Portador de paralisia cerebral conta experiência de superação em livro
Alexandre Fonseca, 30 anos, servidor público e portador de paralisia cerebral é exemplo de superação. Saiu de Patos de Minas (MG) em 2003 e veio sozinho para Brasília cursar serviço social na Universidade de Brasília (UnB). De lá para cá, colecionou muitas histórias e publicará em breve seu primeiro livro: Em queda livre — Histórias de uma vida singular.
Ele diz que se engana quem pensa que vai encontrar histórias tristes e dificuldades. “É um livro de histórias felizes, de superação e de possibilidades”, conta o autor. Fonseca resolveu escrever porque quis dividir sua experiência com outras pessoas que compartilham a mesma situação. “Apesar das dificuldades, eu não perco a fé de acreditar que viver é possível. Talvez eu seja um otimista incorrigível, ou pelo menos sou um aspirante a isso”, relata.
O servidor público mora no terceiro andar de um prédio que não tem elevador. Sem reclamar, sobe e desce a escadaria de três a quatro vezes ao dia. Trabalha no turno vespertino e, no período da manhã, vai à academia e cuida da casa. Nos fins de semana gosta de namorar: está noivo e vai casar no próximo ano.
A paralisia cerebral foi consequência de complicações que ocorreram no parto, que foi prematuro. Ele não sofre nenhuma dificuldade cognitiva, mas tem deficiência nos membros superiores e inferiores. “Eu reconheço que tenho uma dificuldade, e nem posso deixar de perceber que ela existe, mas também não posso me negar a viver por causa disso. Eu preciso fazer minha história”, relata.
Angústia
Ister Pereira, 53 anos, mãe de Alexandre, sentiu as pernas tremerem quando soube da possibilidade de seu filho mudar de cidade. Ela tinha receio e insegurança, mas sabia que “filho, independentemente da situação, não foi feito para ficar de baixo de árvore”. Ister conta que ele sempre foi determinado e focado e ela tinha certeza que o filho conseguiria superar as dificuldades sozinho. Fonseca lembra que, mesmo de longe, a família sempre deu muito apoio e assistência em sua jornada.
A mãe conta que, desde pequeno, a vocação desse mineiro é ajudar. Por isso mesmo escolheu o curso de serviço social. Depois da faculdade, dedicou-se a estudar para concursos e, hoje, trabalha no Tribunal deJustiça como assistente social. “Gosto de ser útil socialmente, deixei de ser um peso para a sociedade para me tornar um contribuinte. Coloquei meu intelecto a serviço da sociedade”, conta o escritor.
Ele percebe que muitas pessoas, portadoras de necessidades especiais não reconhecem isso. “Não é qualquer deficiente que mora sozinho, que se vira sozinho”, frisa. Seu objetivo no livro é ajudar as pessoas a se aceitarem, a reconhecerem o quanto são capazes e a verem que também podem colaborar com a comunidade.
Mudança
No caso de Alexandre, tudo começou com a aceitação. O segundo passo, é ser reconhecido pelo outro. “As pessoas, geralmente, associam deficiência a incapacidade”, afirma o escritor. Fonseca relata que, à medida que foi adquirindo mais conhecimento, teve que provar sua capacidade e conquistar as pessoas.
A vontade dele é ver uma sociedade em que os deficientes estejam totalmente inclusos e acredita que o mundo está caminhando para isso, mas acha que os passos são muito lentos e, apesar do progresso, não crê que ainda verá isso em vida. “Torço por uma sociedade em que não se precise lutar por direitos, que eles sejam disponíveis a todos”, declara.
A próxima fase, segundo ele, será formar uma família e viver novas histórias. Alexandre conta que o livro trata de seus primeiros 30 anos de vida: “Falo um pouco da minha experiência, enquanto pessoa com deficiência. Faço as pazes com meu passado, junta os cacos, me refaço, e tento passar uma mensagem motivacional”.
O livro será publicado pela Editora Thesaurus e o lançamento está previsto para a segunda quinzena de novembro. O preço de cada exemplar será de R$ 30.
Ele diz que se engana quem pensa que vai encontrar histórias tristes e dificuldades. “É um livro de histórias felizes, de superação e de possibilidades”, conta o autor. Fonseca resolveu escrever porque quis dividir sua experiência com outras pessoas que compartilham a mesma situação. “Apesar das dificuldades, eu não perco a fé de acreditar que viver é possível. Talvez eu seja um otimista incorrigível, ou pelo menos sou um aspirante a isso”, relata.
O servidor público mora no terceiro andar de um prédio que não tem elevador. Sem reclamar, sobe e desce a escadaria de três a quatro vezes ao dia. Trabalha no turno vespertino e, no período da manhã, vai à academia e cuida da casa. Nos fins de semana gosta de namorar: está noivo e vai casar no próximo ano.
A paralisia cerebral foi consequência de complicações que ocorreram no parto, que foi prematuro. Ele não sofre nenhuma dificuldade cognitiva, mas tem deficiência nos membros superiores e inferiores. “Eu reconheço que tenho uma dificuldade, e nem posso deixar de perceber que ela existe, mas também não posso me negar a viver por causa disso. Eu preciso fazer minha história”, relata.
Angústia
Ister Pereira, 53 anos, mãe de Alexandre, sentiu as pernas tremerem quando soube da possibilidade de seu filho mudar de cidade. Ela tinha receio e insegurança, mas sabia que “filho, independentemente da situação, não foi feito para ficar de baixo de árvore”. Ister conta que ele sempre foi determinado e focado e ela tinha certeza que o filho conseguiria superar as dificuldades sozinho. Fonseca lembra que, mesmo de longe, a família sempre deu muito apoio e assistência em sua jornada.
A mãe conta que, desde pequeno, a vocação desse mineiro é ajudar. Por isso mesmo escolheu o curso de serviço social. Depois da faculdade, dedicou-se a estudar para concursos e, hoje, trabalha no Tribunal deJustiça como assistente social. “Gosto de ser útil socialmente, deixei de ser um peso para a sociedade para me tornar um contribuinte. Coloquei meu intelecto a serviço da sociedade”, conta o escritor.
Ele percebe que muitas pessoas, portadoras de necessidades especiais não reconhecem isso. “Não é qualquer deficiente que mora sozinho, que se vira sozinho”, frisa. Seu objetivo no livro é ajudar as pessoas a se aceitarem, a reconhecerem o quanto são capazes e a verem que também podem colaborar com a comunidade.
Mudança
No caso de Alexandre, tudo começou com a aceitação. O segundo passo, é ser reconhecido pelo outro. “As pessoas, geralmente, associam deficiência a incapacidade”, afirma o escritor. Fonseca relata que, à medida que foi adquirindo mais conhecimento, teve que provar sua capacidade e conquistar as pessoas.
A vontade dele é ver uma sociedade em que os deficientes estejam totalmente inclusos e acredita que o mundo está caminhando para isso, mas acha que os passos são muito lentos e, apesar do progresso, não crê que ainda verá isso em vida. “Torço por uma sociedade em que não se precise lutar por direitos, que eles sejam disponíveis a todos”, declara.
A próxima fase, segundo ele, será formar uma família e viver novas histórias. Alexandre conta que o livro trata de seus primeiros 30 anos de vida: “Falo um pouco da minha experiência, enquanto pessoa com deficiência. Faço as pazes com meu passado, junta os cacos, me refaço, e tento passar uma mensagem motivacional”.
O livro será publicado pela Editora Thesaurus e o lançamento está previsto para a segunda quinzena de novembro. O preço de cada exemplar será de R$ 30.
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