"Tem gente que coloca a culpa de tudo em Deus, mas Deus não castiga, não dá a doença, ele dá a cura”. Esta frase resume em poucas palavras a vida de Cíntia Floriano, que aos 24 anos pode dizer que nasceu novamente. Tudo começou aos 21 anos de idade com o surgimento de alguns nódulos no pescoço. Ela estranhou, mas não chegou a procurar um médico, já que os “nozinhos” não cresceram. A situação mudou depois de duas semanas. O que parecia ser algo normal apresentou um grande crescimento e tomou conta de todo o pescoço. Depois de um longo período de biópsias e exames, o problema foi diagnosticado: um linfoma.
“No começo, os médicos não conseguiram descobrir o que era. Trataram até como tuberculose. Cheguei a perder 20 quilos em uma semana. Foi quase um ano de sofrimento até que chegassem ao resultado final”, relata Cintia. As marcas das biopsias que precisaram ser realizadas ainda permanecem como lembrança em todo o pescoço da jovem.
O linfoma é uma espécie de câncer que atinge o sistema linfático do organismo. Quanto mais precoce for diagnosticado, melhor a possibilidade de cura. O tratamento é agressivo e tem na quimioterapia a sua melhor aliada. “Com o resultado eu comecei o tratamento em Criciúma. O pior eram os efeitos colaterais. Tontura, vômitos, enjoos. Mas eu não desistia. Sempre segui em frente. Eu encarava oito horas de quimioterapia, chegava em casa e ainda fazia todos os trabalhos domésticos. Só depois de três dias que os sintomas apareciam. Aí ficava mais de uma semana de cama”, diz.
Ao todo foram mais de 30 seções. O choque maior veio com a perda dos cabelos. “As pessoas diziam para eu raspar, mas eu não quis. Acho que o choque foi ainda maior. Cada vez que eu penteava os cabelos caia um monte e eu sempre chorava”. A solução encontrada pelos médicos para acabar com a doença seria a realização de um transplante de medula em Florianópolis. O tratamento do linfoma seria a parte mais dolorosa.
“Eles tiraram o líquido ‘bom’ da minha medula e congelaram. Fizeram todo um tratamento para que ela ficasse sadia e pudesse ser reimplantada em mim. Durante três meses até o transplante, eu realizei quatro seções de uma quimioterapia muito forte para eliminar a doença do meu corpo. Os efeitos colaterais foram ainda maiores. Não conseguia comer. Toda a mucosa da boca ficou machucada, língua e tudo mais. Foi um sofrimento que às vezes eu chegava a pensar que ia morrer, mas lembrava da minha família e lutava ainda mais”, conta Cintia. O tão esperado transplante foi realizado no dia 21 de maio do ano passado.
O marido Geraldo, com quem está casada há 10 anos, e a filha Ranya de sete, foram o principal ponto de apoio. “Meu esposo nunca me abandonou e continua comigo até hoje. Os médicos me falavam que muitas pessoas abandonam as mulheres quando elas ficam doentes. Mas ele não. Na hora em que eu mais precisei, ele estava comigo. Às vezes chegava no hospital e fazia várias brincadeiras para eu rir. Era bom, porque se eu entrasse em depressão, a doença vinha ainda com mais força”, conta com o sorriso no rosto.
Depois do transplante, foram 40 dias no Hospital Celso Ramos em Florianópolis, sendo que 20 deles usando fraldas. “Eu virei um bebê novamente. Só comia sopinha, usava fraldas, e precisei fazer todas as vacinas que as crianças pequenas precisam para dar imunidade às doenças. No hospital não queria mostrar que estava doente, precisava dizer que estava forte para ganhar alta. Ia ao banheiro sozinha, tinha que me virar, mas sempre acabava desmaiando”.
A esperada alta não vinha devido aos problemas na boca que não melhoravam. Até que um dos médicos sugeriu o tratamento em casa, já que demoraria algum tempo para que fosse totalmente cicatrizada a mucosa bucal. “Em casa, eu fiquei mais um mês comendo sopa. Minha mãe chorava, eu chorava. Mas graças a Deus fui melhorando”, afirma.
Depois de mais de um ano do procedimento, ainda é necessário um controle mensal em Florianópolis com consultas e exames que precisam ser refeitos para garantir que a saúde continue em dia. “Muitas das minhas amigas de hospital faleceram. E com outras eu mantenho contato até hoje. O engraçado é que a gente tem medo se telefonar. Principalmente de ligar e saber que uma delas morreu”, comenta.
A vida hoje é praticamente normal. A filha é uma das que mais ajuda, e a doença fez com que ficasse ainda mais apegada à mãe. “Ela é o meu socorro. Se sabe que estou com alguma dor, ou algo parecido, sai na rua pedindo ajuda”.
A casa simples que esconde uma verdadeira guerreira aos poucos vai voltando ao que era antes. “Com o transplante eu revivi. Às vezes as pessoas falam que não aguentam mais a vida, que querem se matar. Mas não sabem o que estão dizendo. Para quer ser nervosa e estressada? A gente tem que pensar que existe coisa muito pior. Só quem passa por uma coisa dessas sabe. E é tão bom viver”.
(Encontrado em http://www.jvanguarda.com.br/2009/09/25/uma-historia-de-superacao-e-amor-a-vida/)
“No começo, os médicos não conseguiram descobrir o que era. Trataram até como tuberculose. Cheguei a perder 20 quilos em uma semana. Foi quase um ano de sofrimento até que chegassem ao resultado final”, relata Cintia. As marcas das biopsias que precisaram ser realizadas ainda permanecem como lembrança em todo o pescoço da jovem.
O linfoma é uma espécie de câncer que atinge o sistema linfático do organismo. Quanto mais precoce for diagnosticado, melhor a possibilidade de cura. O tratamento é agressivo e tem na quimioterapia a sua melhor aliada. “Com o resultado eu comecei o tratamento em Criciúma. O pior eram os efeitos colaterais. Tontura, vômitos, enjoos. Mas eu não desistia. Sempre segui em frente. Eu encarava oito horas de quimioterapia, chegava em casa e ainda fazia todos os trabalhos domésticos. Só depois de três dias que os sintomas apareciam. Aí ficava mais de uma semana de cama”, diz.
Ao todo foram mais de 30 seções. O choque maior veio com a perda dos cabelos. “As pessoas diziam para eu raspar, mas eu não quis. Acho que o choque foi ainda maior. Cada vez que eu penteava os cabelos caia um monte e eu sempre chorava”. A solução encontrada pelos médicos para acabar com a doença seria a realização de um transplante de medula em Florianópolis. O tratamento do linfoma seria a parte mais dolorosa.
“Eles tiraram o líquido ‘bom’ da minha medula e congelaram. Fizeram todo um tratamento para que ela ficasse sadia e pudesse ser reimplantada em mim. Durante três meses até o transplante, eu realizei quatro seções de uma quimioterapia muito forte para eliminar a doença do meu corpo. Os efeitos colaterais foram ainda maiores. Não conseguia comer. Toda a mucosa da boca ficou machucada, língua e tudo mais. Foi um sofrimento que às vezes eu chegava a pensar que ia morrer, mas lembrava da minha família e lutava ainda mais”, conta Cintia. O tão esperado transplante foi realizado no dia 21 de maio do ano passado.
O marido Geraldo, com quem está casada há 10 anos, e a filha Ranya de sete, foram o principal ponto de apoio. “Meu esposo nunca me abandonou e continua comigo até hoje. Os médicos me falavam que muitas pessoas abandonam as mulheres quando elas ficam doentes. Mas ele não. Na hora em que eu mais precisei, ele estava comigo. Às vezes chegava no hospital e fazia várias brincadeiras para eu rir. Era bom, porque se eu entrasse em depressão, a doença vinha ainda com mais força”, conta com o sorriso no rosto.
Depois do transplante, foram 40 dias no Hospital Celso Ramos em Florianópolis, sendo que 20 deles usando fraldas. “Eu virei um bebê novamente. Só comia sopinha, usava fraldas, e precisei fazer todas as vacinas que as crianças pequenas precisam para dar imunidade às doenças. No hospital não queria mostrar que estava doente, precisava dizer que estava forte para ganhar alta. Ia ao banheiro sozinha, tinha que me virar, mas sempre acabava desmaiando”.
A esperada alta não vinha devido aos problemas na boca que não melhoravam. Até que um dos médicos sugeriu o tratamento em casa, já que demoraria algum tempo para que fosse totalmente cicatrizada a mucosa bucal. “Em casa, eu fiquei mais um mês comendo sopa. Minha mãe chorava, eu chorava. Mas graças a Deus fui melhorando”, afirma.
Depois de mais de um ano do procedimento, ainda é necessário um controle mensal em Florianópolis com consultas e exames que precisam ser refeitos para garantir que a saúde continue em dia. “Muitas das minhas amigas de hospital faleceram. E com outras eu mantenho contato até hoje. O engraçado é que a gente tem medo se telefonar. Principalmente de ligar e saber que uma delas morreu”, comenta.
A vida hoje é praticamente normal. A filha é uma das que mais ajuda, e a doença fez com que ficasse ainda mais apegada à mãe. “Ela é o meu socorro. Se sabe que estou com alguma dor, ou algo parecido, sai na rua pedindo ajuda”.
A casa simples que esconde uma verdadeira guerreira aos poucos vai voltando ao que era antes. “Com o transplante eu revivi. Às vezes as pessoas falam que não aguentam mais a vida, que querem se matar. Mas não sabem o que estão dizendo. Para quer ser nervosa e estressada? A gente tem que pensar que existe coisa muito pior. Só quem passa por uma coisa dessas sabe. E é tão bom viver”.
(Encontrado em http://www.jvanguarda.com.br/2009/09/25/uma-historia-de-superacao-e-amor-a-vida/)
Olá, blogueiro (a),
ResponderExcluirSalvar vidas por meio da palavra. Isso é possível.
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Atenciosamente,
Ministério da Saúde
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