domingo, 30 de junho de 2013

ALBINO SANGUE AZUL


Herdeiro do Império Mali, cantor albino Salif Keita luta contra o preconceito

RAFAEL  ANDERY
Um homem negro com a pele branca, um homem branco com o sangue negro. Esse é Salif Keita, 63, um dos músicos africanos mais respeitados da atualidade. Salif tem albinismo, anomalia genética caracterizada pela falta de pigmentação na pele e que afeta, aproximadamente, uma em cada 13.000 pessoas -e é mais comum entre povos africanos.
Albinos costumam ter a visão comprometida por astigmatismo e fotofobia. A ausência total ou parcial de pigmentação da pele também os torna mais suscetíveis a queimaduras provocadas pelo sol e ao câncer de pele.

Além disso, sofrem com preconceito, agressões verbais e até crendices. Em alguns países da África, como a Tanzânia e o Burundi, acredita-se que partes do corpo de albinos possuem propriedades mágicas e atraem riqueza se usadas em certas poções produzidas por curandeiros.
Entusiastas mais exaltados garantem que a bruxaria é ainda mais poderosa caso a vítima grite durante a amputação. Por isso, muitas vezes, as mutilações acontecem com a pessoa ainda viva. A crença alimenta um lucrativo mercado negro de braços, pernas e mãos brancas.

Ser albino, para Salif Keita, obviamente, não foi uma escolha. Já a música, diz ele, foi a única opção. É descendente direto de Sundiata Keita (1217-1255), o fundador do Império Mali, que se espalhou entre os séculos 13 e 17 por áreas que hoje englobam nove países africanos.
A cidade de Timbuktu, símbolo maior do império, foi durante muito tempo um dos principais polos culturais fora da Europa. Salif Keita tinha tudo para levar uma vida fácil.

Mas nem a origem nobre foi capaz de neutralizar o preconceito contra o albinismo. Salif tinha dificuldade em conseguir emprego. "Cheguei a falar para minha mãe que tinha apenas três saídas: ou virava ladrão, ou me suicidava, ou virava músico", disse Salif. Ganhou a última.
No sistema de castas malinês, a música é uma função desempenhada por extratos mais baixos da sociedade. "De certo modo eu traí minha família, mas foi uma bela traição", conta ele, hoje conhecido como "a voz dourada da África".

Com sua banda, Les Ambassadeurs, Salif trocou o Mali pela Costa do Marfim durante a década de 1970. O sucesso internacional veio pouco tempo depois, no começo dos anos 1980, quando o artista se mudou para Paris em busca de maior audiência para seus trabalhos.
De lá para cá, já tocou com nomes consagrados, como o saxofonista Wayne Shorter, o guitarrista Carlos Santana e, mais recentemente, em seu último disco, a contrabaixista e cantora Esperanza Spalding.


HOMENAGEM DESCONHECIDA
"Quando ouvi Salif Keita, dancei", canta Chico César na música "À Primeira Vista", de 1996, um dos maiores hits da carreira do cantor brasileiro. O africano não fazia a menor ideia da homenagem, embora já tenha tocado com Chico e seja admirador de seu trabalho.

O último disco de Salif, "Talé", lançado no final de 2012, foi produzido pelo francês Phillipe Cohen Solal, mais conhecido por seu trabalho à frente do grupo de tango eletrônico Gotan Project.
Quem clicou Salif Keita para Serafina foi o fotógrafo mineiro Gustavo Lacerda, que desenvolve um projeto em que registra imagens de albinos. "Tinha interesse em trabalhar com pessoas que estivessem à margem da sociedade", conta. "Em geral, são pessoas tímidas, que se mostram apreensivas por estarem ali, sendo fotografadas."

Salif não é, por assim dizer, exatamente tímido. Em passagem por São Paulo, no mês passado, quando fez dois shows no Sesc Pompeia, o cantor puxou um coro de "Parabéns" pelo seu próprio aniversário (que não era naquele dia) e ainda agradeceu aos fãs brasileiros em espanhol: "Muchas gracias".
Fora do palco, entretanto, é outra história. Aparentando mais do que os seus 63 anos, Salif fala muito mansamente, sorri pouco e é extremamente educado. Mas está cansado da vida de artista.

"Hoje em dia, venda de discos não dá dinheiro, existe muita pirataria", reclama. "Só consigo lucrar com shows e turnês." Aconselharia a música como carreira para suas filhas?
"De jeito nenhum. Não quero que elas morram de fome", dramatiza o cantor, que tem duas filhas albinas. Uma delas é a atleta paraolímpica Nantenin Keita, 28, medalha de prata e bronze nos Jogos de Pequim (2008) e bronze em Londres (2012) -todas conquistadas na categoria de corrida T13, exclusiva para cegos.

Atualmente, o músico dedica parte de seu tempo e de seu dinheiro à manutenção da Fundação Global Salif Keita. Fundada em 2005 e com sede nos Estados Unidos, a instituição se dedica ao tratamento e inclusão social de pessoas com albinismo.
Dos antepassados, Salif herdou duas coisas, a herança genética que lhe causou o albinismo e a "nobreza", que ele mesmo questiona. "O que é nobreza? Fazer guerra, se comunicar pela violência? Você vira nobre por seus gestos. Quem vai dizer o contrário?", indaga o homem negro de pele branca e sangue azul.
http://www1.folha.uol.com.br/serafina/2013/06/1302415-herdeiro-do-imperio-mali-cantor-albino-salif-keita-luta-contra-o-preconceito.shtml

CAIAQUE DA SUPERAÇÃO


sábado, 29 de junho de 2013

ALBINO GOURMET 102

Mel pra adoçar a vida.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

ALBINISMO VIETNAMITA

A página Vizinhos de Útero é "o único acervo online no Brasil, dedicado aos gêmeos adultos e familiares, criado em março de 2010 com o propósito de reunir todos os tipos de histórias de gêmeos (adotados, sobreviventes, univitelinos, bivitelinos, siameses etc)."
Dia 24, o site trouxe fotos dos gêmeos albinos vietnamitas Chau Xuan Huy e Chau Xuan Hung que nasceram em 2002 e pertencem a uma família pobre de cinco filhos. Ambos enfrentam algumas dificuldades e ainda precisam lidar com o sentimento de inferioridade por serem albinos. Com a permissão da família e da escola dos gêmeos, o fotógrafo Manh Cuong passou um tempo com eles, comendo, brincando, se divertindo e registrou o cotidiano dos irmãos.
Para mais fotos e informações, acesse:

PAPIRO VIRTUAL 60

Em 24 de maio, publiquei amostra do trabalho da escritora Daniela Marchi (leia aqui),
Descobri que ela possui um blog chamado Vida, Alma & Letras, onde você poderá encontrar maais poemas.
http://vidaalmaeletras.blogspot.com.br/
 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

TELONA QUENTE 73

Roberto Rillo Bíscaro


Ficamos em aguda ansiedade nos finais de temporada de nossas séries favoritas. Antigamente, essa sensação era experimentada pelo público de cine, afoito pra saber como seus heróis se livrariam dos apuros nas serials, divididas em capítulos, exibidos antes do longa-metragem.

Até hoje utiliza-se o termo cliffhanger pro gancho final que manterá o telespectador preso à série na temporada seguinte. A palavra vem das serials, cujos finais sempre encontravam os protagonistas em situação de risco de morte, prestes a explodirem com algum meio de transporte ou pendurados em um abismo (daí a expressão cliffhanger). A resolução era sempre desonesta com o espectador: a cena do clímax era repetida e uma tomada que não aparecera no episódio anterior inserida: o sujeito pulara da lancha pouco antes de ela se espatifar contra a falésia ou a mocinha se agarrara a um galho antes de rolar ribanceira abaixo. Depois de um par de cliffhangers, a gente se acostuma à convenção, que não funciona mais para nossa sensibilidade atual.
Existem ainda, porém, admiradores desse formato, como eu. Vi diversas completas, como Flash Gordon, de 1936 e uma divertidíssima com Bela Lugosi, The Phantom Creeps (1939), onde um cientista maluco tenta detonar o planeta com toda sorte de robôs e bugigangas científicas.  
As serials normalmente contavam dúzia de episódios, mas versões condensadas eram editadas e lançadas como longas-metragens. Foi nesse formato que vi a versão colorizada de Zombies of the Stratosphere (1952), na qual marcianos planejam destruir a Terra pra colocar Marte em sua posição orbital e aproveitar o calor do sol. O planeta vermelho – cuja cor associada à da União Soviética tornou-o metáfora sci fi pro perigo comunista da Guerra Fria – esfriava e seus habitantes precisavam dum lugar mais cálido caso não quisessem se extinguir. H G Wells usara a mesma motivação pra invasão marciana da Guerra dos Mundos (leia minha resenha aqui).
Um policial com máscara engraçada e roupa equipada pra voar luta contra os alienígenas. Lanchas, trens, carros, aviões, dirigíveis, submarinos, tudo serve pra propiciar perseguições e cliffhangers, nessa produção indisfarçavelmente barata, por isso, muito charmosa. O aproveitamento de cenas era típico das serials e mesmo no reduzido tempo de Zombies of the Stratosphere, dá pra perceber o truque.
Espremer 12 capítulos em 90 minutos deixa a sensação de que muitas cenas não têm motivação ou fundamento e fica aquele gostinho de que muitas pérolas foram perdidas. Mas, o essencial duma serial está lá e talvez seja bom aperitivo pra não iniciados, assistir a essa mistura de ficção científica, policial e até cenas de western!
O zumbis do título nada tem a ver com comedores de cérebros. Esse conceito só passou a ser possível depois do fundamental A Noite dos Mortos Vivos, de George Romero.
Curiosidade pros fãs de Jornada nas Estrelas: Leonard Ninoy – o orelhudo Dr. Spock – faz um marciano, pintado de verde e tudo!
Não consigo achar o vídeo completo no You Tube, mas foi de lá que baixei. Tenho certeza, porém, de que você consegue em algum rincão internético.

MACAÍBA/RN

Profissionais da SMS desenvolvem projeto com albinos
Severino e Vitor, albinos de gerações diferentes
Severino e Vitor, albinos de gerações diferentes

Profissionais vinculados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) idealizaram um projeto assistencial para trabalhar com a população albina de uma comunidade da zona rural de Macaíba. O projeto surgiu a partir da identificação de uma proporção elevada de albinos em relação à população local da comunidade de Riacho do Sangue, localizada a cerca de dez quilômetros do centro da cidade.
Segundo a agente comunitária de saúde (ACS), Rosilma Silva, os sete albinos residentes na comunidade recebem orientações educativas através dos profissionais de saúde que atuam na unidade de saúde local, além de serem encaminhados para baterias de exames específicos para suas principais necessidades, como: consultas oftalmológicas e dermatológicas. Os atendidos pelas ações do projeto também já receberam protetores de radiação solar na referida unidade.
Rosilma ainda destacou o benefício socioeconômico das ações, visto que o custo do uso permanente de protetores solares é alto, especialmente quando se trata de fatores de proteção de números mais elevados. Salienta-se que os albinos necessitam de filtros solares com níveis máximos de proteção para qualquer hora durante o decorrer do dia.
A palavra albino deriva do termo em latim albus, “branco”; daí deriva o termo albinismo também chamado de acromia, acromasia ou acromatose. O albinismo é distúrbio congênito caracterizado pela ausência completa ou parcial de pigmento na pele, cabelos e olhos, devido à ausência ou disfunção de uma enzima envolvida na produção de melanina.
O albinismo resulta de uma herança de alelos de gene recessivo e é conhecido por afetar todo o reino animal. Essa patologia está associada a um número de distúrbios visuais, como fotofobia, nistagmo e astigmatismo. A falta de pigmentação da pele faz com que o organismo fique mais suscetível a queimaduras solares e câncer de pele. Com efeito, as pessoas com albinismo têm mais necessidade de proteção em relação aos raios solares, exames periódicos da visão e da pele.
Severino Filho, agricultor, 43 anos, relatou que acha muito importante ter a oportunidade de participar de um projeto desse tipo. Severino conta que já recebeu filtro de proteção solar e diversas orientações para a prevenção do câncer de pele. Já o adolescente João Vitor, 15 anos, estudante, avaliou de maneira bastante significativa a existência, inclusive faz parte de um grupo de capoeira por incentivo do projeto, uma vez que este incentiva aos albinos a terem maior participação na vida comunitária.
Já Olívia Nunes, médica atuante na unidade de saúde local, esclareceu que os albinos têm participado assiduamente das atividades. Olívia também ressaltou a importância do projeto para comunidade de Riacho do Sangue. Futuramente, os participantes receberão lentes visuais, outro tipo de material imprescindível para terem uma melhor qualidade de vida.
Texto: Andry Morais
Foto: Dejackson A. Farias
Assecom-PMM
http://www.prefeiturademacaiba.com.br/portal/ver_noticia.php?id=1061


DE SACO CHEIO

  

Cadeirante se revolta e constrói rampa de acesso a órgão público de MT

Deficiente físico é morador da cidade de Juína e se disse cansado do descaso. Prefeito disse que tomará providências e pediu desculpa aos cadeirantes.

Kelly Martins
Indignado com a falta de acessibilidade em Juína , cidade a 737 km de Cuiabá, o deficiente físico Samuel Nobile de Oliveira, de 41 anos, decidiu construir por conta própria uma rampa de acesso ao prédio da secretaria municipal de Saúde. Com um balde cheio de massa de cimento, que levou de casa, algumas madeiras e pedras, o morador foi para a frente do órgão, na tarde de segunda-feira (24), e declarou que não quer mais sofrer constrangimentos. “Não aguento mais passar por isso e estou cansado de esperar pelo poder público. Por isso tomei a iniciativa e não quero mais esperar”, disse.
Samuel mora no município há 31 anos, no Bairro Módulo 4, e ficou paraplégico após ser atingido por um tiro, em 2006. Desde então, se viu preso à cadeira de rodas e ressalta que encontra dificuldades diárias pela falta de acessibilidade juntamente com outros amigos cadeirantes. Ele conta que precisa ir constantemente à secretaria de Saúde por conta de documentos que necessita para fazer tratamento médico em Brasília (DF).
O cadeirante relatou ainda a situação que passa ao ir no posto de saúde do bairro. “Somos atendidos pelos médicos do lado de fora, na rua, porque não têm rampa de acesso. É muita humilhação não sermos tratados como pessoas comuns”, desabafou.
Ao G1 , o prefeito Hermes Bergamim disse que já está tomando providências quanto à falta de acessibilidade e garantiu que providenciará melhorias para os deficientes físicos. Também considerou a atitude do morador importante e pediu desculpas pelos constrangimentos que os cadeirantes da cidade têm sofrido. “Estamos colocando a casa em ordem nesses seis meses de gestão. Peço desculpas a todos os deficientes físicos pelas situações e constrangimentos. Vamos tomar as devidas providências na cidade para que isso não ocorra mais”, afirmou.
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 http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=38296
  

quarta-feira, 26 de junho de 2013

LEGISLAÇÃO INCLUSIVA

Mercado de trabalho: deficiente mais seguro, empregadores desinformados

Não resta dúvida de que o Brasil, hoje, tem o que existe de mais moderno em termos de legislação que protege as pessoas com deficiência física.

Izo Stroh
Primeiro, a Constituição Federal, art. 7º, XXXI, estabeleceu a "proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência", garantindo tratamento igual. Depois, em 1990, o Brasil tornou-se signatário da Convenção 159 da OIT – Organização Internacional do Trabalho, cujo teor vai desde a definição do que é ser portador de deficiência física, até a criação de medidas de reabilitação profissional.
Por fim, em 1991, a Lei nº8.213, estabelecendo cotas mínimas para a contratação de deficientes e, o mais importante, criando um sistema de proteção aos portadores de deficiência contra a despedida injustificada. Esta conquista nos parece que ainda carece de uma maior divulgação, até porque tem um valor social importante, já que não apenas protege cada indivíduo portador de deficiência, como protege também toda essa fatia da sociedade que, até então, esteve abandonada à própria sorte.
O artigo 93, parágrafo primeiro da Lei, impõe uma restrição relevante aos empregadores. Nos contratos de trabalho por prazo indeterminado, que é a forma de contratação mais comum, a dispensa imotivada, ou despedida sem justa causa, somente pode ocorrer após a contratação de outro empregado igualmente deficiente. Ou seja, através de uma medida visando garantir uma fatia expressiva da sociedade, se oferece também garantias individuais.
Infelizmente, seja por ignorância ou por vício de comportamento, são muitas as empresas que deixam de adotar as medidas, como deveriam fazer. O resultado se reflete no judiciário, que vai acumulando ações trabalhistas reclamando um direito cada vez mais reconhecido: a reintegração. Sim. Se a empresa dispensa um deficiente físico, sem antes contratar alguém igualmente portador de necessidades especiais – PNE – está fadada a ser condenada a reintegrar o ex-funcionário, e ainda a pagar todos os salários, desde o dia da dispensa, até o dia da reintegração.
Embora a primeira reação seja o inconformismo, logo a empresa vai perceber que o melhor, é acatar a sentença, já que a segunda alternativa é pagar tudo na forma de indenização. E, neste caso, aplica-se o mesmo princípio da impossibilidade de reintegração por encerramento de atividade: indenização paga em dobro.
Independente de algumas exceções, esta é a regra. Fique atento.
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http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=38283
 
  

terça-feira, 25 de junho de 2013

GRALHA ALBINA

Albino jackdaw at Aberglasney Gardens

TELINHA QUENTE 83


Roberto Rillo Bíscaro

Nunca fui fascinado pelo Titanic; até julgo morbidez tamanha fixação no desastre que, há mais de 100 anos, levou um milhar e meio de vidas pro fundo gelado e escuro do oceano. Achei o filme com o Di Caprio demasiado longo e apenas assisti à versão pra TV que saiu um ano antes do estouro camerônico, porque George C. Scott estava no elenco.
Mesmo assim, vi a multinacional minissérie Titanic: Blood and Steel (2012), porque a) Sir Derek Jacobi está no elenco (mais branco do que eu!), b) necessitava não viciar em ação dramática ultrassônica, como a de DALLAS, Ringer, Revenge, Scandal e afins e c) a série não era sobre o naufrágio, mas a construção do inafundável RMS Titanic.
Os 13 capítulos passam-se prioritariamente em Belfast, onde o maior navio da história – até então – foi construído. Lugar atrasado, estraçalhado por terrível divisão de classes e de religião: sindicatos contra patrões, católicos versus protestantes. Além disso, teimava-se em economizar na construção e em não modernizar os métodos de engenharia, os mesmos de meio século antes. Nesse sentido, o naufrágio titânico assume tons de fim do império britânico, retrógrado e submerso em conflitos.
Imprecisões invalidam “ver a mini pra aprender como o Titanic deu com os cascos n’água”. A White Star, construtora de grandes transatlânticos, desenvolveu uma tríade de gigantes. Além do Titanic, havia o Olympic e o Britannic. Em Titanic: Blood and Steel, um acidente com o segundo, desencadeia investigação e ações que repercutem sobre o amaldiçoado Titanic. Na verdade, os 2 navios foram meio coetâneos nas docas.
A despeito disso, a minissérie instrui com seu retrato duma época de proto-feminismo, de agitação operária, espionagem alemã, imigração italiana pra Irlanda do Norte e dramas pessoais das personagens.
Quando no último capítulo, vemos tantas pessoas ficcionais com as quais aprendemos a nos importar embarcando na armadilha flutuante dá dó e vontade de que houvesse segunda temporada, pós-naufrágio, pra saber quem pereceu e suas repercussões.
Não posso jurar, porque vali-me de outra fonte, mas parece que os 13 capítulos completos estão no You Tube, legendados em português. Eis o primeiro, o resto é com vocês!

domingo, 23 de junho de 2013

LÁGRIMA

Protestos impulsionam indústria do gás lacrimogêneo
 
Em meio à crise econômica e às várias medidas de austeridade adotadas por vários países, especialmente no Ocidente, um setor da indústria está se dando bem: os fabricantes de gás lacrimogêneo.
Desde a Primavera Árabe (iniciada no final de 2010), o mercado de segurança interna no Oriente Médio teve um aumento de 18% em seu valor, chegando próximo aos 6 bilhões de euros (R$ 17,4 bilhões) em 2012.
Usado por forças de segurança do mundo inteiro para dispersar manifestações, as bombas de gás lacrimogêneo também tiveram destaque recente nas imagens da evacuação do Parque Gezi em Istambul no último fim de semana e da repressão aos protestos em diversas cidades brasileiras contra o aumento das tarifas de transporte público e os gastos excessivos na organização da Copa do Mundo 2014.
Egito e Tunísia estão aumentando suas compras de equipamentos para controle de distúrbios no momento em que negociam empréstimos com o FMI para cobrir seus buracos orçamentários.
Na zona do euro, afetada pela crise financeira, as coisas não são muito diferentes. O orçamento de 2012 do governo espanhol de Mariano Rajoy enfrenta cortes em praticamente todas as áreas, mas em equipamentos antidistúrbios o gasto passa de cerca de 173 mil euros a mais de 3 milhões em 2013.
A pesquisadora Anna Feigenbaum, que investiga a história política do gás lacrimogêneo na Universidade de Bournemouth, na Grã-Bretanha, acredita que a austeridade e o aumento dos gastos com segurança interna andam de mãos dadas.
Homem afetado por gás na Turquia | Foto: AFP
Empresa brasileira é principal fornecedora de gás a governo turco
"Com a austeridade houve uma intensificação dos protestos e do uso do gás lacrimogêneo. Nesse sentido, a Grécia está na vanguarda", disse à BBC. Para a indústria do gás, nada como as crises econômico-sociais.
A Turquia é um dos casos com mais cobertura midiática, mas um mapa dos protestos no mundo onde o gás lacrimogêneo foi usado, elaborado por Feigenbaum, mostra a expansão do mercado desde janeiro de 2013.
Como se pode ver no mapa, os protestos contidos com o uso do gás vão desde manifestações contra o estupro de uma mulher na Índia a protestos dos estudantes no Chile e dos professores no México, ou de trabalhadores na França e na Espanha.
Fabricantes
A organização internacional War Resister League (Liga dos Resistentes à Guerra, em tradução livre), que tem uma campanha específica contra o gás lacrimogêneo, identificou a presença de empresas americanas como Combined Systems Inc., Federal Laboratories e NonLethal Technologies da Argentina até a Índia; de Bahrein, Egito e Israel a Alemanha, Holanda, Camarões, Hong Kong, Tailândia e Tunísia.
A brasileira Condor Non-Lethal Technologies, uma das principais provedoras da Turquia, vende seus produtos a 41 países.
Protestos no Brasil durante a Copa das Confederações | Foto: AFP
Durante a Primavera Árabe, empresas americanas exportaram 21 toneladas de munição, o equivalente a cerca de 40 mil unidades de gás lacrimogêneo.
Em termos de manejo de protestos, nada mudou com a democratização egípcia. Esse ano, o ministério Interior encomendou cerca de 140 mil cartuchos de gás lacrimogêneo ao mesmo elenco de exportadoras americanas.
Em fevereiro, o porta-voz do Departamento do Estado americano, Patrick Ventrell, defendeu a concessão de licenças para a exportação a essas empresas, dizendo que o gás lacrimogêneo "salva vidas e protege a propriedade".
A empresa brasileira Condor Non-Lethal Technologies usa argumentos semelhantes.
"As tecnologias não letais são projetadas para incapacitar temporariamente as pessoas sem causar danos irreparáveis ou morte. Seus efeitos são totalmente reversíveis. De acordo com uma recomendação da ONU em 1990, a polícia tem de fazer um uso proporcional da força por meio de armas não letais em consonância com os direitos humanos e o respeito à vida", disse um porta-voz da companhia à BBC.

Manifestante foge de gás em São Paulo | Foto: AFP
A expressão "não letal" aparece no nome e marca de muitas companhias. Mas o uso dessa expressão é contestado por especialistas e grupos defensores de direitos humanos, que também questionam a relação próxima entre a indústria, as forças militares e de segurança e governos, que permitiu que o uso do produto fosse se consolidando como arma repressiva favorita ao longo das últimas décadas.
Normalização
Na Primeira Guerra Mundial, o gás lacrimogêneo era classificado como arma química. Mas a partir daí, entrou um cena a força do lobby industrial-militar-governamental, como explicou Anna Feigenbaum.
"Por pressão dos governos e das corporações, mudou-se o nome de 'arma química' a 'irritante químico' ou 'instrumento de controle de distúrbios'. Isso produziu uma normalização. O gás que começou a ser usado no 'controle de multidões' na década de 30 se generalizou a partir dos anos 60", disse.
Uma pesquisa pedida pelo governo britânico sobre o uso de gás lacrimogêneo no fim dos anos 1960 na Irlanda do Norte contribuiu de forma particularmente significativa para essa normalização.
A investigação concluiu que não havia perigo nem para mulheres grávidas, nem para idosos, uma afirmação duramente criticada pela Anistia Internacional e pela ONG Médicos pelos Direitos Humanos.
Manifestante tenta lavar olhos de outro no Egito, em 2011, contra efeitos do gás | Foto: AFP
Ambas as organizações sustentam que não é preciso ser mais velho ou estar grávida para sentir efeitos "irreversíveis" dessas armas não letais. Entre as mortes mais recentes atribuídas ao uso de gás lacrimogêneo figuram a do adolescente Ali Al-Shiek Bahrain no ano passado e a do palestino Mustafa Tamini no final de 2011.
"Surpreende que, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos aprovam o fornecimento de armas a rebeldes sírios por causa da suposta evidência de ataques químicos ordenados pelo governo de Assad, (os Estados Unidos) tolerem a exportação de gás lacrimogêneo. Nenhum governo deveria aprovar ou pagar pelo uso de armas químicas", disse à BBC Mundo Kimber Heinz, da ONG Liga dos Resistentes à Guerra.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/06/130619_gas_lacrimogeneo_mj_cc.shtml?print=1

sábado, 22 de junho de 2013

ALBINO GOURMET 101

Receitas com o polivalente tomate, fruta dada ao mundo com o descobrimento da América.





sexta-feira, 21 de junho de 2013

PAPIRO VIRTUAL 59

A seção de literatura destaca a escrita passional de Clarissa Teixeira, 19, de Birigui, interior de SP. A autora admite todas as virtudes e desfeitos que uma ariana possui. Considera-se aprendiz de escritora, é amante de um bom romance expresso em palavras, frio, cobertor e um café bem quente.


Eu quero ser sua e me sentir pertencente a você. Me deixa sentir a força dos seus braços ao me envolver e a leveza que você usa ao começar um beijo. Me deixa sentir o calor do seu corpo quando me chamar para dividir uma cama com você. Deixa o seu cheiro em mim, para que no outro dia eu possa me lembrar de como a noite fica perfeita com você. Me deixa deitar pertinho de você, quero ver mesmo se o seu coração acelera quando está perto de mim. Não me deixe dormir a noite inteira. Aperte minha barriga, passe as mãos nas minhas pernas, morda meu pescoço, minha orelha, me chame. Me ame! Quero ser sua menina chata durante o dia e ser sua mulher durante a noite. Quero sentir suas mãos deslizando por cada curva do meu corpo. Ver o seu olhar, de um cara perdidamente apaixonado. Me deixa te amar durante uma noite inteirinha, sem condição alguma, sem prazo para que termine. Só me deixa te amar e te sentir somente meu. Meu menino, meu homem. Vamos passar noites em claro nos amando, nos desejando, fazendo planos (…) Surpreenda-me pela manhã e surpreenda-me mais ainda quando a noite resolver cair. A lua e a estrelas serão as nossas únicas companhias e testemunhas. Vamos discutir sobre coisas bobas, mas me prometa que depois você irá me pegar com toda a segurança do mundo, como se estivesse segurando o bem mais precioso. Vamos nos amar ali mesmo, no meio da sala, no sofá, sem preocupação alguma, sem ressentimentos. Só vamos nos amar. Deixa eu fazer com que você se sinta amado e faça com que eu sinta o mesmo. Vamos nos tornar um só. O eu e você em nós!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

COMÉRCIO INCLUSIVO

Pessoas com deficiência: consumidores que não podem ser esquecidos

terça-feira, 18 de junho de 2013

FIM DA PICADA

Adesivos podem substituir agulhas em vacina do futuro, dizem cientistas
Novo método abre caminho para vacinas de uso fácil para doenças como a malária

Um adesivo que é colocado na pele para aplicar vacinas de forma barata e eficaz foi apresentado durante a conferência TEDGlobal em Edimburgo, na Escócia.
Substituir a agulha por um nanoadesivo pode transformar a prevenção de doenças mundo afora, disse o inventor da tecnologia, o pesquisador Mark Kendall, da University of Queensland, em Brisbane, Austrália.
Segundo ele, o novo método abre caminho para vacinas de uso fácil para doenças como a malária, por exemplo.
Outros especialistas deram boas vindas à novidade, mas disseram que o método pode não ser apropriado para todos os pacientes.
A série de conferências TEDGlobal (a sigla inglesa TED quer dizer "Think, Exchange, Debate" ou "Pense, Troque, Debata") é realizada anualmente em diferentes partes do mundo. Ela é financiada pela fundação privada sem fins lucrativos Sapling Foundation, que promove a circulação de grandes ideias pelo mundo.

Método Antigo

A palestra de Kendall em Edimburgo teve uma simbologia histórica: há 160 anos, na capital escocesa, Alexander Wood pediu a primeira patente para a agulha e a seringa.
"A patente era quase idêntica às agulhas que usamos hoje. É uma tecnologia de 160 anos", disse Kendall.
Aliada à água limpa e saneamento, ela cumpriu um papel fundamental no aumento da longevidade em todo o mundo, acrescentou. Mas para Kendall, talvez tenha chegado a hora de atualizarmos essa tecnologia.
O nanoadesivo é baseado na nanotecnologia - que permite manipular a matéria em escala atômica e molecular, ou seja, em dimensões infinitamente pequenas.
Ele supera algumas das desvantagens mais óbvias de vacinas convencionais, como o medo da agulha e a possibilidade de contaminação provocada pelo uso de agulhas sujas.


Nanoadesivo (Foto Australian Institute for Bioengineering and Nanotechnology)
Milhares de minúsculas saliências no adesivo perfuram a pele e liberam a vacina, que é aplicada, seca, sobre a pele
Mas há outras razões pelas quais o método pode ser transformador, disse o professor.
Milhares de minúsculas saliências no adesivo perfuram a pele e liberam a vacina, que é aplicada, seca, sobre a pele.
"As saliências no adesivo trabalham com o sistema imunológico da pele. Nosso alvo são essas células, situadas a um fio de cabelo de distância da superfície da pele", disse Kendall.
"Talvez estejamos errando na mira e deixando de atingir o ponto imunológico exato, que pode estar na pele e não no músculo, que é onde as agulhas tradicionais vão".
Em testes feitos no laboratório de Kendall na University of Queensland, o adesivo foi usado para administrar a vacina contra gripe.
A equipe australiana disse ter notado que as respostas para vacinas aplicadas por meio do nanoadesivo foram completamente diferentes daquelas aplicadas com o uso da seringa tradicional.
"Isso significa que nós podemos trazer uma ferramenta completamente diferente para a vacinação", disse o pesquisador.
A quantidade de vacina necessária, por exemplo, é muito menor - até um centésimo da dose normal.
O preço de "uma vacina que custa US$ 10 pode ser reduzido para US$ 0,10, o que é muito importante no mundo em desenvolvimento", acrescentou.

Vacinas Sem Efeito

Outro ponto fraco das vacinas tradicionais é que, por serem líquidas, precisam ser mantidas no refrigerador, desde o laboratório até a clínica onde é feita a vacinação.
"Metade das vacinas aplicadas na África não estão funcionando direito por causa de falhas na refrigeração em algum momento".
Quando Kendall disse, durante a conferência, que a vacina nanoadesiva poderia ser mantida a 23ºC durante um ano, a plateia respondeu com aplausos calorosos.
Um representante da Brithish Society for Immunology, a sociedade britânica de imunologia, deu boas vindas à tecnologia, mas fez algumas ressalvas.
"Essa abordagem traz esperanças de vacinação fácil e em grande escala, já que ela tem como alvo um tipo de célula imunológica chamada célula Langerhans, que existe em abundância na pele", disse Diane Williamson".
"Essas células absorvem avidamente a vacina e são capazes de desencadear a resposta imunológica".
"Porém, um dos problemas em potencial na aplicação (da vacina) sobre a pele é o tempo de aplicação e como garantir a administração da quantidade adequada de vacina".
"Além disso, talvez haja problemas de tolerância do adesivo em alguns pacientes. Mas se esses problemas puderem ser superados, o nanoadesivo tem o potencial de substituir a aplicação convencional, baseada em aplicação intramuscular por agulha".
O nanoadesivo começará a ser testado em breve na Papua Nova Guiné, onde suprimentos de vacina são escassos.
Kendall disse que acha difícil imaginar um mundo sem agulhas e seringas tradicionais, mas espera que o novo método possa ser utilizado em grande escala.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/06/130613_vacina_adesiva_mv.shtml?print=1





TELINHA QUENTE 82

Which 'Scandal' Character Are You?

Roberto Rillo Bíscaro

A ABC vive grande momento com suas séries. Exibe a impagavelmente inteligente Modern Family, o irresistível novelão Revenge e o tenso thriller político Scandal, cujas 2 temporadas devorei com ardor.
Nessa época em que até as telenovelas brasileiras se veem obrigadas a incorporar elementos de séries pra segurar público é que constatamos que as séries já absorveram traços noveleiros faz tempo. Scandal não se furta às reviravoltas de trama, às coincidências improváveis, à circularidade na (re)aparição de personagens tão características das soaps. 
A história centra-se em Olivia Pope, ex-coordenadora de campanha do vitorioso presidente Fitzgerald Grant. Depois de abandonar a equipe presidencial subitamente, Pope arregimenta um grupo, os Gladiadores, pra consertar imagens e deslizes de figurões ricos o bastante pra pagarem pelos seus excelentes serviços de preço inflacionado. Nesse sentido, Scandal deveria lançar muitas dúvidas sobre o que vemos nos noticiários. Os Gladiadores inventam tantos perfis e encobrem tanto lixo que ficaria difícil crer em qualquer discurso oficial. Talvez por ser tão febrilmente improvável às vezes é que muitos de seus telespectadores sigam acreditando no que veem/ouvem.
Nos primeiros episódios, diferentes clientes têm seus problemas resolvidos e sua sujeira varrida pra debaixo de felpudos tapetes pelos Gladiadores. Aos poucos, porém, conhecemos segredos, inter-relações e antecedentes de todas as personagens e uma eletrizante história de intriga política se desenha e toma a dianteira. Um terrível segredo de campanha e uma história de amor proibido (hello, soap opera!) jogam as personagens num frenesi conflitivo.
A velocidade da ação/edição é supersônica e o texto gigantesco, então as personagens têm que metralhar diálogos e monólogos. O elenco é brilhante e dá pra perceber como os roteiristas cortam suculentos filés verbais pra eles regurgitarem pro público à medida que atores e personagens mostram seu calibre.
Meus favoritos são Cyrus, chefe da casa civil (ou algo assim) e a Primeira Dama, Mellie Grant (chiquérrima!). Torço por eles incondicionalmente, mas quando Cyrus e Mellie se estranham, minha preferência é dele; por isso mencionei-o primeiro.
Será que um governo Republicano teria um chefe de gabinete abertamente gay? E como James, o marido de Cyrus é idiota, com aquele lenga lenga de “quero um bebê, quero um bebê”! Amei quando Mellie o manipulou!
Scandal não discute o preconceito contra gays ou afrodescendentes. Olivia Pope é negra. É como se todos aceitassem sem problema essas diferenças da heteronormatividade branca. Esse apagamento tem sido elogiado, mas tenho reservas. O fato de a imprensa ter que destacar/louvar a negritude duma protagonista é indício de que não vivemos numa igualdade racial. Quantas vezes você se deparou com a afirmação de que um protagonista era branco ou heterossexual? Se isso não precisa acontecer é porque de certo modo consideramos isso a norma.
Deixo essas questões pra analistas acadêmicos, porém. Não vejo a hora da terceira temporada, em setembro (que também trará Revenge!)
Escandalosamente bom.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

TROMBA ALBINA

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MISS INCLUSIVA


  

Mulher sem antebraço é eleita Miss nos EUA

A Miss Iowa pretende falar no concurso nacional da mais bela americana sobre como superar uma deficiência física.

Nicole Kelly, de 23 anos, nasceu sem o antebraço esquerdo. A deficiência não impediu a americana de perseguir o sonho de vencer um concurso de beleza. E Nicole se tornou recentemente Miss Iowa (EUA) e ganhou o direito de disputar o Miss America em setembro, em Atlantic City (Nova Jersey).
Nicole gosta de jogar beisebol, dançar e mergulhar. A jovem é formada em teatro pela Universidade de Nebraska. Ela já fez estágio na Broadway, em Nova York.
"Não há nada que eu não possa tentar fazer", disse a loura em entrevista à Fox.
A Miss Iowa pretende falar no concurso nacional da mais bela americana sobre como superar uma deficiência física.  
  

domingo, 16 de junho de 2013

SUPERAÇÃO SOBRE RODAS

Em livro, a história de superação das irmãs que andam sobre rodas
 
Em livro, a história de superação das irmãs que andam sobre rodasSuperação. Essa foi a palavra que Safira Monteiro Stefanes usou para definir a história tratada no livro “Viver Sobre Rodas”, de sua autoria, contando sobre a vida das duas enteadas, Sandra Aparecida de Bem Stefanes e Andreia de Bem Stefanes. Pronta há mais de três anos, a obra foi lançada nesta quinta-feira, na Biblioteca Municipal de Criciúma Donatila Borba.
Conforme o pai das personagens, Walter Rogério Stefanes, as irmãs sofrem de uma doença congênita chamada atrofia espinhal progressiva. “É assim, a pessoa nasce andando bem e de repente só consegue ficar sentada ou deitada, e isso vai piorando com o passar do tempo”, explica.
Dificuldades enfrentadas e superadasA convivência e o testemunho das dificuldades enfrentadas e superadas pelas irmãs motivou Safira a contar um pouco a trajetória de vida, desde a infância até os dias atuais. “Acho que a história de vida delas pode servir como exemplo se superação para aquelas pessoas que não tem tantos problemas e os deixam ainda maior”, comenta a autora.
O livro está pronto desde 2010, no entanto, somente este ano a família conseguiu recursos para o lançamento. Sandra, uma das personagens, hoje com 43 anos, é psicóloga, apoiou o livro desde quando Safira lançou a ideia. “A história inclusive começa com a minha formatura da faculdade”, diz orgulhosa. Andreia, 41 anos, é vendedora de cosméticos e afirma que no começo achou estranho. “O fato de me expor assustou um pouco, mas depois concordei com a ideia”.

O pai delas acredita que o livro será uma mensagem de vida para a sociedade. “Acho que pela história é um exemplo para muitas pessoas e pode ajudar os outros a levar uma vida melhor, com mais esperança e dignidade”, enfatiza.
Estudantes da Escola Básica Jarbas Passarinho, do 7º e 9º ano, foram os primeiros a prestigiar o lançamento.
Como obter a obra:
Quem quiser adquirir o livro dele ligar para o (48) 3462-2796 begin_of_the_skype_highlighting (48) 3462-2796 end_of_the_skype_highlighting. O valor é R$ 20.

http://www.atribunanet.com/noticia/em-livro-a-historia-de-superacao-das-irmas-que-andam-sobre-rodas-92863 

sábado, 15 de junho de 2013

ZOOFILIA COM TARTARUGA

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Mais fotos de tartaruginha albina em
http://thepetcollective.tv/rare-albino-turtles/

ONU CONDENA NOVAMENTE

Conselho de Direitos Humanos da ONU condena discriminação contra albinos
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas adotou uma resolução que condena ataques e discriminação de pessoas albinas. O documento foi aprovado quinta-feira (13), em Genebra.
O órgão também pede medidas para garantir a proteção de pessoas com albinismo. A resolução foi uma proposta das nações africanas.
Na alteração genética, ocorre uma falha na produção de melanina, causando ausência parcial ou total da pigmentação da pele, olhos e cabelos.
Os países que fazem parte do Conselho de Direitos Humanos pedem garantias da prestação de contas, através de uma conduta imparcial e da investigação rápida e eficaz dos ataques contra albinos.
O embaixador de Angola junto às Nações Unidas em Genebra, Apolinário Jorge Correia, destacou em entrevista à Rádio ONU a promoção dos direitos dos albinos como objetivo fundamental da resolução.
"Ainda há tendências, em algumas sociedades, onde é visível a discriminação contra os albinos. Estes têm dificuldades de encontrar emprego e de se inserir na sociedade, porque ainda há preconceitos. Esta resolução visa, precisamente, acabar com esses estereótipos. É uma resolução do grupo africano que foi apoiada por outros países fora do continente e passou por consenso."
Segundo a ONU, na Tanzânia, onde os ataques contra albinos são recorrentes, houve 72 homicídios desde 2000. Os casos estão geralmente ligados a bruxaria.
A resolução prevê ainda que seja garantido o acesso das vítimas e das suas famílias a remédios apropriados e à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
 

http://www.africa21digital.com/comportamentos/ver/20032662-conselho-de-direitos-humanos-da-onu-condena-discriminacao-contra-albinos