terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ADAM E PETER – UMA HISTÓRIA COM FINAL FELIZ

O albino Peter Ash é um homem de negócios canadense muito importante pros albinos, especialmente os irmãos africanos, perseguidos pela superstição e afetados pela pobreza.
Ele é o presidente da ONG Under the Same Sun, que ontem foi notícia no blog devido à querela com a cerveja Albino Rhino.
Outro dia, recebi o informativo de fim de ano, onde a Under the Same Sun pede donativos. Nele, Ash conta a história de Adam, garoto africano com albinismo, que mudou sua perspectiva de vida.
Traduzi alguns trechos:

“Sobre um Garoto que Mudou Meu Mundo...”

Sim, de verdade. Escrevo sobre um garotinha que causou um grande impacto em mim.

O nome dele é Adam. Adam Robert nasceu em 15 de outubro de 1999, no noroeste da Tanzânia. Numa família de simples sitiantes, que criam gado e tiram o que podem da terra. Por ter nascido com albinismo, Adam aprendeu muito cedo que era diferente. O tom muito claro de sua pele, cabelo e olhos fez com que se destacasse em sua família e aldeia. Essa diferença fez dele objeto de discriminação desde bem pequeno. 12 anos se passaram até que algo aconteceu a Adam e mudou sua vida para sempre.

Em 14 de outubro de 2011, um dia antes de seu aniversário, Adam foi selvagemente atacado por um homem com um machado. O agressor tencionava decepar todos os membros de Adam e vende-los a um feiticeiro. A horrível transação renderia dezenas de milhares de dólares. Adam lutou muito, gritando e mordendo o agressor. O homem fugiu com 3 dedos da mão direita de Adam. 2 cortes profundos demonstravam a intenção de arrancar seu braço esquerdo também.

Adam só sobreviveu, porque lutou muito até que os vizinhos viessem correndo. Infelizmente, o próprio pai de Adam era cúmplice do ataque, por dinheiro. Ele viu tudo de bem perto, mas nada fez para impedir. Os criminosos foram capturados, mas liberados mais tarde, num total arremedo de justiça.

Adam jazia num leito de hospital, ferido e abandonado, mas, de algum modo, ainda cheio de determinação. 

Lembro-me vividamente de meu primeiro encontro com Adam no hospital, na Tanzânia. Sua coragem atingiu-me em cheio.

Perguntei como poderia ajudá-lo e a resposta foi: “tudo o que quero é ir à escola!”

Jurei a mim mesmo, naquele hora e local, a fazer tudo o que pudesse para conceder-lhe aquele desejo tão lindo. O desafio é que ele não conseguir escrever com nenhuma das mãos. Então, comecei a orar e pensar no que poderia ser feito.
Salto temporal de um ano…

Conseguimos, aqui no Canadá, que Adam fizesse uma cirurgia que mudaria sua vida. Uma equipe de cirurgiões voluntariou seu tempo para literalmente reconstruir a mão direita de Adam! Adam está em Vancouver comigo, enquanto escrevo. Ele tem uma nova mão. Está aprendendo inglês. Seu trauma emocional está sarando. Em suma, sua vida mudou.

Mas, como disse, ADAM MUDOU MINHA VIDA. Ele é curioso, esperto, brincalhão e gentil. Por 2 semanas, fiquei ao lado dele no hospital em Vancouver – enxuguei suas lágrimas, segurei sua mão, brinquei e rezei com ele. Sua persistência e coragem me maravilham. Devido a ele, reclamo um pouco menos das coisas. Ele é meu herói!

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