Beija-flor albino é fotografado nos Estados Unidos
Um exemplar albino do beija-flor-do-pescoço-vermelho (Archilochus colubris), foi fotografado por Marlin Shank, um adolescente de 15 anos em um parque na cidade de Stauton, Virgínia, nos Estados Unidos.
Leia no oSabeTudo.com: Beija-flor albino é fotografado nos Estados Unidos
Brasil sobe em ranking de tecnologia, mas escassez de talentos preocupa
O Brasil avançou no setor de tecnologia da informação, mas poderia ter crescido mais não fossem entraves como burocracia e deficit de especialistas, segundo um ranking realizado pela Economist Intelligence Unit, o braço de pesquisa e análises da revista The Economist.
Investimento em pesquisas e em infraestrutura ajudaram o país a galgar uma posição em relação a 2009, ocupando agora a 39ª posição no índice, feito pela Economist Inteligence Unit para a organização Business Software Alliance (BSA).
No ranking, que mede principalmente a competitividade no setor, o Brasil está imediatamente atrás da China e muito à frente de outros países da América Latina, com exceção do Chile, que é o líder regional.
"O crescimento da pontuação brasileira na categoria 'pesquisa e desenvolvimento' foi a maior responsável tanto pela evolução na pontuação geral do Brasil, como em sua posição no ranking", disse à BBC Brasil o diretor da BSA no Brasil, Frank Caramuru.
O país ocupa agora o primeiro lugar entre os países da América Latina neste quesito, que tem peso maior na pontuação e avalia investimentos públicos e privados, além do número de patentes e valor recebido por royalties em relação ao número de habitantes.
Segundo Caramuru, a nota brasileira saltou de 1,6 na primeira edição do estudo em 2007 para 21,2 na edição deste ano.
Crise de talentos
Alguns itens da categoria "capital humano" também ajudaram a impulsionar a posição brasileira. O número de formandos nas áreas de ciências e engenharia aumentaram, levando o país a ocupar o 8º lugar nessa classificação.
No entanto, o Brasil permaneceu estagnado no que diz respeito à qualidade de habilidades tecnológicas, gerando temores sobre a escassez de profissionais de tecnologia da informação (TI) qualificados para atender a demanda.
Para Caramuru, já se pode falar em uma crise de talento no mercado brasileiro de TI. "A avaliação aponta para a necessidade de um aprimoramento do currículo dos cursos de ciências da computação, bem como de um estímulo à essa opção de carreira entre estudantes", disse.
"Hoje estima-se que existam 90 mil vagas não preenchidas neste setor no Brasil, e uma projeção da FGV avalia que, em 2014, esse déficit pode chegar a 800 mil."
Morosidade
Progressos na "infraestrutura na tecnologia da informação" também trouxeram mais avanços que retrocessos para o cenário brasileiro. Entre os aspectos positivos está a ampliação da telefonia celular, cujo índice de penetração já ultrapassa os 100%.
Por outro lado, a morosidade na expansão da banda larga no país é citada como aspecto negativo, já que dificulta a absorção de serviços de TI.
Mas na hora de apontar culpados, o levantamento aponta o dedo principalmente para a burocracia brasileira, que freia a inovação e a implantação de TI no país.
Para Caramuru, a estrutura regulatória do país é um grande entrave. "Restrições para contratar e demitir são um empecilho especial para o setor de tecnologia e inovação, em que o mercado sofre mudanças constantes e no qual a agilidade de gestão é crucial para se manter a competitividade."
Brics
Barreiras como essas precisam ser vencidas rapidamente pelo Brasil, se o país quiser competir realmente com os países dos Brics.
Segundo o estudo, embora a Índia e a China estejam hoje no meio da lista de classificação (34ª e 38ª respectivamente), ambos ganharam terreno no ranking e tudo indica que devem subir mais posições nos próximos anos.
"Os Brics possuem vantagens de mão-de-obra menos custosas em relação a países desenvolvidos", afirma Caramuru.
"China e Índia, em relação ao Brasil, deram saltos maiores no ranking devido à quantidade de alunos matriculados em cursos de ciência e engenharia, bem como uma formação mais sólida em TI. Ambos os países estão no top 10 global no quesito capital humano."
Futuro
Entre muitos números e opiniões de especialistas da área, o ranking deixa pistas do que pode ser feito para avançar novas posições nos setores de tecnologia da informação.
Para o diretor da BSA, estimular a opção de estudantes pela área é fundamental. "Na Índia, dois terços dos estudantes universitários estão matriculados em cursos de ciências exatas e engenharia. No Brasil são apenas 14%."
A análise também mostra que formar estudantes com habilidades ou aptidões em TI é importante, mas já não é suficiente.
"Uma grade complementar voltada aos negócios é essencial para esses profissionais prosperarem e contribuírem de forma mais significativa com suas empresas."
Outro dia, a sensação foi Migaloo, agora é um filhote semialbino de baleia
Pesquisadores ficaram surpresos com o registro de um filhote semialbino na Praia de Itapirubá Sul. De acordo com o gerente de campo do PBF, Rodrigo de Rose da Silva, o filhote certamente nasceu há poucas semanas em águas catarinenses, pelo tamanho e coloração. Além disso, Rodrigo revela que o nascimento destes filhotes é raro devido à baixa probabilidade de combinação genética fundamental para proporcionar esta característica ao indivíduo. "Esse é o primeiro filhote nascido este ano que vimos nesta temporada, mas registramos indivíduos juvenis durante o sobrevoo, o que demonstra que o registro destes casos vem aumentando em águas brasileiras nas últimas temporadas", disse Rodrigo. (http://www.sulnoticias.com/geral.php/page/geral/ed/3/cdn/32011)
Há algum tempo, recebi email da Letícia Bahia solicitando material para um trabalho de sociologia sobre albinismo. Atendi o pedido da melhor forma que pude e indiquei Andreza Cavalli como entrevistada em potencial, uma vez que ambas residem em São Paulo.
Ontem, Letícia contatou-me novamente comunicando que o vídeo resultante está disponível no You Tube.
O grupo caprichou e entrevistou até o deputado Carlos Giannazi, autor do projeto de lei que prevê a distribuição gratuita de óculos e bloqueador solar aos albinos paulistas.
Parabéns aos estudantes e obrigado por elaborar mais material sobre albinismo e disponibilizá-lo na rede. Ajudará muito, acreditem.
Nosso cronista anda meio inconformado com os excessos da correção política. La Deneuve também...
POLITICAMENTE (IN)CORRETO
José Carlos Sebe Bom Meihy
Um dos dilemas mais sutis da modernidade é a definição
pessoal sobre posicionamentos que dizem respeito à ética, bom convívio,
correção de defeitos históricos, manifestações que se traduzem em preconceitos.
Combinemos: todos nós estamos atentos a não sermos mais: injustos, cínicos e nem
fora de moda. Resta então adotar a voga das refereciações certas, tudo segundo
o receituário das boas maneiras. Afinal, como não cair nas malhas usuais do
politicamente incorreto? É possível fugir do enquadramento despótico que nos
faz corrigir os procedimentos expressivos a que nos habituamos? Estas questões
me vieram à cabeça quando li uma deliciosa entrevista dada pela atriz Catherine
Deneuve que aos 67 anos se declarava “uma pessoa inadequada aos padrões da moda”.
Vinda ao Brasil para lançar o atraente filme “Potiche: esposa troféu”, sobre uma esposa aparentemente fútil,
casada com milionário industrial autoritário e machista, além da surpreendente
beleza e presença como símbolo da nova mulher, a famosa francesa extasiou a
crítica com impressões sobre aspectos que a fazem destacada como pessoa única e
corajosa por defender publicamente suas opiniões. No filme, em momento
importante e definitivo na trama, ela, ao substituir o detestável marido na
direção da fábrica de guarda-chuva, vestia um casaco de pele, um “vison”
branco. Questionada por um repórter norte-americano sobre este quesito que faz
parte de seu vestuário fora das telas, respondeu com picardia caprichada: “ué,
vocês americanos adotam a pena de morte, matam seres humanos, e vêm agora me
cobrar sobre o uso de casco de pele de animais”? Não bastasse, fez questão de
fumar em lugares proibidos e o que é mais burlesco, dizendo que fazia isso não
apenas por prazer absoluto, mas também para provocar contrários. E conseguiu.
Na vida corriqueira, porém, nós pobres mortais temos que
nos deparar com cuidados que começam a extrair nosso juízo e espontaneidade.
Vejam que outro dia fui advertido por usar a expressão “humor negro”. Cidadão
culto e polido, meu interlocutor advertia que bastaria a palavra “humor” para
exprimir o que pretendia e que não existia “humor branco”. Mesmo não
concordando, crendo que o adjetivo “negro” poderia precisar a afirmativa,
calei-me. Fiquei, contudo intrigado, pois acho que seria pobre – será que
“pobre” pode usar? – garantir o efeito pretendido. Ficamos sem chegar à
conclusão alguma. Ponderando sobre o caso, mais inquieto ainda, imaginei como
descreveria o prezado amigo além da referência de interlocutor. Era importante
dizer que ele, digamos, não era branco. Aprendi que não se pode dizer “homem de
cor”. Preto não seria também adequado, muito menos negro. Pelejei. Perguntei a
amigos próximos e todos concordaram que não seria certo, por exemplo, dizer que
ele não era “como eu”. Divaguei por campos científicos e cheguei a ressuscitar
as teorias do filósofo Christoph Meiners que no século XVIII criou a definição
racial que dizia que todos os brancos eram originário do Cáucaso e que ele,
portanto, não era caucasiano. Felizmente acordei. Era demais. Tive que refutar
as menções corriqueiras tipo “moreno” e baseei em pesquisa do IBGE para lembrar
que existem no Brasil 147 formas de indicação da tonalidade dos, digamos, “escurinhos”.
Jambo, azeitonado, pardo – esta é a opção oficial das estatísticas nacionais –
crioulo, acastanhado, bronzeado, são algumas das indicações corriqueiras, mas
qual escolher sem ser chamado de racista?
Não pensem que o tema se esgota na questão da coloração da
pele. Que nada. Quando o assunto toca no feminismo tudo fica ainda mais quente.
Imagine que outro dia estávamos pensando na elaboração de um seminário e fui
advertido que o tema deveria ser “encontro”, pois seminário advém de semem e semem
é masculino. Emudeci. Ao ver minha perplexidade um amigo contou um caso que me
parece definitivo. Dizia ele que estava para ir a Nova York e foi interpelado
sobre o endereço do hotel onde se hospedaria. Ao responder que ficaria em
Manhattan foi também advertido, pois não se diz mais Manhattan e sim “island”
porque “man” em inglês quer dizer homem e que é politicamente correto dizer
agora que vai ficar na “ilha”. Fiquei atônito.
Sou favorável às mudanças. Admito a transformação de
valores, sei que a língua é viva e merece ser atualizada sempre, mas sinto-me
limitado frente a alguns preconceitos que se armam exatamente contra os
preconceitos. Bem acho que é hora de parar, pois tenho medo de condenar esta
crônica a ser censurada por defender o politicamente incorreto.
Uma equipa de cientistas do National Eye Institute, em Bethesda (EUA), conseguiu descobrir o tratamento para uma das formas de albinismo.
Os investigadores, liderados por Brian Brooks, observaram, durante os testes efectuados em ratos, que os animais com mutações de albinismo oculocutâneo tipo 1 ao serem submetidos a nitisinona registam um aumento da pigmentação no pêlo e nos olhos.
Os indivíduos que sofrem de albinismo oculocutâneo tipo 1 têm cabelo branco, pele muito pálida e olhos claros devido à escassez de melanina. Por este motivo, têm maior probabilidade de contrair cancro de pele e deterioração das capacidades visuais.
O estudo foi agora publicado no 'Journal of Clinical Investigation'.
Livro descreve alastramento do crime cibernético e revela perfil de hackers
Escrito como uma empolgante história de suspense, o novo livro do jornalista britânico Misha Glenny revela ao leitor o mundo obscuro do crime cibernético.
Glenny, filho de um acadêmico russo, é autor do bestseller McMafia, que descreve o alastramento do crime transnacional após a desintegração da União Soviética.
No novo trabalho, intitulado Dark Market: CyberThieves, cyberCops and You, Glenny, ex-repórter da BBC, faz um passeio pelo universo paralelo habitado por hackers, encontrando toda sorte de personagens bizarros no percurso.
Em entrevista à Radio 4 da BBC, Glenny explicou que o título se baseia no nome de um conhecido website, o darkmarket.com.
"Até ser fechado, no final de 2008, o darkmarket.com era o principal site em língua inglesa onde criminosos do mundo inteiro compravam milhares de cartões de crédito clonados, vários tipos de vírus e cursos sobre como cometer crimes cibernéticos", disse Glenny.
O livro descreve, entre outros episódios na história do cybercrime, a primeira Conferência Internacional Mundial de Carders (carder é o termo inglês para pessoa que comete fraudes com cartões de crédito), realizado em Odessa, na Ucrânia, em maio de 2002.
Sem Fronteiras
Cerca de 400 criminosos cibernéticos de todo o mundo se reuniram na cidade - apropriadamente escolhida por ser, nas palavras de Glenny, "o reino dos ladrões na antiga União Soviética" - para um evento exclusivo, somente para convidados.
"Eu fui atrás de alguns desses personagens", contou Glenny."Eles vêm do mundo inteiro, têm níveis sociais distintos e pertencem a etnias variadas, mas têm algumas características em comum".
"A grande maioria, 95%, é do sexo masculino. Eles têm pouca habilidade em se comunicar e aprendem a prática do hacking quando têm 13, 14 ou 15 anos, antes de desenvolverem conceitos morais. O mundo virtual oferece a eles uma maneira de mostrarem seu talento sem precisarem se relacionar com pessoas".
O livro descreve como os ladrões cibernéticos se integram às máfias locais, seja na Ucrânia, na América do Sul ou no Mediterrâneo, mas explica que seus crimes não estão limitados a regiões geográficas específicas.
Isso torna a máfia russa, hoje em dia, tão presente na Grã-Bretanha como na Rússia.
"Um crime é ordenado em Odessa, na Ucrânia, mas acontece em Idaho (Estados Unidos) e o dinheiro é embolsado em Dubai (Emirados Árabes) ou na Ucrânia", disse Glenny. "Ou seja, um crime que envolve metade do planeta acontece em um período de 10 minutos e a vítima só fica sabendo muito tempo depois. Ou, em alguns casos, nunca".
Pacto de Silêncio
Hoje, o crime na rede movimenta vastas quantias em todo o mundo. Entre suas grandes vítimas estão seguradoras e bancos - mas poucos falam sobre o assunto, disse Glenny.
"Os bancos estão preocupados. Não querem que se torne público que são regularmente atacados, porque se isso chega ao domínio público, a reputação dessas empresas é prejudicada".
O escritor disse, no entanto, que os ladrões cibernéticos estão agora investindo em um novo campo:
"Um dos campos onde o crime cibernético cresce mais é o da espionagem industrial, competição industrial. Mas não ficamos sabendo sobre o assunto porque as empresas estão muito assustadas e não querem falar sobre o assunto".
Guerra Cibernética
No esforço de desvendar os mistérios do crime cibernético, Misha Glenny conheceu e, admite, se encantou com alguns dos integrantes dessa comunidade particular de ladrões.
"Alguns são muito divertidos. Eu tenho simpatia em especial por um hacker que trabalhava para a inteligência militar soviética", disse. "Ele combina habilidade técnica com consciência política, algo muito raro nesse grupo".
"Tenho simpatia por eles. Muitos dos meninos mais novos que se envolvem com o crime cibernético têm dificuldade em se relacionar socialmente e isso é a única coisa que dá a eles a oportunidade de se afirmar, de sentir que têm algum valor no mundo".
Glenny reconhece, no entanto, que muitos estão sendo manipulados. "Infelizmente, eles são manipulados para se envolver no crime". E diz que os riscos associados ao cybercrime estão crescendo exponencialmente.
"Chegamos a um ponto em que governos perceberam que precisam fazer algo sobre segurança, porque tudo está interligado", explicou.
"Quando um país está sendo atacado, ele não sabe se o ataque é crime cibernético, espionagem industrial ou um outro Estado querendo atacar a infra estrutura nacional crítica – suprimento de energia ou de água - de um país".
Um bom exemplo disso ocorreu em 2007, quando um ataque cibernético causou grandes sustos e transtornos na Estônia.
Bancos, departamentos do governo e a mídia nacional tiveram seus sites inundados por spam, fazendo com que ficassem fora do ar por um longo tempo.
Os autores do ataque nunca foram encontrados, embora haja suspeitas de que ele tenha partido da Rússia.
"No outro extremo do crime cibernético está a guerra cibernética. No ano passado, foi criado um vírus chamado Stuxnet, que atacou as instalações nucleares do Irã".
"Ou seja, um Estado ou outro colocou no mundo um vírus que pode causar danos profundos à infraestrutura de um país e isso deu início a uma corrida de armamentos no mundo cibernético", disse Glenny.
“Hoje, existe um quinto domínio militar, paralelo à terra, água, ar e espaço. É o primeiro criado inteiramente pelo homem e tem um comando inteiramente cibernético".
O livro Dark Market: CyberThieves, cyberCops and You estará disponível em algumas livrarias brasileiras a partir de outrubro.
A mídia continua apaixonada por animais albinos,
reflexo do interesse do público, claro. Ontem, o tablóide inglês Daily Mail publicou
a história de Branca de Neve, uma esquilo fêmea. Ela foi resgatada por
funcionário de um santuário de animais porque seus companheiros de bando a
hostilizavam por ser albina.
Snow White chegou ao Centro com o nariz sangrando, mas
logo se recuperou. Os tratadores colocaram um espelho em sua jaula e a esquilinha
não para de brincar de “espelho, espelho meu”!
Carlito esteve em casa durante quase todo o mês de
agosto. Um domingo em que preparava postagens pra estocar pra semana ele
colocou um filme no DVD. Escolheu um falado em espanhol, Ander (2009).
Como o CP fica ao lado do DVD eu ouvia os diálogos. Percebi trechos
ininteligíveis, porém. Espiei e vi legendas. Parte do filme era em basco. Segui
trabalhando e ouvindo o espanhol. Depois que Carlito se foi, revi Ander pra ler
legendas e preencher lacunas. Essa dupla mirada revelou-me 2 filmes diferentes.
Quando (ou)vi pela primeira vez, o filme me contou a
história de Ander, 40tão que mora na zona rural do País Bascocom a mãe e a irmã
prestes a se casar. Além do sítio, Ander trabalha em uma fábrica. Depois de
fraturar a tíbia, a família vê-se obrigada a contratar um ajudante; José,
imigrante peruano. A proximidade física e a doçura do estrangeiro despertam em
Ander o que estava escondido e não admitido dentro dele. Porém, como se
autoaceitar e lidar com um comportamento socialmente reprovado, especialmente
no conservador meio campesino? Como Ander responderá a seu desejo homoerótico é
do que se ocupa a maior parte do filme, discreto, silencioso e lento.
As personagens tendem ao estereótipo, como o amigo hétero
ogro e a prostituta de “bom coração“ e compreensiva. José é angelical demais e
o roteirista valeu-se de um trucão pra livrar o caminho de Ander. Tudo isso,
contudo, não compromete a película, que se apoia em boas atuações –
especialmente na de Joxean Bengoetxea, na pele do protagonista – e usa dos
estereótipos de modo parcimonioso e discreto. Assim, temos seres humanos na
tela, com os quais nos importamos, porque não são meras figuras. Quem consegue
conceber felicidades alheias distintas das suas, pode até torcer por Ander e
José.
Ao vê-lo pela segunda vez, captei uma sub-trama que me
interessou mais do que a principal. Ander também pode ser lido como micronarrativa
da globalização, da porosidade das fronteiras (pelo menos de algumas), da
ascensão de novos arranjos familiares em substituição à estrutura patriarcal,
enfim, como testemunho do ocaso dum modo de vida, que, ao ruir, não
necessariamente precisa ser tão lamentado, posto trazer oportunidades mais
substantivas de felicidade individual mediante afrouxamento de certas mordaças
sociais.
O mundo rural do País Basco esgarça-se. Ander tem que
trabalhar numa fábrica pra complementar a renda da propriedade, os jovens
migraram pra cidade e a escassez de mão de obra faz com que a mãe de Ander
tenha que se resignar com a presença indesejada do imigrante latino. O campo já
tem cocaína e gente que curte o ianque jazz. Enfim, o filme é salpicado por
índices de pós-modernidade, de forma discreta como o tom da obra. A
possibilidade que tais aberturas trazem pras liberdades individuais é discutida
pelo drama de Ander, entre ser feliz em sua homossexualidade ou conformar-se
com o papel dele esperado.
A boa qualidade do filme completa-se com um elemento maroto
que perpassa quase toda a narrativa. A história transcorre em 1999,
revestindo-se do simbolismo do novo milênio como deflagrador de uma nova era.
Entretanto, Ander está inquieto com a perspectiva de catástrofe profetizada
pela mídia e tecnólogos. O filme aproveita a palhaçada estúpida ensejada pelo
pânico causado pelo Bug do Milênio e coloca um grama de sal nas perspectivas de
benesses da modernidade, como se dissesse que mudanças são bem vindas, mas não
se deve jogar o bebê fora juntamente com a água do banho. Quanto das antigas
formas de vida precisam ser deixadas de lado com a modernidade?
A presença de uma baleia-jubarte albina na costa da Austrália intriga e fascina os pesquisadores desde 1991, quando um exemplar macho foi visto pela primeira vez. O site de notícias “Cairns”, da cidade de mesmo nome, publicou em agosto deste ano uma imagem do animal.
O fato continua a atrair a atenção da população, que considera a baleia um patrimônio. Ambientalistas inclusive já criaram uma organização que pede proteção na costa de Queensland, região onde o exemplar albino costuma frequentar durante o inverno antártico.
Apelidado de “Migaloo”, um nome aborígene, a baleia foi classificada como “animal de interesse especial”, pelo estado australiano. A legislação aumenta a proteção contra pesca e a distância de barcos e embarcações a partir dos animais.
Em 2004, pesquisadores do centro de pesquisas de baleia da Southern Cross University conseguiram coletar amostras de DNA do animal. A partir do exame, verificou-se que o exemplar era um macho. Migaloo já foi visto algumas vezes neste ano, inclusive confundido com outras espécies, conforme relato do site “Cairns”
Estimular eletricamente o cérebro pode ajudar a aumentar a velocidade do aprendizado, segundo especialistas britânicos.
Eles dizem que aplicar uma corrente elétrica de baixa intensidade em uma parte específica do cérebro pode aumentar sua atividade, tornando o aprendizado mais fácil.
Os pesquisadores, da University of Oxford, na Inglatarra, estudaram cérebros de pacientes que sofreram derrames e de adultos saudáveis.
Os resultados da pesquisa foram apresentados durante o British Science Festival, na cidade inglesa de Bradford.
A equipe, liderada pela professora Heidi Johansen-Berg, usou uma tecnologia conhecida como ressonância magnética funcional para monitorar a atividade nos cérebros de pacientes que sofreram derrames enquanto tentavam recuperar sua capacidade motora, perdida como resultado da doença.
Uma das principais revelações do estudo foi a de que o cérebro é muito flexível e pode se reestruturar, desenvolvendo novas conexões e alocando tarefas para áreas diferentes quando ocorre algum problema ou quando uma tarefa nova é realizada.
Como parte do estudo, os especialistas também investigaram a possibilidade de usar estimulação elétrica não invasiva do cérebro para melhorar o processo de recuperação da capacidade motora.
Melhorias a curto prazo já haviam sido constatadas em pacientes que tinham sofrido derrames.
Mas um resultado inesperado foi verificado quando os mesmos estímulos foram feitos nos cérebros de adultos saudáveis: a velocidade de aprendizado desses indivíduos também aumentou consideravelmente.
Aumento de atividade
Para observar esse efeito, a equipe criou um experimento em que voluntários memorizavam uma sequência de botões para apertar, "como se aprendessem a tocar uma melodia no piano".
Enquanto faziam isso, recebiam, por meio de dois eletrodos colocados em pontos específicos de suas cabeças, estímulos por corrente transcraniana.
Uma corrente de intensidade muito pequena foi passada entre os eletrodos formando um arco que passava dentro do cérebro e, dependendo da direção da corrente, ela aumentava ou diminuía a atividade naquela parte do cérebro.
Johansen-Berg explicou que "um aumento na atividade das células do cérebro as torna mais suscetíveis ao tipo de mudança que ocorre durante o aprendizado".
Os resultados do experimento que envolvia apertar os botões em sequência demonstraram os efeitos positivos, em termos do aprendizado, de apenas dez minutos de estímulos ao cérebro, em comparação a um experimento "placebo" no qual não houve estímulo elétrico.
"Os estímulos não melhoraram o desempenho máximo do participante, mas a velocidade com a qual ele alcançava seu ponto de desempenho máximo foi aumentada significativamente", disse Johansen-Berg.
Direcionar o estímulo à área do cérebro que controla a atividade motora permite que tarefas envolvendo movimentos sejam aprendidas mais rápido, e os pesquisadores acreditam que a técnica possa ser usada para auxiliar o treinamento de atletas.
Os experimentos demonstram explicitamente que estimular o córtex motor do cérebro pode aumentar a velocidade do aprendizado de funções motoras.
Os pesquisadores dizem ter esperanças de que o mesmo método possa ser aplicado a outras partes do cérebro para melhorar o aprendizado na educação, simplesmente posicionando-se os eletrodos em locais diferentes de forma que a corrente possa ser direcionada à área correta.
Em função da relativa simplicidade, baixo custo (cerca de US$ 3 mil por unidade) e portabilidade da tecnologia, a equipe acha possível que - após mais pesquisas - aparelhos sejam criados especificamente para uso em casa.
No futuro, Johansen-Berg e sua equipe pretendem investigar as possibilidades de se aumentar o efeito da técnica por meio de estímulos diários durante períodos de algumas semanas ou meses.
No tratamento de pacientes que sofreram derrames, a técnica poderia ser usada em associação com tratamentos atuais de fisioterapia para melhorar o quadro geral de a recuperação dos pacientes, que tende a variar bastante.
Feudo Rio x São Paulo? Veja o
que nosso cronista paulista tem a dizer a respeito de migrar pra Cidade
Maravilhosa, de Coelho Neto.
EU, CIVILIZADOR DO TIETÊ.
José Carlos Sebe Bom Meihy
Quando requeri minha
aposentadoria se me abriu um leque de possibilidades. Só, com filhos crescidos
e carreira concluída, restava pensar um cenário para os dias que, supunha,
deveriam ser mais calmos. De forma ingênua, desconhecendo o potencial da força
de meus impulsos mais viscerais, assumi o velho pressuposto de que
aposentadoria significava vida mais calma. Ledo engano. Mas, na tentativa de
acertar, medi as alternativas que apareceram, pois ainda antes dos 60 anos
restava dimensionar novos rumos. Viver no exterior foi opção logo rejeitada,
pois queria ver os netos crescerem. Mesmo outros estados distantes que me
chamavam para aulas não me atraíram pelo mesmo motivo. Ficar em São Paulo não
era opção sensata, porque não mudaria muito e provavelmente trabalharia do
mesmo jeito. A alternativa da volta para Taubaté está guardada para depois,
pois é aí que pretendo terminar meus dias. Foi assim que vislumbrei a
possibilidade de viver num lugar que sempre me encantou: o Rio de Janeiro.
Ademais, uma oportunidade de trabalho poderia ajudar no estabelecimento de um
projeto que deveria durar alguns anos.
Aluguei então um apartamento
em Ipanema e, frente à perplexidade de todos, mudei-me. Confesso que de início
não achava que teria dificuldades. Afinal, desde garoto sempre frequentei a
“cidade maravilhosa” e tinha contato com muitos cariocas. Sem exagero, diria
que me achava conhecedor do tal “espírito carioca” e minhas constantes viagens
teriam anulado o alcance de surpresas. Sem medo de errar, afianço que este foi
um dos mais crassos erros de minha vida. O Rio me é uma novidade diária. Talvez
a maior e mais estranha delas resida no fato de ter me descoberto paulista
aqui. É lógico que sempre vivi a disputa entre São Paulo e Rio, mas era algo
intermitente, quase engraçado. Ao me deparar com um cotidiano que preza esta
disputa como maneira de garantir a honra, logo me vi convidado a assumir alguns
atributos que garantissem minha integração na simpática tribo local. A primeira
delas foi torcer pela Flamengo e o critério de escolha foi fácil: se em São
Paulo sou corintiano, pelo tamanho da torcida, no Rio seria flamenguista.
Troquei a imensa simpatia por São Francisco pela devoção a São Sebastião e
mesmo achando que perdia na substituição dos passarinhos e demais animais que
formam o imaginário do santo de Assis, vi nas flechas cravadas no corpo do
mártir um certo heroísmo simpático. Com escolas de samba nunca tive problemas,
pois como outros taubateanos – a Duda e o Flávio Sapatão que o digam! –
Mangueira sempre me cativou e não tinha outras preferências sambísticas sérias
em São Paulo. Mas, tudo isto foi pouco. Lembro-me de uma vez que ao entrar no
táxi, com poucas palavras disse ao motorista? “por favor, vamos ao aeroporto”.
Pois bem, bastou isso para que ele dissesse “o senhor é paulista”.
Espantado, perguntei como sabia e ele respondeu que só paulista pede primeiro “por
favor”. E então comecei a prestar atenção em detalhes nunca d’antes
imaginados: em elevador, por exemplo, os cariocas não se cumprimentam como
fazem os paulistas, mas, olham para seu rosto e contam sonhos incríveis e até
proibitivos. A questão do jeitinho quase me fez voltar, pois é muito agressivo
dizer “não” em filas, em supermercado ou cinema. Uma das diferenças que mais
notei foi nas feiras e isso, não só pela diferença na qualidade dos produtos,
mas também, e principalmente, pela ausência de japoneses. Mas, há mais alegria
nas feiras cariocas. Os temas do cotidiano são traduzidos imediatamente e, em
conversas sempre animadas, somos integrados e logo trocamos receitas.
Todo este exercício de vida
tem me levado a uma revisão conceitual do que é ser paulista no Rio. E
estabeleci regras de convívio que aliviam as diferenças. Entre outras, por
exemplo, aprendi que é relevante dizer que sou “cariolista” ou “paulistóca”.
Isso agrada, mas outro dia, para maior perplexidade minha, ouvi algo que me
encabulou. Alguém, inteligente e irônico, ao saber que era “de São Paulo”
disse: “ah! Você é mais um civilizador do Tietê”. Seria então um desses
“que se aposentam e vêm ao Rio se preparar para a outra vida”. Sem saber
se era elogio ou ataque, voltei pela praia pensando que no fundo há algo de
verdade nisso. Uma verdade tão real como a praia de Copacabana, o Pão de Açúcar
ou o Corcovado.
Evento tem objetivo de apresentar os cursos oferecidos pela Instituição a alunos do Ensino Médio e iniciar divulgação do Vestibular 2012.
A FUNEPE - Fundação Educacional de Penápolis realiza de 21 a 23 de setembro a Feira de Profissões, evento que apresentará os cursos oferecidos pela instituição por meio de explanações, depoimentos e ações interativas desenvolvidas pelos alunos e professores.
Docentes, coordenadores e alunos dos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Agronegócio, Biologia, Pedagogia, Psicologia e Sistemas de Informação participarão do evento, que tem como público alvo alunos do Ensino Médio de Penápolis e região, além de familiares e comunidade.
Cada curso desenvolverá atividades relacionadas à sua área de atuação (vide programação). Também será montada na feira uma praça de alimentação projetada e executada pelos alunos do sexto semestre do curso de Administração, com objetivo de proporcionar a prática da disciplina Estratégias Empresariais.
Durante a Feira de Profissões, bandas regionais farão shows no campus da Funepe todas as noites e a equipe de apoio fará a divulgação do Vestibular 2012, que acontecerá em 20 de novembro. O eventos estará aberto das 8 às 11h e das 19h30 às 22h30.
Serviço:
Feira de Profissões FUNEPE
De 21 a 23 de Setembro
Das 8 às 11h e das 19h30 às 22h30, no Campus da FUNEPE
Informações: (18) 3654-7690
Programação:
- Administração e Ciências Contábeis
Explanação sobre as características, atividades desempenhadas pelo profissional e faixa salarial; apresentação de vídeos com depoimentos e apresentação da realidade do mercado para alunos FUNEPE; praça de alimentação.
- Agronegócio
A Feira trará expositores de diversos ramos ligados aos setores que compõem a cadeia produtiva animal e vegetal e servem de suporte e apoio às atividades de gestão do Tecnólogo em Agronegócio: equipamentos; insumos (ferragens, peças, plantio - sementes); controle de doenças dos animais e vegetais; cooperativismo e desenvolvimento de projetos; comunicação (internet, telefonia).
- Pedagogia
Montagem de um "caminho" entre a sala e o livronibus. Exposição de painéis com fotos, trabalhos feitos em sala de aula e as várias possibilidades de emprego que o pedagogo terá. Caixa contadora de histórias; apresentação de vídeos, peças de teatro e fantoches.
- Sistemas de Informação
No laboratório de Informática os alunos falarão sobre Desenvolvimento de Websites, Linguagem Java e Provedores de Internet. Os alunos também farão explanações sobre projetos desenvolvidos por eles com a finalidade de mostrar aos visitantes as possibilidades do curso de SI.
- Psicologia
Laboratório de psicologia com: jogos sobre o trânsito (reflexões, questões de segurança, legislação, CNH, exame psicotécnico) e exibição de vídeos e dinâmicas sobre sexualidade humana (reflexões sobre as diferentes expressões humanas da sexualidade, com o objetivo de minimizar os efeitos da repressão). Também serão distribuídos materiais relativos a testes psicológicos e sexualidade imediações das salas de aula e do laboratório de psicologia.
- Biologia
Exposições de material biológico nos laboratórios de química e biologia. Serão animais, vegetais e outros organismos expostos e explicados pelos alunos. Os visitantes também poderão obter informações acerca do curso, atribuições, locais de trabalho e oportunidades de emprego.