quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ESCOLHI SER ALBINO, SEM CENSURA E COM CERTEZA!

Iniciando o processo de divulgação de minha autobiografia Escolhi Ser Albino, lançada pela Edufscar, a editora da Universidade Federal de São Carlos.
Nesta segunda-feira, 05, estarei no Rio de Janeiro, onde participarei do programa Sem Censura, apresentado pela jornalista Leda Nagle.
O Sem Censura é transmitido pela TV Brasil, a partir das 16:00 (horário de Brasília).
Para informações sobre reprises, como ver o programa pela internet ou outras opções, clique aqui.
Relembre minha outra participação no Sem Censura, em 2009:

MODA ANTIPRECONCEITO

Modelo albina combate preconceito em semana da moda africana
Modelo albina. BBC
Pessoas albinas como a modelo são frequentemente perseguidas na África (Foto: Gringo Wotshela)
Na confusão de um camarim durante a Africa Fashion Week, realizada na semana passada em Joanesburgo, na África do Sul, uma mulher sentava-se em um canto, quieta.
No entanto, em meio ao vai e vem de modelos e estilistas de várias partes do continente africano, ninguém chamava mais a atenção no recinto do que a silenciosa supermodelo americana Diandra Forrest.
Sem qualquer pigmentação em seus cabelos ou pele, a novaiorquina que cresceu no Bronx, bairro de maioria negra, está acostumada a ser notada.
Cerca de uma em cada 17 mil pessoas no mundo nasce com o distúrbio genético que afeta Diandra, o albinismo. Ele é caracterizado pela ausência total ou parcial de pigmentação na pele, cabelos e olhos, e também pode estar associado a problemas de visão.
Em alguns países africanos, particularmente no leste do continente, albinos correm risco de sequestro e mutilação. Segundo crenças populares, as partes de seus corpos contribuem para tornar certos rituais e poções mágicas mais poderosos.
Diante dessa realidade terrível, Diandra tem consciência de que sua presença na Africa Fashion Week teve um papel mais importante, ao desafiar os conceitos tradicionais de beleza.
"É muito importante para mim estar aqui porque quero mudar a forma como as pessoas veem meninas com albinismo no continente", disse a modelo à BBC.
"Cresci achando que minha vida era dura, com as crianças rindo de mim o tempo todo. Eu voltava para casa chorando", ela recordou.

'Chocada'

"Mas isso não é nada em comparação com o que as pessoas como eu enfrentam por aqui, particularmente nas áreas rurais".
"Quando descobri que em países como a Tanzânia albinos como eu correm o risco de ter seus membros amputados para o comércio fiquei tão chocada! Pessoas como eu vivem cada dia de suas vidas com medo. É terrível".
Nas passarelas internacionais, no entanto, Diandra Forrest está lançando uma tendência.
Como outros nomes do mundo da moda, o estilista sul-africano Jacob Kimmie, radicado na Grã-Bretanha, ficou impressionado quando viu Diandra.
"Ela não parece ser desse mundo, tinha de tê-la no meu desfile", ele disse.
"É verdade que usar modelos albinas é o quente no momento. Mas espero que o impacto de se usar pessoas que têm aparência muito diferente seja inspirar uma mudança a longo prazo".
A modelo sul-africana Refilwe Modiselle, uma albina que cresceu em Soweto, cidade contígua a Joanesburgo, concorda.
Ela iniciou sua carreira aos 13 anos de idade. Hoje, é garota propaganda da grife sul-africana Legit. E conta que o albinismo costumava ser visto de forma negativa, mas está se tornando parte da norma.
"Realmente sinto que o trabalho que Diandra e eu estamos fazendo é o início de uma mudança verdadeira".

Feitiçaria

No entanto, na província sul-africana de Kwazulu Natal, cerca de um dia de distância da passarela da Africa Fashion Week, a família de um menino albino desaparecido há mais de um ano teme que ele tenha sido sequestrado por pessoas envolvidas em bruxaria.
Mais recentemente, em Meru, na Tanzânia, o corpo de um albino com idade estimada em torno de 30 anos foi descoberto em junho. Várias partes de seu corpo estavam faltando.
As partes do corpo dos albinos são usadas em poções "medicinais" ou enterradas sob prédios comerciais. Segundo a crença, elas trazem prosperidade.
Seria uma modelo em uma passarela realmente capaz de mudar essa realidade?
Peter Ash, autor de um relatório sobre albinismo encomendado pela ONU em 2012, responde que sim.
"Quanto mais pessoas com albinismo são retratadas de forma positiva, melhor. Realmente ajuda", ele disse.
"O problema principal que encontramos é uma aceitação tácita da violência contra pessoas com albinismo porque elas são vistas como subumanas, uma representação do demônio, ou como portadoras de uma maldição".
"Então é crucial que sociedades africanas comecem a ver modelos positivos para que possamos mudar esse tipo de pensamento".

Preconceito

O relatório da ONU cita estimativas da ONG de apoio a albinos Under the Same Sun, segundo as qual 71 pessoas com albinismo teriam sido mortas e 31 teriam sobrevivido a ataques na Tanzânia entre 2006 e 2012.
Em Burundi, 17 albinos foram mortos. No Quênia, sete. Na Suazilândia, três.
Frequentemente, os casos não são denunciados ou investigados, disse Nomasonto Mazibuko, da Society for Albinism, uma associação de albinos da África do Sul.
Ela acha, no entanto, que a mudança tem de partir do próprio continente.
"O ponto crucial é que as pessoas não veem albinos como seres humanos. Cabe a nós na África falar sobre isso e trabalhar para combater o preconceito".
A voz de Mazibuko vai subindo de volume enquanto ela fala: "Não podemos ficar quietos, não podemos continuar escondidos".
"E qualquer garota com albinismo que está andando nas passarelas internacionais ou nas ruas com a cabeça erguida é um exemplo muito necessário".
A modelo Modiselle espera poder ser um desses agentes catalizadores, inspirando a sociedade sul-africana e o continente como um todo.
"Sou o símbolo de unidade racial. Sou uma garota negra que vive na pele de uma pessoa branca", ela disse à BBC.
"Eu gostaria de ser conhecida por ser uma modelo, e por todas as minhas outras realizações, não por ser albina".

terça-feira, 30 de outubro de 2012

ORALIDADES E PERFORMANCES NA CULTURA DIGITAL

Se estivesse em São paulo, faria este minicurso!

FAMÍLIA ALBINA INDIANA

A família abaixo é anunciada em alguns sites como a maior família albina do mundo. Não serei tão bombástico assim, porque não tenho conhecimento do tamanho de todas as famílias albinas do planeta pra afirmar tal coisa. De todo modo, essa família albina indiana é grandinha sim...

 

A família Pullan vive em Nova Delhi e espera ser reconhecida pelo Guinness como a maior família albina do planeta.






Roseturai Pullan, 50, e sua esposa Mani, 45, têm 6 filhos, todos albinos. Seus netos também são  







Devido a sua alvura, a família tem enfrentado muito preconceito na Índia e ás vezes são confundidos com estrangeiros.






Despite having a poor view and easily suffer sunburn, Mani, 45, says his family, as it is, is a blessing from God.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
http://www.socialphy.com/posts/images-pics/16119/World_s-Largest-Albino-Family.html

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ESTADÃO PRÓ-ALBINO


Serviço em São Paulo acompanha albinos

MARIANA LENHARO
Ser albino não significa apenas ter pele e olhos bem mais claros que o resto da população. A falta de melanina no organismo torna mais comum a ocorrência de problemas de saúde na pele e nos olhos. A condição rara, que afeta em média 1 entre cada 17 mil habitantes na Europa (no Brasil, ainda não existe uma estimativa), demanda cuidados médicos especiais.

Foi com o objetivo de conhecer melhor as especificidades dos albinos no Brasil que médicos da Santa Casa da Misericórdia de São Paulo criaram um serviço de atendimento especializado para essa população. Trata-se de um projeto piloto que, se tiver bons resultados, poderá ser levado para todos os serviços de saúde conveniados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), de acordo com o dermatologista Marcus Maia, que está à frente da iniciativa.

Hoje, o projeto Pró-Albino - como foi batizado - atende 56 albinos de São Paulo na Santa Casa. Eles são avaliados a cada três meses por Maia e pelo oftalmologista Roberto Yuiti Sano. Os especialistas cuidam para que problemas como câncer de pele, envelhecimento precoce e perda da visão não se estabeleçam nesses pacientes. Com base nos atendimentos, está sendo criado um cadastro para catalogar as principais doenças associadas à falta de pigmento.

Entre os pacientes, há desde crianças pequenas até idosos. "A ideia é pegar essa criança e oferecer a oportunidade para os pais cuidarem da forma mais adequada", observa Maia. Durante a infância, é comum que os albinos tenham dificuldades na escola por problemas de visão.

O oftalmologista Ronaldo Yuiti Sano, da Santa Casa, explica que a íris do olho do albino não tem pigmento e deixa que muita luz entre, o que faz com que eles não enxerguem corretamente. Além disso, existe uma alteração da percepção de cores, de contraste e de brilho. "O importante é fazer com que procurem cada vez mais cedo o tratamento. Hoje temos muita experiência com células-tronco que podem, futuramente, ajudar a melhorar essa falta da melanina", diz Sano.

No caso de Isabel Correia Lanzeloti, de 4 anos, os cuidados especiais começaram logo nos primeiros meses de vida. "Por causa de meu conhecimento como bióloga, entendi que tinha de buscar profissionais especializados: por isso procurei um dermatologista voltado para a prevenção contra o câncer de pele e ela recebe acompanhamento oftálmico desde que tinha 4 meses", diz a mãe, Renata Isabel Correia Lanzeloti, de 31 anos.

Renata conta que a chegada de um albino à família demanda uma estrutura especial. "Foi bastante difícil, entrei até em depressão. Não sabia como lidar com o preconceito", diz. Por causa do contraste entre a cor da pele do bebê e a dos pais, mais morenos, a família percebia insinuações de que a garota pudesse não ser filha do casal. "O preconceito, na nossa sociedade, ainda é forte. Hoje, aprendi a lidar bem com a situação."

A menina frequenta o projeto Pró-Albino e recentemente passou a receber atendimento psicológico na Santa Casa. Ela usa óculos desde os 6 meses e, a partir dos 2 anos, passou a usar lentes que escurecem ao contato com o sol. O protetor solar é repassado a cada duas horas, mesmo em dias chuvosos. Poucos minutos no sol sem a devida proteção são suficientes para o surgimento de pintas e manchas.

Para o analista de sistemas Paulo Henrique Prado Oliveira, de 29 anos, o que mais incomoda em ser albino é a visão prejudicada. "A visão é o que limita: o fato de não poder dirigir, por exemplo." Ele ficou sabendo sobre o projeto da Santa Casa nas redes sociais. Foi também pela internet que ele conheceu sua noiva, que é albina e mantém um blog informativo sobre a condição.

Na opinião da engenheira e estudante de Educação Física Andreza Cavalli, de 32 anos, o projeto Pró-Albino pode reverter o desconhecimento sobre o tema, que há mesmo na classe médica. "Muitos dermatologistas não sabem lidar com o albinismo, desconhecem a necessidade até do protetor solar."

Para sair de casa, um acessório imprescindível para Andreza é o boné, que ajuda a proteger contra a claridade. "Temos de lidar com isso, da mesma forma como o mundo não foi feito para canhotos."

De acordo com Maia, caso o projeto se expanda, vai ser mais fácil determinar a quantidade de albinos no Brasil e descobrir como se distribuem os genes relacionados à condição entre os brasileiros. "Com isso, é possível, por exemplo, exigir subsídio do governo para a fotoproteção."

http://m.estadao.com.br/noticias/impresso,servico-em-sao-paulo-acompanha-albinos,952006.htm

CAIXA DE MÚSICA 80/TELINHA QUENTE 56


Roberto Rillo Bíscaro

Será que os punks previram que seu movimento impulsionaria o surgimento do synth pop? Depois da explosão da simplicidade dos 3 acordes de guitarra/baixo/bateria, alguns jovens fizeram o mesmo, só que usando sintetizadores.
Influenciados por David Bowie, Kraftwerk, Donna Summer, ficção-científica e beneficiados pelo barateamento dos sintetizadores, meninos(as) começaram a experimentar com electronica em diversas cidades inglesas. As grandes gravadoras não apostaram no novo tipo de música, mas a infraestrutura criada pelo movimento punk novamente favoreceu esses candidatos a avatares da tecnologia: seus trabalhos eram lançados por selos independentes, como a Mute Records, que deu chance ao Depeche Mode.
O sintetizador – orquestra dentro duma caixa com teclas e botões – mudou a forma dos grupos pop. Bastava um(a) vocalista e um(a) tecladista e um estava formado. Basta checar o número de duplas nos anos 80: Eurythmics, OMD, Erasure, Tears for Fears, Kon Kan, Go West. Acho que preencheria uma página! 

O período de aproximadamente 7, 8 anos de surgimento e queda do synth pop está registrado no documentário Synth Britannia (2009), da BBC. Fundamental pra quem viveu e dançou os fins da década de 70 e início dos anos 80.
Até o advento do synth pop, sintetizadores eram privilégio da pirotecnia e afluência progressivas. Oriundos em sua maioria da classe-média alta e com treinamento clássico, apenas os Keith Emersons e Tony Banks da vida podiam arcar com o preço dum teclado. Quando a molecada industrial começou a poder adquiri-los, combinaram as inúmeras possibilidades sintetizadas com o tipo de música pop de que mais gostavam e uma miríade de subgêneros nasceu.
Synth Britannia delineia o desenvolvimento de bandas como o experimental Cabaret Voltaire até o estouro comercial do Depeche, Human League, Gary Numan, Yazoo, Ultravox. Massacrado pela imprensa musical britânica, o synth pop dominou o mundo no comecinho dos 80s e foi um dos motivos que levaram ao surgimento dos Smiths, pais do indie rock, que sufocou o tecnopop (como ficou conhecido no Brasil) nos anos 90 e boa parte dos 2000. Isso o documentário não fala.
Vince Clark, Alison Moyet, Phil Oakey, John Foxx; quase todo mundo que importava foi entrevistado. Synth Britannia termina com os Pet Shop Boys, que no meio dos 80s popularizaram o uso de sampleadores, indo mais pro caminho dance. 

O documentário retrata com eficiência o dilema da molecada que, ao mesmo tempo, queria revolucionar e ser astro pop, aparecer na mídia, ganhar grana e deixar de ser classe operária.
Passado o apogeu do synth pop, quase todas as bandas perderam sua razão de ser. Um documentário exemplar sobre isso seria sobre o Human League, que enfocasse seu começo alternativo em Sheffield, o estouro com o fundamental álbum Dare e a encruzilhada criativa um par de anos depois, quando Phil Oakey tentava aparência de roqueiro e o grupo soava como um U2 sintetizado.  
Inteiro no You Tube, em inglês não legendado.

domingo, 28 de outubro de 2012

OLHOS NOS OLHOS ALBINOS


No colo do pai, bebê corajoso encara píton albina 'olho no olho' em Israel
Uma cena inusitada foi registrada em uma cidade do norte de Israel neste sábado (27), quando um pai posava com seus dois filhos para tirar uma foto com uma enorme cobra albina. Na imagem registrada pelo fotógrafo da AFP Menahem Kahana, o homem olha para a câmera com os dois filhos pequenos ao colo enquanto um dos bebês encara a píton "olho no olho", aparentemente sem medo algum.
O flagra foi feito em um estúdio fotográfico ambulante montado em uma rua de Acre, no norte de Israel. A família participava das comemorações do feriado islâmico de Eid al-Adha.

JORNAL DA TARDE PRÓ-ALBINO


Albinos ganham serviço especial


MARIANA LENHARO
Ser albino não significa apenas ter pele e olhos bem mais claros que o resto da população. A falta de melanina torna mais comum a ocorrência de problemas de saúde na pele e nos olhos. A condição, que afeta em média 1 entre cada 17 mil habitantes na Europa (no Brasil não há uma estimativa), demanda cuidados médicos especiais.
Foi com o objetivo de conhecer melhor as especificidades dos albinos no Brasil que médicos da Santa Casa da Misericórdia de São Paulo criaram um serviço de atendimento para essa população. Trata-se de um projeto piloto que, se tiver bons resultados, poderá ser levado a todos os serviços conveniados à Sociedade Brasileira de Dermatologia, segundo o dermatologista Marcus Maia, que está à frente do projeto.
Hoje, o projeto Pró-Albino – como foi batizado – atende 56 albinos na Santa Casa. Eles são avaliados a cada três meses por Maia e pelo oftalmologista Roberto Yuiti Sano. Os especialistas cuidam para que problemas como câncer de pele, envelhecimento precoce e perda da visão não se estabeleçam.
Entre os pacientes, há crianças e idosos. Na infância, é comum que os albinos tenham dificuldades na escola por problemas de visão. No caso de Isabel Correia Lanzeloti, de 4 anos, os cuidados começaram já nos primeiros meses de vida. “Ela recebe acompanhamento oftálmico desde que tinha 4 meses”, diz a mãe da menina, Renata Lanzeloti, de 31 anos. O desafio dos médicos é fazer com que todos sejam tratados precocemente.

SUPERAÇÃO NO EGITO

Durante anos, a orquestra de câmara de jovens cegas, no Cairo, Egito, tem inspirado públicos em todo o mundo pela capacidade das integrantes de tocar sem ver o maestro, ou ler as partituras. Toas as músicas têm que ser decoradas pelas participantes, o que exige um treino exaustivo. O maestro é o único do grupo que não é cego e, durante os ensaios, bate com a batuta na mesa para se comunicar com a orquestra registrando o compasso de cada passagem. Veja o vídeo e conheça um pouco mais sobre estas disciplinadas artistas.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2012/10/121022_orquestra_cegas_as.shtml

sábado, 27 de outubro de 2012

FORÇA ALBINA

Mais um blog sobre albinismo entrou no ar: o Força Albina.
Torço para que tenha sucesso, postagens constantes e vida longa!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ESCOLHI SER ALBINO - LANÇAMENTO EM PENÁPOLIS

Acontecerá hoje a primeira noite de autógrafos de minha autobiografia ESCOLHI SER ALBINO. 
Quem puder, compareça!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

MINIMETRÔ VOADOR

Projeto-piloto de trem aéreo da Nasa cruzará céu de Tel Aviv

Modelo do trem aéreo que será implementado em Tel Aviv (Foto: Divulgação)
Sistema terá trilhos suspensos, com trens a uma altura de 7 metros
Um projeto-piloto feito em colaboração com a Nasa (agência espacial americana) deve levar às ruas de Tel Aviv, em Israel, um trem aéreo elétrico, com trilhos de alumínio, que está sendo promovido como uma "forma ecológica e rápida" de facilitar o transporte público.
Segundo anúncio do prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, o chamado "trem aéreo" terá uma primeira fase com uma linha de 7 km, perto do porto (norte da cidade), a ser concluída em dois anos.
Os veículos poderão alcançar uma velocidade de 240 quilometros por hora e "voarão" em uma altura de 7 metros, presos sob trilhos suspensos no ar.
O sistema será movido a eletricidade, parte da qual será "produzida pelo próprio sistema", disse à BBC Brasil Jerry Senders, diretor da empresa Skytran, responsável pela tecnologia.
Senders explica que dentro de cada veículo haverá um "motor linear" que será movido por um misto de eletricidade e ondas magnéticas.
"A principal inovação do projeto é o movimento por intermédio de ondas magnéticas, e essa é a contribuição tecnológica da Nasa", diz. "Não haverá atrito entre o veículo e o trilho de alumínio, já que, a partir do momento em que o veículo começar a se mover, se criará, por meio da onda magnética, uma especie de travesseiro de ar e cada bondinho navegará no ar."
O único momento em que haverá atrito com o cabo de alumínio será quando o veículo parar nas estações.

Custos e capacidade

Modelo do trem aéreo que será implementado em Tel Aviv (Foto: Divulgação)
Vagão será movido por eletricidade e ondas magnéticas, diz criador
"Trata-se de uma maneira econômica, rápida e ecológica de resolver o problema do transporte público", diz Senders, afirmando que o projeto custará apenas US$ 6 milhões por quilômetro.
Para efeitos comparativos, a prefeitura de Jerusalém concluiu recentemente a construção de um bonde que cruza a cidade, que durou 12 anos e custou mais de dez vezes o preço por quilômetro. E estima-se que o custo por quilômetro do metrô de São Paulo seja de US$ 60 milhões a US$ 100 milhões.
Os trilhos de alumínio do trem aéreo de Tel Aviv serão erguidos entre postes, que também servirão como fonte de energia. "O sistema aproveitará ondas magnéticas que serão geradas pelo próprio movimento dos veículos sob os trilhos de alumínio", afirma a prefeitura.
Os veículos serão leves e pesarão apenas 200 quilos cada, e poderão transportar dois passageiros por vagão. Mas, segundo Sanders, poderá transportar até 11 mil pessoas por hora.
Os passageiros que entram nos bondinhos podem apertar um botão indicando em qual estação querem parar, como em um elevador.
Segundo Senders, o presidente de Israel, Shimon Peres, já pediu que a Skytran prepare planos para ampliar a rede aérea para as periferias de Israel, e o projeto poderia chegar até Eilat (cidade no sul do país).
Modelo do trem aéreo que será implementado em Tel Aviv (Foto: Divulgação)
Tel Aviv quer ser vista como centro de inovação tecnológica
"O sistema tem características de uma espécie de internet física", explica Senders, "uma rede ilimitada de linhas aéreas, que poderá, inclusive, ter estações dentro de edifícios e sobre os prédios".
"Estou orgulhoso de Tel Aviv ter sido escolhida para a implementação do projeto piloto em colaboração com a Nasa", declarou o prefeito Ron Huldai.
"O projeto se enquadra na percepção da prefeitura, que vê Tel Aviv como centro de inovação tecnológica", disse à BBC Brasil o porta-voz da prefeitura de Tel Aviv, Gali Avni Orenstein.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/10/121022_bondinho_nasa_gf.shtml?print=1

TELONA QUENTE 62

Broderskab
Roberto Rillo Bíscaro

A Dinamarca vive tirando os primeiros lugares entre as nações com melhor nível de vida e educação. Falou em Escandinávia e muitos já pensam em liberdade e tolerância sexual; tudo muito civilizado e meio monótono, daí uns suicidiozinhos de vez em quando.  
Broderskab (2009) mostra que o lado pesado do país existe e é muito barra. O filme é sobre atração homoerótica entre membros dum partido néo-nazista.
Lars tem sua promoção a sargento negada no exército devido a alegações de cantadas em seus subordinados. Sem rumo, o jovem filia-se a um grupo supremacista branco, ultranacionalista (nazistas que não se tocam que Hitler subjugara a nação que tanto dizem amar). Lars é representado como articulado e inteligente, mas, o roteiro tem preguiça de nos convencer de como alguém que considera os neonazistas “perdedores” numa cena, na outra está socializando com eles. A não ser que o clichê da mãe superprotetora e do pai ausente ainda convença.
Designado pra ajudar Jimmy a reformar a casa de praia,  que serve pra convidados do bando (uau, até ser reaça na Dinamarca é coisa de primeiro mundo!), Lars se envolve com o companheiro, iniciando uma história de amor que só pode terminar mal. O ódio por imigrantes muçulmanos é tão grande quanto aquele por homossexuais. Quando o irmão drogadito de Jimmy descobre a ligação, as consequências são desastrosas.
Em sua maior parte, Broderskab não nos pede pra simpatizar com esses jovens tão nocivos a si mesmos quanto à diversidade. Porém, a trilha sonora meio melosa e a virada melodramática final podem fazer esquecer o perigo em potencial que representam. Não que eu não acredite em mudanças, mas a narrativa não fornece indicadores de que mesmo dando certo como casal eles deixariam de barbarizar refugiados. E um gay escroto não é melhor do que um hétero escroto.
Oportuno, Broderskab faz refletir sobre a falha de certos membros de grupos oprimidos em perceber que se ligar aos opressores contra outros subjugados só fortalece aqueles. Burrice até compreensível, mas compreender não torna essa gente menos perigosa. Certa vez, li sobre a presença de mulatos em grupos neonazi brasileiros. Podem ser estúpidos, mas carregam porretes; não podemos esquecer.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

BUSÃO EM BELÔ

Aparelho ajuda deficientes visuais a pegar ônibus em Belo Horizonte

Uma novidade tecnológica começou a ser testada no transporte urbano de Belo Horizonte. O objetivo é beneficiar pessoas com deficiência visual.
Andar sem ver o caminho é uma tarefa difícil. No ponto de ônibus, muitos deficientes visuais ainda precisam contar com a boa vontade de outros passageiros para pegar a linha correta.
Em Belo Horizonte está em teste um transmissor com uma frequência de rádio e um alto falante instalados dentro dos veículos. Com o deficiente visual fica um aparelho, que é programado de acordo com a linha desejada.
Flávia aciona o controle, e quando o ônibus chega a menos de cem metros, um apito é emitido para que o motorista saiba que, no ponto, haverá um deficiente visual. Ao chegar lá, o alto-falante entra em ação.
Pelo som, fica mais fácil saber onde o coletivo está parado, e quando ele entra é o próprio passageiro quem desliga o aviso.
“Eu parava a porta dianteira em frente a eles e chamava. Agora acabou o sofrimento”, diz o motorista Edson Duarte dos Santos.
Em Araucária, no Paraná, o sistema já passou pelo teste e agora foi implantado em todas as linhas. Na capital mineira, por enquanto, só uma que passa por uma instituição para deficientes visuais tem os aparelhos. Se for aprovado, o sistema deve ser instalado em toda a frota da cidade.
“Está nos trazendo tanta independência que até a noite a gente pode dar uma voltinha, não vai ter perigo de perder o ônibus de madrugada, ir para as festas sem problema de perder o ônibus”, comemora a professora Flávia Manicardi.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

ESCOLHI SER ALBINO NO BRANDPRESS

Minha autobiografia ESCOLHI SER ALBINO, recém-lançada pela Edufscar, é destaque no site BrandPress

Albino narra experiências de vida num país solar

Filhos da Lua. Assim são conhecidos os albinos. Sua alvura causa fascínio, temor, repulsa. Chamam a atenção em um país solar como o Brasil. Atraem olhares, provocam comentários. Quem nasce com albinismo não tem melanina, a substância responsável por conferir pigmentação à pele, olhos, cabelos e pelos. Por não terem cor, os albinos são obrigados a fugir dos raios solares, mas engana-se quem pensa que o maior adversário deles é o sol. Em 'Escolhi ser albino', lançamento da EdUFSCar, Roberto Rillo Bíscaro revela que os verdadeiros rivais dos que possuem essas características são o preconceito e a exclusão social.
Se, por um lado, os albinos chamam atenção por onde passam, por outro, paira um silêncio perturbador sobre essa minoria. Essa invisibilidade social reflete-se na ausência de políticas públicas de saúde específicas para eles. Nas aulas de biologia, não passam de letras ‘a’ minúsculas dos genes recessivos. Nas universidades, quase nenhum estudo na área de Humanidades dedica-se a esse grupo social. Esse esquecimento relega o grupo a altas taxas de óbito por câncer de pele devido à falta de cuidados preventivos. Além disso, enfrentam a exclusão no mercado formal de trabalho, em função da aparência física diferente. 
Outro fator que pesa para a dificuldade de inclusão desses sujeitos é o econômico: como os cuidados básicos incluem o uso constante de protetor solar ou de lentes especiais, para aqueles que desenvolvem fotofobia, são muitos os que, no Brasil, não têm condições mínimas de arcarem com esses cuidados, em função da renda familiar. Além disso, praticamente não há políticas públicas que subsidiem esses custos. 
Na contramão dessas adversidades, Roberto Rillo Bíscaro ensina que ser minoria pode ser desafiador. O livro é resultado de suas próprias escolhas que, juntamente com a família, decidiu enfrentar a situação e se afirmar como cidadão. Hoje, é doutor em dramaturgia pela USP, professor e autor do blog O Albino Incoerente, para lutar pelos direitos das pessoas com albinismo. Sua atuação ganhou repercussão na mídia e ajudou a criar projetos de lei em prol dos albinos em diversos estados brasileiros. 
Sobre o autor – Roberto Rillo Bíscaro nasceu em São Paulo, em 1967. Filho de empregada doméstica e de alfaiate/feirante, viveu na capital até 1976, quando se mudou para Penápolis, no interior do estado. Devido ao albinismo, enfrentou preconceito, além de dificuldades econômicas por sua classe social. Aos 19 anos, começou a trabalhar na Biblioteca Pública Municipal e pôde pagar um curso de inglês com um norte-americano residente na cidade. Graduou-se em Letras pela Fundação Educacional de Penápolis e lecionou em diversas escolas e faculdades na cidade e região. Em 2006, doutorou-se em dramaturgia norte-americana pela USP. 
Título: Escolhi ser albino
Autor: Roberto Rillo Bíscaro
Número de páginas: 250
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 29,00
ISBN: 978-85-7600-284-0
Mais informações sobre os livros publicados pela EdUFSCar estão disponíveis no site www.editora.ufscar.br


Fonte: http://www.brandpress.com.br/cultura-e-arte/14015-albino-narra-experiencias-de-vida-num-pais-solar.html#ixzz2AAGFwCgM


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

ALBINOS NA MODA

Stephen Thompson, Diandra Forrest,Shaun Ross e Connie Chiu são modelos com albinismo. Veja algumas fotos dos 4.  

CAIXA DE MÚSICA 79/TELINHA QUENTE 55


Parte do modo de produção capitalista, a música pop é fenômeno fugaz. A ciranda de artistas e grupos gira rapidamente e o que é in numa temporada vira out em um par de meses. Concebida dentro dos moldes da obsolescência planejada, parece que a fugacidade dessa indústria cresce.
Entretanto, artistas e ouvintes são seres humanos. Por mais que saibamos da impessoalidade da produção de muito da música pop, ela serve pra embalar histórias de vida: noitadas, namoros, casamentos, velórios. Enfim, ela acaba ativando uma série de lembranças. Não é incomum associarmos canções – mesmo as mais “descartáveis” -  com momentos de nossa trajetória. Isso não pode ser desconsiderado.

Durante 3 fugazes anos – entre 1987 e 1990 – as paradas de diversos países foram dominadas por uma trinca de produtores ingleses: Mike Stock, Matt Aitken e Pete Waterman, ou Stock, Aitken e Waterman, ou SAW. Eles “inventaram” Kylie Minogue a Rick Astley. Pronto, qualquer oitentista agora já tem noção do tamanho desses caras na época.
O trio é comparado como uma espécie de Motown inglesa e realmente foram grandes. Gigantescos. Dezenas de canções nas paradas, zilhões de álbuns vendidos. A linha de produção era fordista mesmo: canções pop grudentas, baratas, tudo meio igual. Uma sucessão de artistas fabricados em estúdio como Mandy Smith, Sinitta, Sonia, Princess, hoje lembrados apenas por fãs empedernidos dos anos 80.

O poder de SAW era tanto que artistas com a popularidade em baixa entregavam-se a eles pra terem um respiro extra, como Kim Wilde e Cliff Richard. O exemplo mais notável foi Donna Summer, que se revitalizou temporariamente em 1989, com um álbum produzido pela tríade. Quem esquece pérolas pop como Breakaway, This Time I Know It´s for Real ou I Don’t Wanna Get Hurt?
Este ano, às vésperas do adiado concerto que reuniria alguns dos artistas que trabalharam com SAW, a iTV1 exibiu o documentário The Hit Factory: the Stock, Aitken and Waterman Story. Ao assisti-lo, vieram-me à mente aquele tipo de lembranças ás quais me referi no início. Dancei muito ao som de Kylie, Rick, Jason Donovan. Até hoje, ouço a versão de Hazel Dean pra Turn It Into Love (gosto mais do que da versão de Kylie, sorry...). A sonoridade inconfundível do trio me conforta, no sentido de saber onde estou pisando. 

O documentário reúne diversas celebridades do combo da PWL (gravadora de SAW). Peter Burns, Kim Appleby, Jason Donovan, Sinitta; estão quase todos lá. Atuais poderosos, como Simon Cowell, aparecem pra se dizerem influenciados.
Por se tratar duma celebração da obra, tudo é edulcorado. O estúdio é retratado como se fora uma grande festa e os artistas chovem elogios. Sabemos que não é bem assim. SAW eram homens de negócio, que tratavam os artistas como mercadoria. Não é a toa que o álbum pós-PWL de Rick Astley chamou-se Free.
Como o fenômeno pop é fugaz, a fábrica de sucessos deu defeito em 90 e não produziu mais nada bem sucedido, até se desfazer em 1993. O programa explica alguns dos motivos, embora evite as batalhas judiciais subsequentes, que fizeram SAW não se olharem mais nos olhos.
Pra quem entende inglês, The Hit Factory: the Stock, Aitken and Waterman Story está completo no You Tube. Viagem deliciosa ao final dos anos 80. Pop descartável? Eu não o descartei e conheço muita gente que também não!

domingo, 21 de outubro de 2012

A SUPERAÇÃO DE MARCOS ROSSI

A emocionante história de vida de Marcos Rossi serve de lição e inspira outros deficientes físicos ao redor do Brasil.

http://entretenimento.r7.com/hoje-em-dia/noticias/historia-de-superacao-de-marcos-rossi-emociona-e-inspira-outros-deficientes-20120918.html

ESPORTE É VIDA E INCLUSÃO

A importância da prática esportiva para pessoas com deficiência

Ganhos em confiança e na autoestima são só alguns dos benefícios promovidos pelo esporte. Conheça outras vantagens das atividades físicas e as dicas de profissionais da área.
egração Esportiva do Deficiente Físico...
Daniel Limas, da reportagem do Vida Mais Livre
Dizer que a prática de esportes é muito importante para as pessoas de todas as idades é chover no molhado. Já está mais que comprovado que praticar esportes com regularidade traz inúmeros benefícios para a saúde física e mental dos praticantes, além de melhorar a qualidade de vida. Para as pessoas com deficiência, praticar esportes pode representar muito mais que saúde.
São vários os aspectos positivos. O esporte melhora a condição cardiovascular dos praticantes, aprimora a força, a agilidade, a coordenação motora, o equilíbrio e o repertório motor. No aspecto social, o esporte proporciona a oportunidade de sociabilização entre pessoas com e sem deficiências, além de torná-lo mais independente no seu dia a dia. Isso sem levar em conta a percepção que a sociedade passa a ter das pessoas com deficiência, acreditando nas suas inúmeras potencialidades.
No aspecto psicológico, o esporte melhora a autoconfiança e a autoestima, tornando-as mais otimistas e seguras para alcançarem seus objetivos. “O esporte é muito importante para o sentimento de que tudo é possível dentro das minhas limitações e adaptações para execução daquilo que desejo fazer ou praticar”, explica Ademir Cruz de Almeida, presidente da ABDF (Associação Brasileira de Desportos para Deficientes Físicos) e da WAFFSite externo. (World Amputee Football Federation).
Patrícia Camacho (na foto acima), coordenadora de projetos da Ciedef Site externo.(Associação para a Integração Esportiva do Deficiente Físico), é da mesma opinião. “Além dos ganhos físicos, a prática esportiva é uma forma de interação social, de ultrapassar limites e consequente melhora da autoestima e posicionamento da pessoa com deficiência na sociedade.”
Foi um pouco do que aconteceu com Ademir, que pratica esporte há 22 anos. “Além de melhorar a autoestima e a confiança em nós mesmos, o esporte traz o sentimento muito favorável de que podemos realizar muitas coisas.”
Jogadores de futebol para amputados comemoram vitóriaO presidente da ABDF conta também que já praticou natação, voleibol sentado, atletismo e, atualmente, se dedica ao futebol para amputados, que ainda não é uma modalidade paraolímpica, mas é uma prática em que o Brasil se destaca e é tetra-campeão. Sua relação com o esporte começou com um convite de um preparador físico que o estimulou a nadar. Chegou a praticar as atividades junto com pessoas sem deficiência e posteriormente resolver se dedicar ao paradesporto.
“Hoje, sonho que o futebol para amputados se torne paraolímpico um dia. Essa modalidade já me proporcionou vários momentos inesquecíveis na minha vida e oportunidades de crescimento cultural, social, político etc. Tudo o que tenho hoje foi graças ao paradesporto”, orgulha-se.
Esporte para todos?
Todas as práticas esportivas devem ter um acompanhamento médico. Essa é uma regra que vale para qualquer pessoa. Caso a pessoa tenha, por exemplo, alguma doença ou limitação cardíaca, respiratória ou circulatória, é fundamental que um médico avalie os riscos da prática esportiva. “É fundamental ter condições físico-motoras para desenvolver a atividade escolhida e estar sob orientação de um profissional especializado”, explica Patrícia.
Ademir também sugere que o interessado escolha, de acordo com as suas limitações, a atividade física que melhor pode ser desempenhada. Após estas etapas, é importante procurar os clubes, associações e academias que trabalham com a modalidade pretendida.
Modalidades
São vários os esportes praticados em todo o mundo e novidades sempre surgem nessa área. No Brasil, as mais comuns são: Natação, Atletismo, Basquete em cadeiras de roda, Voleibol sentados, Futebol de cinco, Futebol de Paralisados Cerebrais, Tênis, Tênis de mesa e Bocha. “Todos os esportes têm uma série de adaptações e regras específicas. Além disso, existem dentro das mesmas modalidades classificações funcionais, para dar condição de igualdade e competitividade”, explica Ademir.
Esportes mais comuns por tipo de deficiência:
Pessoas com deficiência visual: atletismo, ciclismo, futebol, judô, natação, goalball, hipismo, halterofilismo e esportes de inverno.
Pessoas com deficiência auditiva: atletismo, basquetebol, ciclismo, futebol, handebol, natação, vôlei, natação, e muitas outras (quase as mesmas das pessoas sem deficiência, pois não existem grandes limitações dos deficientes auditivos).
Pessoas com deficiência física: atletismo, arco e flecha, basquetebol em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol para amputados e paralisados cerebrais, halterofilismo, hipismo, iatismo, natação, rugby, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, voleibol sentado e para amputados e modalidades de inverno.

sábado, 20 de outubro de 2012

ZOOFILIA RARA


Equidna albina rara perdida é devolvida a reserva natural


Uma equidna de focinho curto albina foi encontrada na cidade de Canbera, ao lado de uma rodovia muito movimentada há duas semanas atrás, e foi solta novamente na natureza na Reserva de Tidbinbilla. O bicho foi apelidado pelos cuidadores de Gasparzinho 
De acordo com o guarda florestal, Brett McNamara, a chance de encontrar uma equidna albina é de um em 10.000. A espécie é um dos poucos casos de um mamífero que bota ovos e ficou famosa mundialmente quando se tornou um dos mascotes das olimpíadas de 2000, em Sydney.
O animal só existe na Austrália e nas regiões próximas. O focinho curto permite que a equidna se alimente de de formigas e outros insetos.

ALBINO GOURMET 76

Adoro pudim e você? Achei algumas receitas:

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

"SOU QUEM SOU"

Que termo usar para nos autoidentificarmos? Albino (a)? Pessoa com albinismo? Palavras são muito importantes no processo de construção identitária.
A norte-americana Brandi Green lida com a identidade de afro-descendente e a de pessoa albina. Traduzi texto onde ela relata como se sente em relação a termos como albina e pessoa com albinismo.  

“Não Me Chame de Albina” – Uma Aula Sobre Etiqueta do Albinismo
(Tradução: Roberto Rillo Bíscaro)

Sei que as pessoas querem me perguntar a respeito, quando me conhecem. Elas fazem rodeios, mas não conseguem evitar a curiosidade.
Quando me perguntam, “o que você é?” ou, “a qual grupo você pertence?”, respondo que sou negra e que tenho albinismo. Algumas vezes isso já basta, mas, na maioria das vezes, as pessoas continuam confusas.
Tento de novo: “Sou albina.” A maioria das pessoas só entende quando falo assim.
Elas respondem meio sem jeito: “ah, fui à escola com um albino”, ou “Eu achava que albinos tinham olhos vermelhos”. A essa altura, já me dou por contente que saibam pelo menos isso.”
A maioria das pessoas conhece a palavra albino, mas não sabem que a condição genética se chama albinismo, que é a falta de pigmentação no cabelo, pele e olhos..
Na minha infância, mamãe não gostava que ninguém me chamasse de albina. Ela corrigia a pessoa na hora, dizendo que eu tinha a pele clara. Mais tarde compreendi que ela tentava se enganar e que aquilo era um modo de tentar controlar uma situação sobre a qual ela não tinha nenhum controle.
Devido ao problema dela, internalizei o desdém pela palavra. Além do mais, quando me chamavam de albina, nunca era em um contexto legal. Sempre ouvia o termo de forma derrogatória. Tive que aturar um monte de gozações por causa de meu albinismo. Por isso, o uso dessa palavra me machucou por muitos anos.
Não tenho dúvidas de que a mídia desempenha papel de perpetuadora de crenças negativas sobre as pessoas com albinismo. Não existem muitas representações positivas de albinos na mídia. Geralmente, somos desviantes, místicos ou esquisitos.
O “albino mau” ou o “albino vilão” pode ser visto em filmes e na literatura. Essas imagens são poderosas porque reforçam o preconceito das pessoas contra nós
Não só as imagens são poderosas; palavras também. Suponho que essa tenha sido a razão pela qual tive uma fase em que insistia em ser chamada de “pessoa com albinismo”. Eu desejava colocar minha identidade de pessoa à frente de minha condição genética. Acreditava que a palavra “albino” era objetificante. Essa noção foi muito forte, até conhecer outras pessoas com albinismo, que se referiam a si mesmas como albinas, além de se chamarem assim umas as outras. 
No princípio, eu não entendia como elas podiam se rotular com uma palavra usada com tanta sacanagem. Mas, quando percebi o quão confortáveis consigo mesmas elas eram e com que facilidade falavam albino, conclui que era um ato de coragem.
Conforme me sentia mais à vontade com meu albinismo, também comecei a referir-me a mim mesma como albina. A palavra não me machucava mais, porque eu não dava mais esse poder a ela. Deixei de lado as lembranças doloridas e as conotações negativas do termo; me deu uma baita sensação de empoderamento.
O uso de albino versus pessoa com albinismo permanece controverso na comunidade do albinismo. Muitos não querem ser rotulados por uma palavra com tamanho potencial para causar dor. Eles também creem que ser objetificado pela condição é desumanizante. Outros fizeram as pazes com o termo e não se importam quando são chamados de albinos.  
Acredito que para a maioria das pessoas da comunidade faça diferença quem usa a palavra (outra pessoa com albinismo ou não) e em qual contexto é utilizada. Alguns podem levar numa boa se outra pessoa com albinismo os chamar de albino, mas sentirem desconforto se uma pessoa fora da comunidade usar essa palavra.
Hoje, uso tanto albino quanto pessoa com albinismo, ao me descrever. As pessoas vão me rotular como sentirem vontade. Acredito que haja poder em se autoidentificar. Sou albina.Sou uma pessoa com albinismo.Sou negra.Sou quem sou. Não importa do que você me chame.

O original em inglês pode ser acessado em: