Apresento-lhes a perturbadora escrita de Jean Canesqui, formado em rádio e TV na USP, com especialização em roteiro audiovisual. Editou o álbum coletivo Front. Editou e escreveu roteiros para a revista Kaos. Por esse trabalho foi indicado para o prêmio de Melhor Roteirista da HQ Mix, concedido pela Associação dos Cartunistas do Brasil. Publicou o conto “O vampiro de Esperma” em Visões de São Paulo - ensaios urbanos, pela editora Tarja Editorial. Teve o conto “Simbiose” selecionado e publicado na coletânea FCdoB - Ficção Científica do Brasil, também pela Tarja Editorial
Mais textos do autor podem ser encontrados em seu blog A Caixa de Areia do Diabo.
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Bárbara
Ela acordou dentro da caixa.
Tudo treva. Tudo estranho. Não apenas por estar encapsulada,
mas o corpo, o seu corpo... era algo alheio.
É chamado de estranhamento quando se sente que o seu corpo
não é o seu, quando o sente mecânico ou desproporcional ao que devia ser.
A pergunta obvia demorou a ocorrer-lhe. Apesar de sua mente
despertar de um torpor e seus pensamentos aos poucos assumirem a velocidade
natural, procrastinou a se questionar daquela situação.
Quem era ela?
Bárbara Lago tinha chegado bem aos quarenta. Ainda era uma
mulher bonita. Loira, magra, branca, olhos verdes claros, aguada, a empregada
parda dizia para as amigas que ela até parecia estrangeira.
Era mulher firme. Fez jornalismo na Cásper Líbero junto com
filosofia na Universidade de São Paulo. Para a pós foi um passo. Logo, havia
terminado o doutorado e foi convidada a dar aulas de Filosofia da Comunicação
na USP pelo diretor do departamento, com o qual tinha tido um caso e volta e
meia ainda saiam uma noitada.
(Nepotismo? Poupe-a. Tudo fruto do esforço dela. Afinal, o
homem tinha um hálito horrível.)
Entrava nas aulas senhora de si, com suas grandes canelas
brancas e seus saltos de 300 pilas afirmando que ela era quem mandava e se
esses maconheirinhos se metessem com ela iam sobrar numa DP no final do
semestre.
Porém, os maconheiros eram o de menos. Ou faltavam
para ficar fumando no Centro Acadêmico com os moleques carentes da favela
vizinha São Remo, ou ficavam na neles, babando na sala de aula.
Em certo ano, o governo do estado adotou a política de
cotas sociais e raciais. Isso significava que a maior universidade do país abriu
as portas para gente desqualificada. Crítica assumida desse projeto que
apelidava de coitadismo social, não deu trégua aos poucos ingressos por essa
via.
Seja demonstrando-se contrariada com a presença desses,
seja corrigindo as provas com outro critério, seja discursando para o tédio dos
alunos:
_A política de cotas fere o republicanismo na medida em que
atenta contra o paradigma do tratamento de igualdade pelo Estado. Sem contar na
questão mais precisa do nível do ranking mundial em que a universidade está, o
qual deve cair...
Uma mão negra se ergueu.
_Sim?
_Com licença, mas não concordo com isso.
Ah, merda! Essa aí também fala. Os poucos cotistas com os
que ela teve contato se mantinham calados, talvez temerosos pela nota diante da
fúria da professora ou porque, na visão de Bárbara, conheciam o seu lugar.
Essa aí, pelo jeito, não conhecia.
_Oh, você não concorda?
_Não.
_E você não concorda exatamente por ser cotista presumo?
_Não sou cotista.
_Sério? Eu pensei que fosse...
_Porque eu sou negra? Não, não sou cotista. Sou de escola
pública e minha casa fica na periferia do outro lado da cidade. Moro na moradia
estudantil. No entanto, não entrei pelas cotas.
_ Parabéns. Você é a prova de que...
_ Se estudar muito qualquer um passa. Não, não sou. Sou
exceção.
_Ora...
_Nós não competimos em condições de igualdade, portanto o
Estado deve nivelar essa diferença.
_ Nivelar pra baixo?
A turma riu.
A negra tinha a resposta na ponta da língua:
_Não. Usar de tratamento desigual para igualar os desiguais
não diminuiu a qualidade do ensino.
_ Muitos de vocês entram aqui mal sabendo ler e escrever.
_ Gostei do “de vocês”( risos).Isso não é verdade. Entram
apenas candidatos aptos pelo vestibular. E, quanto o desempenho, as notas falam
por si só, a média dos cotistas é maior do que a dos não cotistas.
_Bem, isso é uma coisa a ser apurada cientificamente ainda
e...
_ Mas a senhora sabe disso. E eu já disse que não sou
cotista, então, o uso de “vocês” está errado, a não ser que a senhora pretenda
me diferenciar como negra.
Bárbara tossiu.
_ Não! O que, imagine! Nada disso! Bom, se você me
permitir, vamos retomar a matéria.
_ Pode retomar a matéria. Eu permito. Aliás, belos sapatos.
Risadinhas desgostosas para a professora pipocaram pela
sala. Ela as engole e segue em frente.
_ Retornando ao conceito de Agenda Setting ...
Ela se moveu. Pelo tato, percebeu ser seu claustro de
madeira.
Assustou-se. Um caixão! Estaria ela enterrada viva?
Tentou respirar. Arfava, mas não sentia o ar ser aspirado
para dentro.
Estava sufocando?
Não. Não sentia falta de ar.
O que estava acontecendo?
Bárbara sabia abater qualquer aluno folgado. Tinha esse dom
dominador de se estacar sobre seu patamar de poder e esmagar seu alvo sem sair
do lugar. Mas aquela moça...
Era impertinente. E sua aparência vitalizava mais
essa impertinência. Se qualquer outro com um visual menos agressivo e com tal
insolência, ou o inverso, irreverente assim, porém, com um aspecto menos
bizarro se impusesse como ela fez, Bárbara o teria dobrado. No entanto, a
combinação de coisas alienígenas ao seu mundo com a atitude a desmotivou.
Ela era negra, não, não que ser negro fosse um valor
negativo... Na verdade era mesmo, mas Bárbara jamais assumiria qualquer
racismo, além de processos criminais queimaria sua imagem como intelectual,
mas ela era negra, e como se não bastasse ela era lésbica.
Não dessas lésbicas que se pode receber na sala de estar,
femininas e bonitas, de que se pode dizer “Oh! Ela é lésbica, veja
que interessante e que moderno!” mas era machona, sapatão mesmo. Cabelo
curto, raspado. Camiseta larga. Calça militar. Gorda. Era Gorda! E aqueles
desagradáveis piercings! IAC!
Só de olhar para Tatiana sentia-se mau e aquela falta de
timidez da garota só piorava, a desnorteava.
Claro que ferida em seu orgulho planejou vinganças
terríveis, sendo a mais cruel seria nunca aprová-la em sua disciplina e fazê-la
desistir do curso, já que era só Bárbara que dava essa disciplina. Entretanto,
havia algo de preocupante nessa ideia. E se aquela sapatão de merda fosse
resistente? Se ela permanecesse no curso semestre após semestre, perseguindo-a,
tumultuando sua aula com aquela mãozinha cor de chocolate sempre em riste,
questionando sobre ela e elogiando seus sapatos...
_Ah! Droga!
Para quem não sabe, a USP no quesito calçadas, devido ao
plantio de árvores poderosas cujas raízes subversivas não respeitavam o
concreto civilizatório ou ao abandono público mesmo, era um desastre. Comumente
um passante sofria um tropeção ou até mesmo perdia um calçado num topada.
O sapato de Bárbara saltou longe e ela se apoiou no seu
carro para não beijar o chão. Via-se ridiculamente pulando na modalidade do
saci, quando uma voz familiar a capturou:
_Calma, professora! Eu ajudo.
O sapato foi recolhido, joelhos se flexionaram deixando o
corpo de cócoras e a mão de Tatiana tocou o calcanhar de Bárbara gerando um
incômodo e enigmático arrepio elétrico.
_Não precisa se incomodar, eu coloco...
_Não me incomodo.
E, numa mise en scene de cinderela, recolocou o
sapatinho em pé. Que serviu perfeitamente.
_Pronto.
_Er...Obrigada.
_Foi nada.
_Aliás, belo sapato.
A sapatão foi embora deixando a dona do sapato com as
tripas em festa desvairada.
Ela sentiu um vão na estrutura.
Ocorreu-lhe que se é uma caixa, havia uma tampa e ela
poderia forçá-la.
Tentou erguê-la. Pesada.
Não conseguiu.
Retira energia de suas reservas e por fim um vão de luz
embaçada invadiu o escuro.
No entanto, ela não conseguiu ir mais além.
Então, olhou pela fresta e observou um mundo que não pode
decifrar.
Ficou patente a ira de Bárbara contra Tatiana no correr das
aulas.
Respostas atravessadas. Correções desnecessárias.
Contradições das afirmações dadas pela professora que contrariavam as matérias
e deixavam os alunos confusos. E o novo discurso adicional:
_Os anormais hoje querem os mesmos direitos dos
normais, entretanto, avançam dos limites e querem impor a forma desviante
como a única válida.
Novamente a mão negra.
Que foi ignorada.
_ A questão que não se trata mais de proteger do direito
individual de um estilo de vida...
_ Não é um estilo de vida.
_Mas sim de ferir o estilo de vida da maioria.
_A heteronormatividade também fere a todos que ...
_Com licença, “moça”, mas a professora aqui sou eu!
Silêncio na classe. Constrangedor.
No entanto, o que afetou de verdade Bárbara, foi a
ausência de olhar magoado típico de quem toma um coice desses em público,
entretanto o retorno de olhos desafiadores, típicos do rufião que toma um tapa
da mocinha e o recebe como um convite a mais inconveniência.
Tomando uma ação para dissimular o achaque, a professora
retomou sua função.
_Vamos falar, agora, de algo que alguns de vocês devem
gostar: o supervalorizado Multiculturalismo...
Se pela abertura erguida, ela via um mundo inclassificável,
novo espanto surgiu quando percebeu que não estava cansada.
Erguia aquela coisa pesada havia mais de 10 minutos e não
se desgastara.
Ela não era forte assim. Uma magrela que fazia
umas corridinhas.
Não podia...
Deus!
Deixou a tampa cair quando notou algo errado em seu braço.
Não podia ser!
Vieram as provas.
E as notas.
Bárbara saia da sala de aula, quando aquela voz detestável
a reteve.
_ Posso falar com a senhora, professora?
_Não, não pode. Estou com pressa. Tenho que...
_Eu vou falar com você! Você sabe que essa nota não é
justa!
_Estude mais na recuperação, Tatiana, e...
_ Não preciso de recuperação. Quero que você reconsidere a
nota.
_Ora,essa. Eu sou a professora, minha avaliação foi
correta.
_Não. Não foi. Você deu notas maiores a gente que quase
nunca foi na sua disciplina...
_Escute aqui! Essa é a nota. A sua nota foi ruim. E foi
dada porque você é uma aluna ruim.
Mentira. Tatiana não era uma má aluna. Bárbara sabia que
ela era acima da média.
_ A nota foi de acordo com o seu desempenho. Não vou mudar.
Não é assim que eu dou aula.
_Você está de brincadeira.
_Eu nunca brinco, “mocinha”.
_Ah! Já eu sou lúdica. Ainda brinco.
Bárbara desgostou da resposta.
_Vê-se pela sua nota. Ao contrário de você, na aula nunca
brinquei.
_Eu brinquei bastante.
_Na infância? De carrinho, aposto.
_Não, acredite se quiser, de boneca.
_Você?
_Adorava a Barbie.
_Sério!
_Loiras e lindas como você.
E passando a mão carinhosamente no rosto da professora,
Tatiana se virou e sumiu pelo corredor.
De volta ao escuro, ela se recusava a tocar os próprios
braços.
Inquietação persistiu por minutos até que por fim cada mão
tocou o seu braço opositor.
Deus!
O que era aquilo?
O estranhamento retornou, literalmente mais palpável do que
antes.
Onde estava a carne?
Bárbara chegou a seu apartamento. Novamente estava
perturbada por aquela machona. A negra a tocou e igualmente foi desconfortável,
todavia, com um agravante: A região apalpada estava quente. Uma ardência que
não cessava.
Assim que depositou suas coisas no sofá, correu para o
banheiro onde lavou o rosto.
Não encontrou alívio. Lavou mais uma vez.
E se aquela negra passou alguma doença para ela?
Entrou no chuveiro e deixou a água fria cair sobre a cara.
Uns 15 minutos no frio. Nada.
Saiu preocupada se enxugando. Enrolou-se na toalha e foi
para o quarto. Sentou-se na cama e olhou mais uma vez no espelho.
Não viu mancha, marca ou coisa nenhuma. Só sentiu.
Sentiu o calor crescer e se espalhar pela cabeça, pelo
pescoço e logo tomava o tronco.
Alarmou-se. Rapidamente se levantou para procurar uma roupa
e se vestir, mas assim que abriu a gaveta de calcinhas, o alarme deu lugar a
uma dormência fortíssima que a narcotizava em alta velocidade; por fim,
nocauteada, achou melhor deitar de novo e se recuperar antes de tomar uma
providência.
O ardor que a tomara atingira uma nova condição, a sensação
de que era a de uma coberta felpuda que a envolvia, o desconforto dera lugar ao
seu inverso agradável e, nonsense, feliz, ela fechou os olhos e morreu.
Dentro da caixa, Bárbara estava apavorada.
Seus braços não eram mais de carne. Eram de um plástico...
Diante dessa descoberta o horror a fez perder pudor.
Tocou-se. Ela era inteira dessa nova matéria, havia divisões nos ombros,
quadris e cintura, que, instintivamente ela sabia, a permitiam que se
articulasse. Seus seios estavam assustadoramente lisos, não havia
auréolas, bicos, nada só uma elevação do tronco. Seus orifícios!
Investigou sua intimidade. Não possuía mais vagina, nem ânus.
Por fim, seu rosto foi o ultimo lugar a perscrutar, cujos
dedos noticiaram ser uma caricatura do que foi. Seu cabelo era do artificialismo
de perucas ruins.
Que inferno estava acontecendo?
A resposta veio com a abertura da caixa.
Ainda cegada pela claridade, o mundo foi se revelando aos
poucos. Primeiro, veio a vertigem, depois a vontade de vomitar, que acabou
logo, pois, ela percebera que não havia entranhas de onde tirar um
expurgo.
Um pouco estabelecida, viu-se pequena num mundo ciclópico,
na confusão de sensações, viera a memória de um seriado que assistira
na infância, Terra de
Gigantes. Estava no cenário daquele mundo de pessoas colossais, onde
pequeninos fugiam pela vida.
Tratava-se de um cômodo retangular que possuía uma cama, um
criado mudo, uma cadeira, e uma escrivaninha, no alto donde estava.
Seu esquife se revelou um porta-joias, em meio a lápis,
canetas e livros espalhados.
Bárbara estava só.
_Vejam, ela já acordou.
Não. Não estava.
Três bonecas Barbies, todas loiras, avançaram para ela
cheia de cuidados.
A neofita as recebeu em pânico, a qual suas novas colegas
tentaram acalmá-la.
_Calma, é assim mesmo.
_ Relaxe, é melhor.
_ Sabemos pelo que você está passando.
Bárbara chorou, mas não saiam.
_ O que está acontecendo? Quem são vocês?
Elas a tomaram pelo braço e a levaram a uma penteadeira de
brinquedo, também coleção da Barbie, e ela pode se ver pela primeira vez.
Bárbara também era uma Barbie.
Um rosto pintado que se mexia coforme as emoções. Loira num
permanente eterno, num vestido tailleur cinza, ela era mais uma boneca que
representava a mulher moderna vendida nas melhores lojas, em embalagens
plásticas para meninas que sabem o que querem ser quando crescerem.
_ Mas... Mas...
Bárbara queria formular a pergunta, mas as palavras
escapavam de qualquer racionalização. A resposta veio com a porta do quarto se
abrindo.
Uma giganta Tatiana entrou.
Vendo Bárbara junta com suas outras bonecas, sorriu
satisfeita.
_ Ah! Já acordou!
Bárbara emudeceu.
Tatiana acariciou o rosto da sua nova boneca com seu
dedo pantagruélico.
_Não falei que eu era uma exceção a regra?
Ainda muda
_E que eu ainda brincava.
Muda.
_E que adorava Barbies.
As outras bonecas abraçaram a mão negra de Tatiana,
acarinhando e beijando, soltando gritinhos, felizes dela estar em casa.
_ Podem prepará-la.
Suas colegas começaram a despir.
_ O que estão fazendo.
_Preparando você para a iniciação, sua boba.
Todas soltaram risinhos como se isso fosse alguma bobagem
óbvia.
Durante o desnudamento de Bárbara, ela ficou sabendo
por meio de frases soltas que todas tinham uma história semelhante a sua.
Mulheres brancas de classe média que, por outro motivo, ficaram no caminho de
Tatiana e foram convertidas nesses brinquedos vivos.
No entanto, não era só alguma vingança. Havia um componente
desejoso.
_ Ela está pronta.
Toda nua, novas náuseas a atacaram ao ver o seu corpo sem
sexo no espelhinho de brinquedo.
_Por que me despiram?
_Para não sujar sua roupinha.
_ É cada pergunta!
_ Não impliquem com ela. A garota é nova!
Ela se virou, escondendo o sexo que não havia e protegendo
os seis incompletos e viu Tatiana sem calças, com o camisão escondendo
seu quadril.
_Bem,Professora...
A giganta a pega com sua mão imensa. Bárbara se agita,
tenta se libertar, mas em vão.
_Bem vinda a sua nova vida.
Tatiana se sentou na cama da moradia estudantil, abre as
pernas, levantou a camisa e introduziu a cabeça de Bárbara na sua vagina como
se a boneca viva fosse um consolo sexual, daqueles encontrados em sex shops.
Enquanto a titã safista se masturbou com Bárbara, as outras
bonecas olhavam o abuso da nova companheira com olhar fraternal.
Após o gozo da dona das bonecas, Bárbara, totalmente ensopada
por muco vaginal, é postada de volta em cima da
escrivaninha, onde chorou, chorou e chorou, onde foi consolada por
suas colegas.
O choro, na medida em que o material artificial de que era
feita absorvia o líquido sexual de Tatiana, foi morrendo, dando lugar a um
contentamento que se traduziu em risinhos desmiolados de satisfação.
Felizes pela conversão completa da irmãzinha, as outras
bonecas trataram de limpá-la e vesti-la.
Naquela noite, após o gozo ritualístico, Tatiana brincava
com a sua nova boneca, enquanto o resto de sua coleção massageava seus pés,
intercalando com beijos e esfregadinhas de suas pélvis, seguidas de orgasmos.
_Belos sapatos, professora.
A mulherzinha de resina condenada ria, deliciando-se com a
nova vida, apesar de uma pequena e incompreensível dor pulsar lá dentro, não
sabia onde.
A proprietária de seu brinquedo retirou seus
sapatinhos e beijou seus pés de plástico não tóxico, próprio para crianças.
Valeu pela divulgação, Roberto!
ResponderExcluir(Hehehe. Contei no mínimo uns 3 erros de português, preciso melhorar a minha revisão.)