Admito: Continuo Downton-dependente!
Roberto Rillo Bíscaro
O impacto da primeira temporada da aclamada DowntonAbbey foi tamanho que acorri à segunda tão logo me apossei de seu oitavo e
final capítulo.
Os aristocráticos Crawleys e seus empregados passam
pelos difíceis anos da Primeira Guerra Mundial e da pandemia da Gripe Espanhola,
com suas perdas (de personagens secundários). Precisou duma série de TV pra eu
me tocar que o mundo nem se recuperara da carnificina bélica e já foi sacudido
pela doença que matou milhões. Eu sabia das datas, mas, burramente, jamais as
ligara!
A vasta Downton Abbey – castelo de 300 cômodos, segundo
entrevista no You Tube – é obrigada a tornar-se enfermaria pra mutilados de
guerra. A barreira de classes entre o resquício feudal da aristocracia e os
“comuns” se vê abalada com ladies trabalhando como enfermeiras e se apaixonando
por choferes. E o envolvimento da sóbria e chique Lady Mary com um americanizado
Sir de toga – dono de um “vulgar” império jornalístico – reforça a
representação de que, às vezes, as coisas têm que mudar pra permanecerem as
mesmas.
A mais cara produção britânica pra TV – um milhão de
libras por episódio – continua a trazer fartas doses de emoção e golpes
folhetinescos: gravidez indesejada, rejeição paterna, curas miraculosas e muita
intriga. E, claro, a paixão complicada entre Mathew e Lady Mary, a qual, apenas
nesta segunda temporada me conquistou com sua voz e cara podres de chique!
A audiência da segunda temporada aumentou 21% em
relação á primeira e o You Tube está infestado de tributos feitos por fãs. A
série está comissionada pra outra temporada, a derradeira na origem do projeto.
O sucesso, contudo, desperta rumores de que a ITV não planeja findar Downton
Abbey no auge da glória. O site da emissora, inclusive, pede que fiquemos
atentos ao especial de Natal.
Ficarei, afinal, continuo viciado em Downton Abbey!
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