Frustrei-me e enfureci-me com a série espanhola
Imperium, exibida nos últimos meses de 2012.
6 capítulos com ingredientes que amo: gente da alta
sociedade fazendo toda espécie de maldade. Um ninho de víboras, onde não se
pode confiar em ninguém, paredes têm ouvidos e traições abundam. Matricídio,
filhos ilegítimos e infidelidades sucedem-se em ritmo alucinante, o que pode
provocar overdose nos não afeitos a golpes
melodramáticas.
Imperium se passa na Roma Republicana. O malévolo
senador Galba (Lluis Homar, arrasando!) vai à região da atual Espanha conquistar
territórios, mas é derrotado. Quando regressa a Roma, sua esposa bandeara pra
cama de seu pior inimigo e o fracasso militar custara o prestígio e parte dos
recursos de sua família totalmente disfuncional. As maquinações pra recuperar o
poder e seus efeitos nas vidas das personagens constituem a enfurecida munição
que deleita fãs de DALLAS e Dynasty.
Embora mais singela do que uma reconstituição de época da
BBC ou HBO, o produto do canal Antena 3 não fez feio.
A licença poética come solta. Imperium não é pra “aprender
história”na TV. O anacronismo impera, mas quem curte novelão pouco se lixa.
Queremos emoções baratas!
Filha da série Hispania, la Leyenda (ainda não vi, mas
pretendo), Imperium não repetiu o êxito da matriz e a emissora encurtou os 13
capítulos planejados e descartou segunda temporada.
Mas, custava desatar os
nós? O sexto capítulo termina com a luta dos 2 filhos do irmão de Galba; quer
dizer, recém-descobríramos que um deles era de Galba. Um morre, mas quem era
seu pai biológico? Essa é uma das interrogações que assombrarão os fãs (cerca
de 1 milhão por episódio) pra todo o sempre. Que ódio!
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