Não obstante as auspiciosas notícias contidas no último
boletim da ONG canadense Under The Same Sun, publicadas ontem, o informativo
trouxe á tona mais 2 casos de brutalidade contra pessoas albinas tanzanianas.
A jovem Dotto Mbiti foi envenenada pela própria
tia-avó, que não queria uma criança albina família. Desde o ocorrido, sua irmã
Milembe teve que se refugiar em um abrigo-escola para albinos. Seus pais não
opuseram resistência, dizendo que só a querem de volta depois que concluir um
curso universitário, quando será capaz de cuidar de si mesma. O assassinato da
irmã não foi denunciado à polícia, porque o avô de Dotto advertiu os pais que
estes jamais sobreviveriam ás rígidas tradições de vingança da tribo Sukuma,
que não toleram que parentes revelem segredos de família às autoridades.
O outro caso é o do pequeno Meriki, de 4 anos, que foi
seqüestrado durante algumas horas por Robert Matage, um vizinho na casa dos 40
anos. Quando o garoto foi recuperado, sua avó notou que parte de seu cabelo
desaparecera, certamente para ser usado em poções de bruxaria. O caso foi
revelado à polícia, Robert foi interrogado, mas solto em seguida. Em 17 de
outubro de 2011, a polícia tanzaniana disse à mídia que o caso foi resolvido
entre os vizinhos e as autoridades não podiam interferir.
Antes
de serem exercícios em morbidez, revelar tais histórias apontam pra necessidade
de contínua pressão sobre as autoridades de certos países africanos, a fim de
coibir essas práticas bárbaras.
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