Jovem com paralisia cerebral realiza sonho e se forma em Administração
Com os pés a jovem Priscila Vieira escreve as palavras que representam a superação que passou.
Vítima de paralisia cerebral ao nascer, Priscila conseguiu conquistar o sonho de se formar na faculdade de Administração aos 28 anos. Com a fala e os movimentos prejudicados, a jovem comoveu a família por meio das lutas e dificuldades vencidas.
Priscila que gosta das palavras, também escreve poemas e poesias. A inspiração segundo ela vem do amor e da alegria. Felicidade que Priscila transmite, sempre com sorriso largo no rosto demonstra que não há dificuldade que não possa ser superada. Ela hoje anda sozinha em casa e na rua.
“Foi o dia mais feliz do mundo. Eu e ela gritamos e comemoramos muito. Vê-la se formando foi maravilhoso”, afirmou a mãe, Placilda Barcelos Vieira. Maravilhado com a conquista, Benedito Vieira, pai de Priscila, confessou ceticismo no início. “Eu realmente não acreditava que ela fosse chegar aonde chegou”, disse.
Em frente a um computador, a nova administradora transcreve os momentos vividos e compõe seu primeiro livro. De acordo com a jovem, a paixão pela escrita se uniu à vontade de se tornar exemplo de determinação e amor à vida e resultou na concretização desse sonho. “Eu sempre quis ser alguém, era o meu sonho”, contou.
Apaixonada por praia, Priscila conta que foi nas areias do litoral que escreveu a primeira palavra com os pés. “Eu escrevi meu nome”, comemorou. A administradora já escreveu seu primeiro poema:
“Se você tem um sonho e pretende realizar
Tenha fé, tenha esperança
Que Deus irá te ajudar
Lute e acredite que você é capaz
Pois o tempo passa
E as oportunidades não voltam jamais
Para uma sonho se realizar é preciso ter esperança e coragem para lutar “. (Fonte G1)
Tenha fé, tenha esperança
Que Deus irá te ajudar
Lute e acredite que você é capaz
Pois o tempo passa
E as oportunidades não voltam jamais
Para uma sonho se realizar é preciso ter esperança e coragem para lutar “. (Fonte G1)
Agora Priscila enfrenta outro obstáculo, o de conseguir um emprego. Ela fala que fez alguns processos seletivos, mas não conseguiu a vaga e questiona o cumprimento da lei. “Cadê as vagas que as empresas devem destinar para deficientes físicos?” Quando perguntada sobre de onde vem à motivação para não desistir, ela diz simplesmente que não sabe, que é dela mesma.
Para a mãe de Priscila é um orgulho ver a filha conquistando seus objetivos. “Ela é muito determinada e tudo que ela conseguiu foi com muita luta. Acredito que ela vai sim conquistar um emprego”, elogiou Placilda. E Priscila quer ir muito além. Ela já está matriculada em uma pós graduação e deve iniciar as aulas ainda em julho. E ela deixa um recado: “quando a gente quer, a gente consegue”
Nenhum comentário:
Postar um comentário