Semana passada, elogiei The Cabin in the Woods,
ressalvando que o filme se esquece de causar medo. Na noite da publicação da
resenha, vi The Innkeepers (2011) e terminei com sensação de borboletas no
estômago, parte do prazer masô de ver filmes de horror.
Muito do que escrevi sobre The House of the Devil
aplica-se a essa outra película de Ti West, portanto, recomendo a leitura daquelaresenha. Clima retrô (embora um pouco menos), construção muito lenta do
suspense, final da heroína tipicamente anos 70.
O ambiente claustrofóbico é um vasto hotel em sua
última semana de funcionamento, apenas com 2 empregados e 3, 4 hóspedes. Uma
mulher fora assassinada há décadas e os empregados vivem á procura de sinais
paranormais. O tédio da decadência e da procura dos indicadores de
sobrenaturalidade compõe o andamento vagaroso dos 2 primeiros atos, que constroem
tensão aos bocados. Achei um par de cenas dispensáveis e não entendi o porquê
de um dos hóspedes, mas, tudo bem.
A influência d’O Iluminado (1980), de Stanley Kubrick,
é óbvia na filmagem dos corredores e cômodos desertos. Aliás, a cinematografia
é muito bonita, na escolha de cores e tons. Achei digno e retrô.
West escolheu atores competentes, com destaque pruma
50tona Kelly McGillis, sucesso oitentista em filmes como A Testemunha (1985) e
Ases Indomáveis (1986). A ex-sex symbol faz uma atriz decadente, que ora
dedica-se a coisas paranormais.
Como em The House of the Devil, o roteiro derrapa no
ato final, ao não satisfazer as expectativas suscitadas. Mesmo assim, The
Innkeepers tem tudo pra conquistar os fãs de horror mais “clássicos” com seu
charme antiquado, mostrando que sustos podem vir de portas fechando de repente
e não necessariamente de gosma nojenta, como em tantos filmes atuais.
Sério, levei susto com uma porta batendo... Ti West,
seu diabinho retrô!
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