Gostaria muito de falar sobre a história da minha vida inteirinha para vocês, mas é complicado, longa demais... muitas coisas passadas, acontecimentos que marcaram minha vida, desde o nascimento até o presente momento, mas ficaria aqui durante a noite inteirinha e não conseguiria passar do "primeiro capítulo", pois a minha vida é uma verdadeira novela. risos
Bom, sendo assim, vou fazer um resuminho rápido.
Nasci em 21 de Janeiro de 1963, 41 anos, do signo de Aquário, como podem ver, na cidade de São Paulo. Morava meus pais no Bairro do Bom Retiro, em São Paulo , quando do meu nascimento. Quando completei, aproximadamente um ano de idade, meus pais mudaram-se para o Bairro do Jaçanã, onde estamos até hoje.
Já nasci com deficiência física. Trata-se de uma doença hereditária (Passou do meu pai que também era deficiente, para mim, e para meu filhinho caçula, o Gibinha). Esta deficiência atinge todos os ossos do corpo, enfim, ossos e nervos, nas articulações. Não prejudica em muito a locomoção. Sempre andei bem, embora dando umas mancadinhas, joguei futebol, brinquei e pulei normalmente como qualquer criança "normal". Pois bem, o único incomodo, no começo que, para mim era realmente chato, era as tirações de sarro dos amiguinhos, dos vizinhos, que percebiam que eu andava mancando, com a bundinha arrebitada, devido a deficiência, me chamavam de "Deixa que eu chuto", "Zé Bundinha" e, por aí vai. Mas fora isto era um garoto alegre e esforçado.
Durante a minha vida estudantil, estudei muito, sempre fui dedicado, procurando sempre estudar e trabalhar ao mesmo tempo, ajudar meus pais, etc e tal.
Namorei bastante, durante minha mocidade.
Aos 25 anos de idade, tive uma filha com a minha primeira mulher, da qual sou separado atualmente. Minha filha chama-se Marjorie Priscilla Affonso. Super linda, morena clara, alta, nasceu no dia 3 de Julho 1988, completará 16 anos. Já é uma linda Adolescente. Ela mora com a mãe na cidade de Ibiúna-SP.
A onze anos atrás, conheci minha atual esposa, que estou até o presente momento. Ela já tinha dois filhos quando nós juntamos nossos trapos. Fui morar em Marília, no interior de São Paulo, onde ficamos dois anos lá, tentando a vida, mas como estava super difícil arrumar emprego naquela cidade, voltamos para São Paulo, no início de 1996. Alugamos um apartamento no Centro de São Paulo, próximo ao Mercado Municipal, onde ficamos alguns meses. Muitas brigas, problemas e etc. Tivemos várias brigas e separações, mas sempre voltávamos.
Por ocasião, arrumei um emprego de Motociclista (chamado popularmente como motoboy), logo comprei uma motocicleta Zero Km, uma TITAN da HONDA, foi quando depois de arrumar vários contratos, com algumas empresas (fazia bicos em algumas emissoras de televisão e alguns trabalhos esporádicos). Ganhava até que, razoavelmente muito bem... risos... Chegava a tirar, uma média de R$1.500,00, mensais. O que me proporcionava na época, uma vidinha mais tranquila que agora.
Foi quando, durante o meu trabalho, em um dos contratos (nesse era registrado, graças a Deus), sofri um acidente, por imprudência de uma mulher que, ao cruzar o semáforo de uma avenida movimentada no Pacaembú, passando no Farol Vermelho (ela), bateu em minha moto, me jogando para longe. A consequencia, foi uma fratura muito grave no meu Fêmur direito. Fui hospitalizado e, sofri a cirurgia no mesmo dia a noite, no dia 28 de Julho de 1997. Aí começou o meu sofrimento. Dei o azar de pegar uma infecção. A cirurgia evoluiu para uma infecção fortíssima, descontrolada e perigosa que, por vezes quase me leva a óbito. Devido a esta infecção descontrolada, passei por várias cirurgias (limpezas, correções) e etc. Por duas vezes coloquei Fixadores externos de Ilizarov, placas, pinos e etc. Várias internações, que duravam muitos meses internado, na tentativa de melhora e do controle da infecção. Antibióticos de última geração. DORES, nem se fala. Muitas dores. Não parava, 24 horas por dia, durante três anos. Dores e mais dores. A dor era tanto, que me levava as vezes a loucura. Devido a estas dores, um simples analgésico já não fazia efeito. A saída, foi tomar remédios à base de Morfina. Aí sim é que eu podia aguentar tanta dor. Acabei ficando viciado em um medicamento para dor, chamado de CLORIDRATO DE TRAMADOL, para largar o vício desta droga, tive que fazer tratamento psiquiátrico. Graças a Deus consegui superar este vício também. Todas as tentativas cirúrgicas não surtiram efeito e, eu continuei com o fêmur quebrado, pois não colava os ossos de jeito algum. E, Além disso, além de quebrado, minha perna ficou cerca de 23 cm mais curta que a outra. A perda óssea era muito grande. Continuava quebrado e sem esperanças de colar mais. Foi aí que, após longas pesquisas com vários médicos, cheguei à conclusão que a melhor saída, seria a amputação do membro. EU DECIDI AMPUTAR A PERNA. Marcamos a amputação para a manhã, do dia 23 de Agosto de 2000, no Hospital INTER HOSPITAL DO PARI.
Pois é, Amputei e aqui estou, embora sem dinheiro no bolso, com vários problemas financeiros, mas com muita vontade de vencer, viver e aprender mais e mais.
Detalhes: Minha filha, a Vanessa da Silva Affonso, nasceu cinco dias após o meu acidente, no dia 5 de agosto de 1997. Estava no Hospital internado, cheio de dores e pós operado quando ela nasceu. O meu outro filhinho, o Gibinha (Gilberto Affonso Neto), nasceu no dia 10 de Maio 2001.
Bom, gente... acho que passei dos limites. Desculpem as palavras, pois escrevo mal pacas...
Mas procurei escrever algumas passagens na minha vida que marcaram. Mas tem muitas e muitas passagens ainda. Muitas coisas aconteceram, mas como disse, é impossível escrever.
Beijos a todos.
Adilson Ferreira Affonso
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