quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

SOBREVIVENTES

Não obstante as auspiciosas notícias contidas no último boletim da ONG canadense Under The Same Sun, publicadas ontem, o informativo trouxe á tona mais 2 casos de brutalidade contra pessoas albinas tanzanianas.
A jovem Dotto Mbiti foi envenenada pela própria tia-avó, que não queria uma criança albina família. Desde o ocorrido, sua irmã Milembe teve que se refugiar em um abrigo-escola para albinos. Seus pais não opuseram resistência, dizendo que só a querem de volta depois que concluir um curso universitário, quando será capaz de cuidar de si mesma. O assassinato da irmã não foi denunciado à polícia, porque o avô de Dotto advertiu os pais que estes jamais sobreviveriam ás rígidas tradições de vingança da tribo Sukuma, que não toleram que parentes revelem segredos de família às autoridades.
O outro caso é o do pequeno Meriki, de 4 anos, que foi seqüestrado durante algumas horas por Robert Matage, um vizinho na casa dos 40 anos. Quando o garoto foi recuperado, sua avó notou que parte de seu cabelo desaparecera, certamente para ser usado em poções de bruxaria. O caso foi revelado à polícia, Robert foi interrogado, mas solto em seguida. Em 17 de outubro de 2011, a polícia tanzaniana disse à mídia que o caso foi resolvido entre os vizinhos e as autoridades não podiam interferir.
Antes de serem exercícios em morbidez, revelar tais histórias apontam pra necessidade de contínua pressão sobre as autoridades de certos países africanos, a fim de coibir essas práticas bárbaras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário