Albinos Caçados por Curandeiros Africanos para
Rituais Mortais “Medicinais”
(Tradução: Roberto Rillo Bíscaro)
O fenômeno não se limita à Tanzânia. Em toda África, variando de intensidade, pessoas com albinismo são frequentemente caçadas e mortas seguindo instruções de curandeiros – algumas vezes por “vingança” por infortúnios naturais, mas mais frequentemente para uso medicinal.
Albinos têm sido atacados na África Ocidental, Quênia, Burundi e África do Sul. Nesse último país, o uso de albinos é visto como cura para toda sorte de problemas, que vão da impotência a tornar-se “invisível” para a polícia.
Há alguns meses, quando a policia sul-africana atirou em um grupo de mineiros em Marikana, revelou-se que os grevistas estavam convencidos de sua invisibilidade, pois todos haviam sido “tratados” por curandeiros na noite anterior.
O uso de partes do corpo é chamado de “muti” e pessoas de pele clara são percebidas como fortes “muti.” Essa prática sul-africana foi registrada pelos colonizadores europeus no século XVII, quando grupos pequenos de europeus eram atacados e seus órgãos sexuais cortados por agressores negros. Crê-se que se uma parte do corpo for cortada com a vítima ainda viva, a dor torna a poção (“muti”) ainda mais poderosa.
A crença equivocada de que partes de corpos de albinos tenham poderes naturais levou milhares deles a se esconderem, temerosos de perderes suas vidas ou membros para negociantes inescrupulosos, que podem faturar até US$75,000 por um corpo completo desmembrado.
A voga no uso de partes de albinos para amuletos de boa sorte é resultado de um “exercício em marketing por parte dos feiticeiros”, afirmam representantes da Cruz Vermelha e de outras organizações.
O relatório diz que o mercado para partes de corpos albinos existe principalmente na Tanzânia, onde compradores ricos usam as partes como talismãs de riqueza e boa sorte. Por exemplo, 9 pessoas foram presas por deceparem a mão de um garoto albino de 9 anos. Ao serem presos, os homens tentavam vender o membro.
Outro relatório, recentemente publicado pela ONU, afirmou que albinos “são considerados fantasmas e não seres humanos, que podem ser varridos do globo” e que “pessoas com albinismo são alvo de muitos mitos falsos e destrutivos em diversos países, especialmente na África”.
“Essas são manifestações das formas mais cruéis, desumanas e degradantes de tratamento e jamais poderão ser justificadas. De acordo com a lei internacional dos direitos humanos, é obrigação do Estado proteger as pessoas com albinismo contra atos tão bárbaros”, afirmou Juan E. Méndez,
Pessoas com albinismo não são apenas brutalmente mutiladas e torturadas, mas também mortas e enterradas vivas com chefes tribais falecidos para que esses não fiquem sós em suas covas. “Esses atos devem ser parados e os perpetradores devem ser julgados sem adiamento”, disse Christof Heyns.
http://newobserveronline.com/albino-blacks-sought-by-african-witchdoctors-for-ritual-murder-medicine/
Uma manifestação em Dar es Salaam, capital da
Tanzânia, reforçou a atenção para um problema naquele país africano:
assassinatos ritualísticos de albinos coma a finalidade de utilizar partes de
seus corpos com propósitos “medicinais”.
Mais de 200,000 tanzanianos são albinos. Sua pele
rosada e olhos azuis destacam-nos na população. São chamados de “muzungu”,
termo swahili para “branco” ou “zeru zeru”, que significa fantasma. Mas, acima
de tudo, são requisitados por seu cabelo, olhos, órgãos internos e pele pelos
sempre presentes curandeiros e sua “medicina” primitiva.O fenômeno não se limita à Tanzânia. Em toda África, variando de intensidade, pessoas com albinismo são frequentemente caçadas e mortas seguindo instruções de curandeiros – algumas vezes por “vingança” por infortúnios naturais, mas mais frequentemente para uso medicinal.
Albinos têm sido atacados na África Ocidental, Quênia, Burundi e África do Sul. Nesse último país, o uso de albinos é visto como cura para toda sorte de problemas, que vão da impotência a tornar-se “invisível” para a polícia.
Há alguns meses, quando a policia sul-africana atirou em um grupo de mineiros em Marikana, revelou-se que os grevistas estavam convencidos de sua invisibilidade, pois todos haviam sido “tratados” por curandeiros na noite anterior.
O uso de partes do corpo é chamado de “muti” e pessoas de pele clara são percebidas como fortes “muti.” Essa prática sul-africana foi registrada pelos colonizadores europeus no século XVII, quando grupos pequenos de europeus eram atacados e seus órgãos sexuais cortados por agressores negros. Crê-se que se uma parte do corpo for cortada com a vítima ainda viva, a dor torna a poção (“muti”) ainda mais poderosa.
A crença equivocada de que partes de corpos de albinos tenham poderes naturais levou milhares deles a se esconderem, temerosos de perderes suas vidas ou membros para negociantes inescrupulosos, que podem faturar até US$75,000 por um corpo completo desmembrado.
A voga no uso de partes de albinos para amuletos de boa sorte é resultado de um “exercício em marketing por parte dos feiticeiros”, afirmam representantes da Cruz Vermelha e de outras organizações.
O relatório diz que o mercado para partes de corpos albinos existe principalmente na Tanzânia, onde compradores ricos usam as partes como talismãs de riqueza e boa sorte. Por exemplo, 9 pessoas foram presas por deceparem a mão de um garoto albino de 9 anos. Ao serem presos, os homens tentavam vender o membro.
Outro relatório, recentemente publicado pela ONU, afirmou que albinos “são considerados fantasmas e não seres humanos, que podem ser varridos do globo” e que “pessoas com albinismo são alvo de muitos mitos falsos e destrutivos em diversos países, especialmente na África”.
“Essas são manifestações das formas mais cruéis, desumanas e degradantes de tratamento e jamais poderão ser justificadas. De acordo com a lei internacional dos direitos humanos, é obrigação do Estado proteger as pessoas com albinismo contra atos tão bárbaros”, afirmou Juan E. Méndez,
Pessoas com albinismo não são apenas brutalmente mutiladas e torturadas, mas também mortas e enterradas vivas com chefes tribais falecidos para que esses não fiquem sós em suas covas. “Esses atos devem ser parados e os perpetradores devem ser julgados sem adiamento”, disse Christof Heyns.
http://newobserveronline.com/albino-blacks-sought-by-african-witchdoctors-for-ritual-murder-medicine/
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