Servidora albina processa Prefeitura de Cuiabá por sofrer discriminação
Priscilla Vilela
Há 20 anos trabalhando no Posto de Saúde do bairro Quilombo, em Cuiabá, a servidora Olesi Josefina da Silva, concursada para o cargo de serviços gerais, e portadora do albinismo, nunca havia sofrido discriminação pela sua doença dentro do trabalho. Entretanto, no dia 11 de março deste ano, esse quadro mudou, quando a gerente da unidade e a secretária de atenção básica a dispensaram do cargo por não aceitarem o “seu jeito de ser”. “A discriminação delas atingiu a minha alma”, afirma a vítima.
Tudo começou em março, quando a Prefeitura de Cuiabá alterou a direção da unidade, e lotou Enáuzera Benedita Azevedo, como gerente e Simayre Helena da Silva para outro cargo de chefia. Logo que assumiram a posição, segundo Olesi, os chefes a indagaram sobre sua aparência. “Por que você é assim?”. Dias depois, ela foi colocada a disposição do cargo, com a desculpa de que o seu trabalho não estava atingido o padrão de qualidade desejado.
Olesi afirma que em todos os seus anos servindo no posto de saúde, nunca recebeu sequer uma advertência, e que foi dispensada por discriminação por sua aparência, resultado do albinismo. Emocionada, ela relembra o momento em que os chefes comentaram que o local era freqüentado por gente de elite, e com a aparência dela, era melhor a transferência para alguma unidade na periferia, como o bairro 1º de março. “Aquelas palavras me doeram na alma”, afirma a servidora.
Com a clara situação de discriminação, a servidora contratou o advogado Manoel Antônio Garcia Palma para representá-la na justiça. Tanto Enáuzera e Benedita, quanto a própria prefeitura, estão sendo acionados para responder ao crime de discriminação. A cliente, segundo o advogado, acabou com sérios distúrbios pela ação criminosa das acusadas.
“Ela está fazendo tratamento com psicólogo e tomando tranqüilizantes para conseguir dormir. Nomearam uma pessoa despreparada para um cargo de chefia que acabou cometendo um ato de discriminação dentro da saúde pública”, destaca Toco Palma. A ação, ainda segundo o advogado, visa inibir condutas imorais como essa.
Mesmo após levar a conhecimento da Secretaria de Saúde o caso, a servidora não consegue ser lotada em mais nenhuma unidade em Cuiabá. Para justificar o salário, ela é orientada por outros chefes da unidade a apenas assinar o ponto, mas não é permitido o cumprimento do trabalho, mesmo com a falta de pessoas para a limpeza. Inclusive se o ponto não foi assinado, ela pode ser demitida por abandono de cargo.
A rotina de Olesi agora segue abalada. Após anos tentando a própria aceitação, teve que reviver toda a angústia de sentir vergonha até mesmo de sair de casa, com medo de que outras pessoas também a discriminem. E enquanto isso, tanto Enáuzera quanto Simayre seguem tranquilamente em suas atividades no posto de saúde, agora, sem o “medo de que os pacientes sejam contaminados”.
Tudo começou em março, quando a Prefeitura de Cuiabá alterou a direção da unidade, e lotou Enáuzera Benedita Azevedo, como gerente e Simayre Helena da Silva para outro cargo de chefia. Logo que assumiram a posição, segundo Olesi, os chefes a indagaram sobre sua aparência. “Por que você é assim?”. Dias depois, ela foi colocada a disposição do cargo, com a desculpa de que o seu trabalho não estava atingido o padrão de qualidade desejado.
Olesi afirma que em todos os seus anos servindo no posto de saúde, nunca recebeu sequer uma advertência, e que foi dispensada por discriminação por sua aparência, resultado do albinismo. Emocionada, ela relembra o momento em que os chefes comentaram que o local era freqüentado por gente de elite, e com a aparência dela, era melhor a transferência para alguma unidade na periferia, como o bairro 1º de março. “Aquelas palavras me doeram na alma”, afirma a servidora.
Com a clara situação de discriminação, a servidora contratou o advogado Manoel Antônio Garcia Palma para representá-la na justiça. Tanto Enáuzera e Benedita, quanto a própria prefeitura, estão sendo acionados para responder ao crime de discriminação. A cliente, segundo o advogado, acabou com sérios distúrbios pela ação criminosa das acusadas.
“Ela está fazendo tratamento com psicólogo e tomando tranqüilizantes para conseguir dormir. Nomearam uma pessoa despreparada para um cargo de chefia que acabou cometendo um ato de discriminação dentro da saúde pública”, destaca Toco Palma. A ação, ainda segundo o advogado, visa inibir condutas imorais como essa.
Mesmo após levar a conhecimento da Secretaria de Saúde o caso, a servidora não consegue ser lotada em mais nenhuma unidade em Cuiabá. Para justificar o salário, ela é orientada por outros chefes da unidade a apenas assinar o ponto, mas não é permitido o cumprimento do trabalho, mesmo com a falta de pessoas para a limpeza. Inclusive se o ponto não foi assinado, ela pode ser demitida por abandono de cargo.
A rotina de Olesi agora segue abalada. Após anos tentando a própria aceitação, teve que reviver toda a angústia de sentir vergonha até mesmo de sair de casa, com medo de que outras pessoas também a discriminem. E enquanto isso, tanto Enáuzera quanto Simayre seguem tranquilamente em suas atividades no posto de saúde, agora, sem o “medo de que os pacientes sejam contaminados”.
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