Em 1966, um gorila albino chegou ao zoológico de
Barcelona. Vendido à instituição por caçadores, o primata logo se tornou um
símbolo da cidade. Batizado de Copito de Nieve, o animal faleceu em decorrência
de câncer de pele, em 24 de novembro de 2003. Desde então, dezenas de cartas
têm sido enviadas pedindo a clonagem do gorila – único albino de que se tem
notícia dessa espécie - que deixou muitos filhos e netos, nenhum albino.
Dia 23 de dezembro, estreou nos cinemas espanhóis a
ficcionalização da história de Copito de Nieve. Misto de filme com animação
digitalizada em 3D, a película homenageia o raro animal e inventa uma trama que
privilegia a aceitação das diferenças.
Ao chegar ao zoo, o gorilinha é rejeitado pelo ameaçador
pai da fêmea pela qual Copito se engraçara. Desejoso de se tornar igual aos
demais de sua espécie, o filhote descobre o anúncio de uma feiticeira e parte
em busca duma poção que lhe dê pigmentação. É auxiliado por um panda vermelho
budista, que acredita ser uma pantera negra e funciona como elemento cômico. 2
crianças também auxiliam Copito: um menino que não gosta de futebol e uma
garota que sonha em ser futebolista.
Pra complicar as coisas, um imigrante revoltado quer
usar o coração de Copito pra fazer uma poção mágica que lhe traga boa sorte,
clara alusão às tristes práticas supersticiosas encontradas em certas partes da
África. Achei ótimo o roteiro trazer um imigrante europeu - francês, acho – e
não reforçar a imagem negativa dos imigrantes da Europa oriental ou da África,
como poderia facilmente ter acontecido nestas épocas meio xenófobas de crise
econômica hispânica.
O que não achei tão ótimo assim, foi a escorregadela de
usar “normal” em 2 oportunidades ao se referir aos pigmentados.
Mas, isso não compromete Copito de Nieve, simpática
pedagogia acerca da aceitação das diferenças. Além disso, a presença duma personagem com albinismo representada de forma positiva é outro mérito da produção.
Será que o filme chegou ao Brasil?
Será que o filme chegou ao Brasil?
A equação é simples: se o filme passar pelos EUA e se tornar conhecido, aí as distribuidoras brasileiras o conhece também e compram direitos de distribuição aqui. Assim sendo, nem em sonhos esse filme chegou à essas paragens.
ResponderExcluirDeve ser um trabalho interessante e você deve ter gostado muito, já que adora filmes estrelados por símios, não é mesmo? Lembro de como você exaltava o filme Pequeno Joe, que você chegou a ver várias vezes...