Roberto Rillo Bíscaro
Há quem não saiba que muito do que ouvíamos em inglês nos sintetizados anos 1980 era produzido na Itália, por nativos cantando em inglês, com sotaque sofrível, às vezes.
Algumas imagens que víamos nos videoclipes bem de araque desse tipo de música eletrônica nem eram dos reais cantantes. Manequins e modelos dublavam quem sabia cantar. Quando era assim o público podia se considerar sortudo. Quantos vocais podres e falta total de talento vieram da Italo Disco! Quando baixei uma coleção de mais de 40 CDs, não aproveitei muita coisa.
Italo disco surgiu na península da bota em fins dos anos 70 e nos 80’s espalhou-se pelo globo. Dominado por sintetizadores e influenciado por disco music, Bowie, Kraftwerk e synth pop, esse subgênero da electronica é razoavelmente discutido no documentário Italo Disco – the Sound of Spaghetti Dance.
Através de fragmentos de depoimentos de produtores e artistas como Gazebo e Dan Harrow (brincadeira fonética com a pronúncia ítala que aproxima o nome ao termo denaro, dinheiro), percebemos certa vontade de inovar e fazer arte – pelo menos em nível discursivo – e muita de ganhar denaro. Essa segunda motivação convenceu-me muito mais.
Importante produto da década das ombreiras e cabelões gelificados, a sonoridade da Italo Disco impregnou nossos ouvidos de FM nos 7 primeiros anos 80istas, até ser superado pelo Italo House (Black Box botando modelo pra dublar as vozes de Martha Wash e Loleatta Haloway). Algumas canções são parte da trilha sonora do decênio, como Tarzan Boy, dum irlandês que gravou com o pseudônimoo Baltimora.
Pecando por ser machista demais – não há uma entrevistada, o que significa a ausência de Spagna! – Italo Disco – the Sound of Spaghetti Dance pode ser visto no You Tube. Italiano com legendas em inglês.
Eu que trabalhei com comerciais de radio ou comercial em audio. usamos muito estas musicas de fundo ou mesmo em chamadas de jornais nas radios .kakaka era o que tocava nas radios ..Miguel Naufel
ResponderExcluir