domingo, 25 de novembro de 2012

MELHOR PREVENIR

Prevenção é a melhor medida
Campanha de combate ao câncer de pele pretende atingir mil e quinhentas pessoas na Capital cearense

Nas consultas, é feita uma análise detalhada para detectar o problema precocemente e tratar logo Foto: Viviane Pinheiro

Cerca de 600 pessoas eram esperadas para atendimento no Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária Dona Libânia, no Centro de Fortaleza, neste sábado, quando aconteceu a 14ª Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Pele. Lá, as consultas foram realizadas de 8 às 14 horas. Além dessa unidade de saúde, o mutirão ainda envolveu o Hospital Geral de Fortaleza e o Hospital Universitário Walter Cantídio. A previsão é atingir 1.500 pessoas no Ceará.

Segundo a diretora técnica do Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária Dona Libânia, Araci Pontes, no ano passado, cerca de 12% dos que procuraram o hospital tiveram diagnóstico de câncer de pele.

Tipos de câncer
Segundo Araci Pontes, os tumores com maior incidência na pele são os melanomas e os carcinomas basocelulares (CBC). "Geralmente, os melanomas são os mais perigosos e apresentam sinais que coçam e mudam seu aspecto com o tempo, porque se não forem tratados podem se espalhar para outros órgãos do corpo e levar o paciente a óbito. Enquanto o CBC, que se manifesta na maioria das vezes por verrugas, pode ser tratado com crioterapia ou cirurgia e não oferece o risco de metástase".

Há quatro anos, a dona de casa Ivonete Mendonça Paulo, de 58 anos, foi diagnosticada com o CBC. "Não posso tomar sol e tento usar ao máximo calças compridas e blusas com mangas longas. Mas nem sempre uso protetor solar, porque me esqueço. Já fiz crioterapia, mas vou ter que fazer um tratamento porque minha pele está inflamada", diz.

Araci Pontes também ressalta a importância de se fazer o autoexame. "Os melanomas nem sempre aparecem em locais expostos ao sol. Podem surgir nas costas, na planta do pé, por isso é tão importante que a pessoa faça o autoexame regularmente", explicou a diretora.

Já o aposentado José Ribeiro de Lima, de 63 anos, por ser albino, utiliza protetor solar duas vezes por dia e consulta um dermatologista regularmente. "Tomo cuidado porque peguei muito sol quando eu era mais novo, porque trabalhava na agricultura", conta.

A dermatologista ainda chama a atenção para o cuidado extra que os albinos devem ter com a pele. "Por não produzirem melanina, eles estão mais expostos ao câncer", ressalta.

KELLY GARCIA

REPÓRTER
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1206809

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