Aposentadoria
de cães-guias deixa deficientes visuais apavorados
Jairo Marques
Apesar de haver tentativas nacionais de formação de animais, elas esbarram na falta de boas linhagens e de treinamentos corretos.
Projeto do Sesi-SP criado no ano passado para entregar 32 cães-guias, por exemplo, enfrentou problemas na formação. A perspectiva, agora, é que apenas 11 cachorros estejam preparados para trabalhar, até o meio deste ano.
Como grupos de cegos trouxeram seus cães de fora quase ao mesmo tempo, com ajuda de instituições nacionais e internacionais, agora há o problema do envelhecimento dos cães, que devem trabalhar por, no máximo, oito anos.
SOFRIMENTO DUPLO
Alberto Pereira, 36, do Instituto Laramara, trouxe o labrador amarelo Simon dos EUA há seis anos. O bicho está com nove anos e dá sinais de cansaço. Aos poucos, está parando de trabalhar.
"Está sendo muito difícil para mim ter de levar o dia a dia sem a ajuda do Simon, mas ele já está com problemas na visão, fica cansado muito rápido. É um sofrimento para mim e para ele."
Os cães treinados conseguem desviar os cegos de obstáculos, atravessá-los na rua com segurança, encontrar caminhos e dar-lhes mais autonomia de ir e vir.
Misty, o "anjo de quatro patas" da professora Olga Solange Herval Souza, 53, foi trazida de Nova York há nove anos. Está bem de saúde, mas a dona está preocupada.
"Uso transporte público e enfrento a rua ao lado da Misty, que tem dez anos.
Fico sempre tensa e ansiosa porque não sei como ela irá acordar amanhã", afirma.
O Instituto Íris arrecada fundos para levar pessoas aos EUA para que consigam cães, mas o processo é demorado. A fila de espera tem 4.000 inscritos. O treinamento de um cão no exterior custa R$ 40 mil.
http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=37785
Jairo Marques
O problema é que, com isso, terão de
enfrentar longas filas de espera para ter um novo "orientador".
Há no país cerca de 80 deficientes
visuais com cães-guia. Quase todos os bichos, segundo o Instituto Íris, de
apoio aos deficientes visuais, vieram de outros países, sobretudo dos Estados
Unidos.Apesar de haver tentativas nacionais de formação de animais, elas esbarram na falta de boas linhagens e de treinamentos corretos.
Projeto do Sesi-SP criado no ano passado para entregar 32 cães-guias, por exemplo, enfrentou problemas na formação. A perspectiva, agora, é que apenas 11 cachorros estejam preparados para trabalhar, até o meio deste ano.
Como grupos de cegos trouxeram seus cães de fora quase ao mesmo tempo, com ajuda de instituições nacionais e internacionais, agora há o problema do envelhecimento dos cães, que devem trabalhar por, no máximo, oito anos.
SOFRIMENTO DUPLO
Alberto Pereira, 36, do Instituto Laramara, trouxe o labrador amarelo Simon dos EUA há seis anos. O bicho está com nove anos e dá sinais de cansaço. Aos poucos, está parando de trabalhar.
"Está sendo muito difícil para mim ter de levar o dia a dia sem a ajuda do Simon, mas ele já está com problemas na visão, fica cansado muito rápido. É um sofrimento para mim e para ele."
Os cães treinados conseguem desviar os cegos de obstáculos, atravessá-los na rua com segurança, encontrar caminhos e dar-lhes mais autonomia de ir e vir.
Misty, o "anjo de quatro patas" da professora Olga Solange Herval Souza, 53, foi trazida de Nova York há nove anos. Está bem de saúde, mas a dona está preocupada.
"Uso transporte público e enfrento a rua ao lado da Misty, que tem dez anos.
Fico sempre tensa e ansiosa porque não sei como ela irá acordar amanhã", afirma.
O Instituto Íris arrecada fundos para levar pessoas aos EUA para que consigam cães, mas o processo é demorado. A fila de espera tem 4.000 inscritos. O treinamento de um cão no exterior custa R$ 40 mil.
http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=37785
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