Roberto Rillo Bíscaro
Em janeiro do ano passado, na volta de minha quinzena de férias em Washington, vi os 2 episódios iniciais de Ringer, no avião.
A ex-drogada, ex-garota de programa Bridget Kelly, testemunha de assassinato, temendo ser eliminada se ajudar o FBI, vai ao encontro de sua irmã gêmea, Siobahn (“que raio de nome é esse?”, espanta-se uma garçonete), com a qual não mantinha contato há anos. Siobahn Martin casara-se com um inglês rico e vivia no glamur nova-iorquino. As 2 vão velejar, Bridget adormece e ao acordar, a mana desaparecera. Bridget assume o lugar de Siobahn, acreditando que estaria mais segura temporariamente. Mas, descobre que a vida da irmã não era nada honesta e que a alta-sociedade pode ser mais perigosa e não muito diferente do crime organizado, do qual, incidentalmente, não consegue se livrar. Ao final do primeiro episódio, descobrimos que Siobahn não morrera. Antes, estava em Paris, sedenta de vingança!
Com uma premissa dessas – super soap opera! – e ambientação no meio de gente rica que não vale nada, óbvio que me apaixonei instantânea e perdidamente. Os Hamptons, Park Avenue, óculos de sol que tampam a cara toda, reviravoltas a cada 5 minutos, revelações bombásticas, coincidências mais do que improváveis; prato cheio prum fanático pelo distante climão do horário-nobre norte-americano dos anos 80.
Se Drummond fosse vivo e gostasse de novelão poderia escrever “Mr. Carpenter, que traiu Juliette, que traiu Andrew, que traiu Katherine, que traiu Tessa...”
Cheio de flashbacks, detalhes e informação modificadora da trama dada a conta-gotas, Ringer (sósia) é o tipo de show que se o espectador perde um capítulo, pode boiar. Também é refratário à entrada de incautos depois que o motor (melo)dramático é ignificado.
A rivalidade da gêmea boa (mas que viva na lama) e da má (que aparentemente levava vida honesta) granjeou status de cult a Ringer. Mas, TV vive de índices de audiência e, a despeito de abaixo-assinado online, o público escasso determinou o cancelamento do drama, no fim da primeira temporada.
Ciente de que se tratava duma trama sem conclusão, vi os 22 episódios estocados desde o ano passado. Mesclaria Ringer com outras séries que ora sigo. Ingênuo... Não desconectei o pendrive da TV enquanto não dei fim aos arquivos!
Valeu a pena seguir uma série sem resolução? SIIIIIM! A parte do envolvimento de Bridget com o crime organizado é resolvida e a segunda temporada lidaria com questões como a descoberta, pela irmã, de que Siobahn não morrera. Mesmo a frustração de jamais saber o que viria pela frente, não eclipsou a diversão de presenciar tanta maldade em velocidade alucinante e a ótima atuação de Sarah Michelle Gellar como Bridget/Siobahn (amei o nome!).
Em janeiro do ano passado, na volta de minha quinzena de férias em Washington, vi os 2 episódios iniciais de Ringer, no avião.
A ex-drogada, ex-garota de programa Bridget Kelly, testemunha de assassinato, temendo ser eliminada se ajudar o FBI, vai ao encontro de sua irmã gêmea, Siobahn (“que raio de nome é esse?”, espanta-se uma garçonete), com a qual não mantinha contato há anos. Siobahn Martin casara-se com um inglês rico e vivia no glamur nova-iorquino. As 2 vão velejar, Bridget adormece e ao acordar, a mana desaparecera. Bridget assume o lugar de Siobahn, acreditando que estaria mais segura temporariamente. Mas, descobre que a vida da irmã não era nada honesta e que a alta-sociedade pode ser mais perigosa e não muito diferente do crime organizado, do qual, incidentalmente, não consegue se livrar. Ao final do primeiro episódio, descobrimos que Siobahn não morrera. Antes, estava em Paris, sedenta de vingança!
Com uma premissa dessas – super soap opera! – e ambientação no meio de gente rica que não vale nada, óbvio que me apaixonei instantânea e perdidamente. Os Hamptons, Park Avenue, óculos de sol que tampam a cara toda, reviravoltas a cada 5 minutos, revelações bombásticas, coincidências mais do que improváveis; prato cheio prum fanático pelo distante climão do horário-nobre norte-americano dos anos 80.
Se Drummond fosse vivo e gostasse de novelão poderia escrever “Mr. Carpenter, que traiu Juliette, que traiu Andrew, que traiu Katherine, que traiu Tessa...”
Cheio de flashbacks, detalhes e informação modificadora da trama dada a conta-gotas, Ringer (sósia) é o tipo de show que se o espectador perde um capítulo, pode boiar. Também é refratário à entrada de incautos depois que o motor (melo)dramático é ignificado.
A rivalidade da gêmea boa (mas que viva na lama) e da má (que aparentemente levava vida honesta) granjeou status de cult a Ringer. Mas, TV vive de índices de audiência e, a despeito de abaixo-assinado online, o público escasso determinou o cancelamento do drama, no fim da primeira temporada.
Ciente de que se tratava duma trama sem conclusão, vi os 22 episódios estocados desde o ano passado. Mesclaria Ringer com outras séries que ora sigo. Ingênuo... Não desconectei o pendrive da TV enquanto não dei fim aos arquivos!
Valeu a pena seguir uma série sem resolução? SIIIIIM! A parte do envolvimento de Bridget com o crime organizado é resolvida e a segunda temporada lidaria com questões como a descoberta, pela irmã, de que Siobahn não morrera. Mesmo a frustração de jamais saber o que viria pela frente, não eclipsou a diversão de presenciar tanta maldade em velocidade alucinante e a ótima atuação de Sarah Michelle Gellar como Bridget/Siobahn (amei o nome!).
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