sábado, 23 de abril de 2011

UM DIA ATÍPICO

Roberto Rillo Bíscaro

Ontem me diverti no cinema. Há anos não ia ao cine porque prefiro o conforto de minha cama e a praticidade do DVD pra ver películas. Também considero que o aparelho de DVD me proporciona mais liberdade de escolha do que vou ver e quando escolho fazê-lo.  
Mas, com 2 amigos próximos visitando Penápolis aceitei o convite de passar uma tarde e início de noite no shopping de Araçatuba pra encarar uma sessão dupla de cine!
Jayme a e Claudio me apanharam em casa por volta das 14:30. Sorte que o carro tem ar-condicionado, porque o calor tava de lascar. Bluergh!
Começaríamos vendo Rio (2011), animação dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha, que está faturando horrores nas bilheterias do hemisfério norte. Ontem foi mesmo um dia atípico, pois além de não ir ao cinema, raramente vejo animações.
Bastante simpática a história das 2 araras azuis que lutam pela liberdade e para manter a espécie existindo. A mensagem do filme é que pássaros têm que ser livres e viver em paz na natureza. A ação se passa durante o Carnaval carioca, quando a cidade é infestada por penas de aves chacinadas pra servirem de fantasia. Os penados não experimentam inversão do cotidiano no reinado de Momo, pois continuam sendo maltratados e mortos. Claro que o filme nem toca nesse “detalhe”. Então, vale como diversão, mas não me venham falar em “mensagem ecológica” que eu infarto!
Sabem o que descobri? Que sou parte dos 10% da população mundial que não enxerga em 3D! Botei os tais óculos (morrendo de medo de pegar conjuntivite!) por cima dos meus e não vi nenhum pássaro voando em minha direção. Apenas vi a tela mais escura. Quando tirava os óculos, via embaçado, mas quando os recolocava não experienciava o 3D. Não me ocorreu experimentar os óculos 3D sem ter os meus por baixo, porque não queria que tivessem contato com meus olhos. Sim, sou meio neurótico com relação a meus olhos, mas alguém pode me culpar por isso?

Não fiquei especialmente chateado por não poder enxergar em 3D, mas talvez eu devesse ter ido pedir meu dinheiro de volta, afinal, ingresso pra sala 3D era o dobro!  
Depois de Rio, tomei um cappuccino gelado do tamanho de um elefante. Lotado de chantilly e outras melecas engordantes. Dilíciaaaaaaaaa!
Carlos Eduardo e Carol nos encontraram no hall pra segunda parte do programa cinematográfico. Assistir a Pânico 4. Terror é bem mais minha praia do que animação, embora o filme de Wes Craven não seja bem de horror. É mas um slasher “pra família”, ciniquinho e metalinguístico. A prestação 4 continua “desmontando” convenções slasher e vale apenas pela plot twist, porque as mortes são terrivelmente fracas e repetitivas. Devia ter 20 minutos a menos.
Ontem foi mesmo um dia atípico pra mim: comi pipoca! E mais, fui eu quem comprei!! Não sou pipoqueiro; como somente quando minha mãe estoura e me dá um pouco (nunca peço). Gosto, mas não me faz falta, entende? Pois antes do Pânico comprei um saco grande na bomboniere. Tudo bem que quando chegou num ponto, passei pro Jayme dar um fim nele, mas ter comprado já foi inusitado.
Antes e voltar pra casa, uma pizza. Aí sim, estamos falando minha língua! Sonho com um médico que me recomende comer menos alface e mais pizza de peperone! (que aliás, foi o sabor que comi).   

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