Miguel Naufel, nosso cronista albino, contribui com outra saborosa história familiar para nosso blog.
Em 1988, minha casa estava uma loucura. Há dois anos, nascera uma sobrinha: Bianca. Uma menina alegre, feliz com a vida. Para nós era uma festa todo final de semana.
Cadê Minha Dentadura?
Em 1988, minha casa estava uma loucura. Há dois anos, nascera uma sobrinha: Bianca. Uma menina alegre, feliz com a vida. Para nós era uma festa todo final de semana.
Paulo, meu irmão, havia dado uma poodle de presente de Natal a nossa pequenina
Bianca. A cadelinha era preta com uma faixa de pelos brancos na barriga. Era
muito rápida e eu sofria quando tinha que pegá-la por algum motivo. Minha baixa
visão e a velocidade da cadela não combinavam... Meu pai nunca gostou muito dela.
Vivia gritando:
- Tirem este cachorro daqui!
Sobrava pra mim. Eu tinha que correr, tirar a poodle de perto dele e levá-la
para o quintal.
Um dia, depois do almoço, meu pai deitou-se em sua cama e ligou a TV do
quarto. De repente, ouvi seus gritos:
- Tirem este cachorro de baixo de minha cama!
La fui eu, entrar em baixo da cama e chamar:
- Vem, Tuti, vem Tuti! - era ests o nome que Bianca dera à poodle.
Mas, ela foi tão rápida que nem vi. Ela pulou, derrubou um copo d’água
que estava em um armário, do outro lado da cama e saiu do quarto como uma bala.
Ao mesmo tempo, meu pai - um homem de cento e cinquenta quilos - vestido
só de cuecas, saiu correndo do quarto, gritando:
- Cachorro, dá minha dentadura, dá minha dentadura!
Quando olhei para o copo no tapete do quarto, conclui que Tuti tinha
pulado e pegara a dentadura de meu pai, a qual estava no copo.
Foi uma cena inesquecível
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