.
A fama não lhe subiu à cabeça. Ela continua gritando seu Robertiiiiiiiii quando vem pra cá e me vê na rua (ela sabe que eu nunca vejo!). Apesar das broncas, não ficou com raiva de mim. Coisa de professor e aluno... E as entrevistas dela “em inglês” me divertem muito. Tomara que ela nem aprenda inglês pra não estragar as entrevistas! Mas, se quiser, aprende. Ela é esperta. Parabéns do Seu Robertiiiiiiiiii, Sabrina!
Em 1987, fui assistir a um ensaio da peça Arena Conta Zumbi, montada pelos alunos do colegial do Anglo aqui de Penápolis. Amizade mesmo eu tinha com umas duas pessoas, o resto conhecia de vista ou de sentar em mesas de bar, mas sem intimidade. Um dos atores, eu não conhecia. Na verdade, conhecera seu pai, meu professor de química por três semanas no primeiro colegial, em 1982. Sua aposentadoria saiu no início do ano letivo; esse o motivo de tão pouco tempo como meu professor. Sorte dele... Sempre fui péssimo em Exatas. Bom pra mim também, porque ele não levou más recordações de minhas reclamações e desempenho pífio!
Lembro-me direitinho da fala do jovem estranho: “vinte negras pra cada um”. Faz anos que não leio a peça, por isso não me recordo em que circunstância vem essa fala. O importante é que lembro da inflexão e da cadência usadas por ele. Escuto agora, enquanto escrevo...
Terminada a função, fui apresentado a ele. Jayme, como o pai (o Y é vital!). Recém-chegado de um ano de intercâmbio nos Estados Unidos. Não sei se já se deu conta de que nos conhecemos num teatro, área onde vinte anos mais tarde eu me doutoraria. Na época, meu conhecimento sobre o assunto era tão “vasto” que, durante meses, achei que a peça se chamasse Arena Contra Zumbi. Só percebi que era “conta” quando li o programa do espetáculo!
São tantas as coincidências e afinidades entre nós, que penso que nossos caminhos estavam predestinados a se cruzar. Como dizia um sucesso dos anos 80, “nosso amor estava escrito nas estrelas”.
Desde então, não nos perdemos mais de vista, ainda eu a minha não seja lá grande coisa! Parabéns, Jayme!
Na segunda metade dos anos 90, lecionei pras sétimas e oitavas séries do Educandário Coração de Maria. Às vezes, brincava com os alunos dizendo-lhes que um deles tinha que ficar famoso pra que eu pudesse escrever uma biografia não autorizada e ganhar muito dinheiro. Salário de professor não é lá aquelas coisas...
No meio do alunado havia uma menina tagarela, com uma pinta na testa. Sempre alegre. Nos seus 13, 14 anos, ela queria mais saber de festa e das amigas do que de estudar inglês. Mas, não era burra. Era apenas adolescente. Se jamais aprendi matemática, por que achar que todos devam aprender inglês. Não sou burro por não saber PA ou PG; ela também não é por na época não querer saber da língua inglesa. Volta e meia eu dava umas broncas nela, pra parar de falar! Eu era mais imaturo na época e às vezes exagerava no pito. Ela não era mal educada; apenas meio faladeira (o “meio” foi pra limpar um pouco sua barra, viu?).
Como de costume com alunos, fiquei uns anos sem contato porque ela mudou de escola e eu também. Na rua, ás vezes ela gritava um “seu Robertiiiii!”. Por causa da profissão, me apelidaram de Robert aqui... Também de vez em quando, seu pai me dava alguma notícia dela e do irmão, também meu ex-aluno.
Olhem como são as coisas... Anos depois, em um gelado janeiro no norte dos Estados Unidos, estava checando meus emails e dando uma olhadela nas notícias do Brasil. Talvez por estar longe, fiz algo que nunca fizera e jamais repeti: abri um link com a lista de participantes da edição do Big Brother por estrear. Jamais assistira a um segundo sequer de qualquer edição anterior (nem das posteriores, confesso).
Segundos depois, gritei pro anfitrião norte-americano. Meu Deus, uma ex-aluna minha participará do Big Brother! Ele achou a idéia muito legal e veio até o computador pra que eu lhe mostrasse a foto. Era a menina da pinta na testa, a Sabrina!
O resto da história quase todo mundo conhece. Sabrina Sato não ganhou o BBB, mas tornou-se estrela de primeira grandeza da TV brasileira. Fazendo o que sempre soube melhor: cativar e divertir.
A fama não lhe subiu à cabeça. Ela continua gritando seu Robertiiiiiiiii quando vem pra cá e me vê na rua (ela sabe que eu nunca vejo!). Apesar das broncas, não ficou com raiva de mim. Coisa de professor e aluno... E as entrevistas dela “em inglês” me divertem muito. Tomara que ela nem aprenda inglês pra não estragar as entrevistas! Mas, se quiser, aprende. Ela é esperta. Parabéns do Seu Robertiiiiiiiiii, Sabrina!
Dearest, como diziam em uma novela velha, do início da década de 90, porque definitivamente não somos mais adolescentes:
ResponderExcluir"Almas gêmeas!"
E eu não me arrependo de 1 segundo sequer desde aquele dia de 87!
Ho ho ho adorei Roberto ho ho ho ...Miguel
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