Pesquisadores criam dispositivo que permite cegos congênitos transformarem som em visão
Uma equipe de desenvolvedores israelenses está desenvolvendo um dispositivo que permite pessoas com deficiência visual transformarem som em visão. O projeto é parcialmente inspirado na viseira utilizada pelo personagem Jordy LaForge, em Star Trek: The Next Generation.
O projeto está em desenvolvimento pela equipe liderada pelo Dr. Amir Amedi, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Para que o deficiente visual consiga enxergar pelo seu óculos, Amir usa o conceito do som que invade o córtex visual do paciente. Tal conceito foi descoberto há 20 anos, pelo pesquisador holandês Peter Meijer, que criou um algoritmo para traduzir a posição e a aparência de um objeto em diferentes sons. Meijer aplicou essa descoberta em um dispositivo chamado Sensory Substitution Device.
Com apenas um breve treinamento, os usuários podem aprender a interpretar a “paisagem sonora” de objetos, pessoas, e cenários. Na prática, o usuário poderá localizar com facilidade onde cada coisa está, vendo o seu formato e posição, e até mesmo ler as palavras escritas em um livro. O sistema funciona com pessoas que perderam a visão por causa de um acidente ou lesão, e também com aqueles que possuem a cegueira de forma congênita.
O Dr. Amedi lembra que pesquisas anteriores ajudaram a indicar a utilização do som como a melhor solução. A visão trabalha com duas vias paralelas: a primeira via é responsável pela identificação do objeto, mostrando a sua cor e o seu formato.
A segunda via, por sua vez, indica a localização do objeto, coordenando os dados visuais com a função motora da pessoa. Pesquisando os resultados do funcionamento do dispositivo do Dr. Meijer, Dr. Amedi descobriu que as duas vias seguem funcionando, mesmo quando a pessoa não possui a visão normal. A prova disso é que os deficientes visuais ativam essas características do cérebro quando estão lendo um texto em Braile.
A segunda via, por sua vez, indica a localização do objeto, coordenando os dados visuais com a função motora da pessoa. Pesquisando os resultados do funcionamento do dispositivo do Dr. Meijer, Dr. Amedi descobriu que as duas vias seguem funcionando, mesmo quando a pessoa não possui a visão normal. A prova disso é que os deficientes visuais ativam essas características do cérebro quando estão lendo um texto em Braile.
Com isso, o grupo de pesquisadores conseguiram desenvolver um sistema complementar que estimulasse as funções visuais através do som captado pelas pessoas e objetos. Abaixo, um vídeo demonstrativo do projeto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário