Roberto Rillo Bíscaro
Terei que pausar minha leitura das peças sofoclianas conhecidas de resenha ou comentário. Material séculos mais novo requer e merece minha atenção. Mas, antes da despedida temporária li Filoctetes, outro daqueles heróis de decisões imutáveis.
Terei que pausar minha leitura das peças sofoclianas conhecidas de resenha ou comentário. Material séculos mais novo requer e merece minha atenção. Mas, antes da despedida temporária li Filoctetes, outro daqueles heróis de decisões imutáveis.
A trama se passa pouco antes do desfecho da guerra de
Troia. Os oráculos vaticinaram que os gregos apenas venceriam com o esforço
conjunto de Neoptólemo, filho do falecido Aquiles, e de Filoctetes, herdeiro das
armas de Hércules.
Pra complicar, o grego Filoctetes ressentia-se
mortalmente de seus compatriotas. Ao se dirigir à Troia, o soldado tivera o pé
picado por uma serpente mágica. Como resultado, uma ferida com fedor
insuportável e dor lancinante que o fazia gritar perenemente, levando seus companheiros
ao desespero olfato-auditivo. O proto-maquiavélico Odisseu abandonou Filoctetes
na ilha de Lemnos, onde esse último passou a viver solitário e tendo que prover
seu sustento com o que caçava com o arco e flecha heraclianos.
Informado da essencialidade da presença de Filoctetes
pra vitória helênica, Odisseu e o jovem filho de Aquiles retornam à ilha pra
tentar trazer Filoctetes ao campo de batalha. Neoptólemo tenciona convencer
Filoctetes pela honra e a verdade, representando os valores homéricos heroicos
à moda de seu papai. Odisseu está muito mais preocupado com os fins. Vital é
ganhar a guerra. Se pra levar Filoctetes de volta for necessário mentir e
enganá-lo, tudo bem.
Como em Ájax, Sófocles contrapõe 2 formas de pensar e
cria um protagonista mais teimoso do que impressora recusando-se a funcionar.
Entretanto, o enredo da tragédia não permite a morte de Filoctetes, senão os
gregos perderiam a guerra.
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