Roberto Rillo Bíscaro
Passei boa parte dos anos 90 colecionando material do Genesis e seus (ex-)membros ou seguindo a carreira em declínio de ídolos oitentistas. Alguma coisa nova, tipo Cramberries e artistas dance passsageiros, até registrei, mas a maior parte passou silente. Brit Pop nem de longe me interessou, porque quando ouvi o todo-poderoso Oasis me pareceu Beatles, que respeito demais da conta, mas nunca amei. Do Oasis, só mesmo Don't Look Back in Anger, puro Liverpool, diga-se sem ser de passagem.
Mas, quando achei o documentário Live Forever - The Rise and Fall of Brit Pop (2003), de graça e completo no You Tube, vi, porque me interessa a história da música pop. Muito bom.
Parte da geração crescida nos 80's não curtia o som sintetizado da década - daí o sucesso alternativo de bandas como Smiths, desconsiderada no documentário -, nem a americanização da Inglaterra, atribuída ao namoro sério entre os Tories e os Republicanos.
Os Stone Roses morrerem na praia do superestrelato não ajudou o rock britânico, que nos anos iniciais dos 90's se viu subjugado pelo ianque grunge, que ensurdeceu o planeta com Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden e afins (também fiquei alheio por opção).
A operária Oasis, a classe-média Blur, o teatral Pulp estouraram depois do suicídio de Cobain e vieram com guitarras estridentes e bandeiras inglesas por todo lado. Britpop foi nacionalismo britânico embalado ao som do norte-americano rock'n'roll.
Live Forever - The Rise and Fall of Britpop não sabe o que fazer com os eletrônicos Massive Attack e Portishead, influentes no cenário muiscal noventista, mas sem guitarras. A impressão que dá é que eles ficam à margem narrativa do documentário, que traz entrevistas com membros de diversas das bandas seminais do movimento.
Aprendemos como o New Labour de Tony Blair capitalizou em cima dum movimento ocorrido basicamente durante o governo de John Majors; como alguns dos meninos fizeram precisamente aquilo que tanto criticavam e como a morte da Princesa Diana influenciou no declínio do Britpop.
Não aprendemos a real razão pro feudo Oasis-Blur. Damon Albarn afirma que há babado forte, mas escolhe ocultar.
Pertinente citar Robbie Williams e as girl e boy bands que surrupiaram o cetro dos Gallagher & Cia, mas deixar de lado as Spice Girls foi erro. As meninas usaram bastante da iconografia nacionalista incentivada pelo Britpop.
Live Forever - The Rise and Fall of Britpop traz 90 minutos de entrevistas e trechos de clipes muito elucidativos sobre esse importante momento da música pop-rock britânica. Não me deu vontade de sair baixando álbuns do Oasis, mas quiçá num momento de falta do que fazer, eu experimente o Pulp.
Passei boa parte dos anos 90 colecionando material do Genesis e seus (ex-)membros ou seguindo a carreira em declínio de ídolos oitentistas. Alguma coisa nova, tipo Cramberries e artistas dance passsageiros, até registrei, mas a maior parte passou silente. Brit Pop nem de longe me interessou, porque quando ouvi o todo-poderoso Oasis me pareceu Beatles, que respeito demais da conta, mas nunca amei. Do Oasis, só mesmo Don't Look Back in Anger, puro Liverpool, diga-se sem ser de passagem.
Mas, quando achei o documentário Live Forever - The Rise and Fall of Brit Pop (2003), de graça e completo no You Tube, vi, porque me interessa a história da música pop. Muito bom.
Parte da geração crescida nos 80's não curtia o som sintetizado da década - daí o sucesso alternativo de bandas como Smiths, desconsiderada no documentário -, nem a americanização da Inglaterra, atribuída ao namoro sério entre os Tories e os Republicanos.
Os Stone Roses morrerem na praia do superestrelato não ajudou o rock britânico, que nos anos iniciais dos 90's se viu subjugado pelo ianque grunge, que ensurdeceu o planeta com Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden e afins (também fiquei alheio por opção).
A operária Oasis, a classe-média Blur, o teatral Pulp estouraram depois do suicídio de Cobain e vieram com guitarras estridentes e bandeiras inglesas por todo lado. Britpop foi nacionalismo britânico embalado ao som do norte-americano rock'n'roll.
Live Forever - The Rise and Fall of Britpop não sabe o que fazer com os eletrônicos Massive Attack e Portishead, influentes no cenário muiscal noventista, mas sem guitarras. A impressão que dá é que eles ficam à margem narrativa do documentário, que traz entrevistas com membros de diversas das bandas seminais do movimento.
Aprendemos como o New Labour de Tony Blair capitalizou em cima dum movimento ocorrido basicamente durante o governo de John Majors; como alguns dos meninos fizeram precisamente aquilo que tanto criticavam e como a morte da Princesa Diana influenciou no declínio do Britpop.
Não aprendemos a real razão pro feudo Oasis-Blur. Damon Albarn afirma que há babado forte, mas escolhe ocultar.
Pertinente citar Robbie Williams e as girl e boy bands que surrupiaram o cetro dos Gallagher & Cia, mas deixar de lado as Spice Girls foi erro. As meninas usaram bastante da iconografia nacionalista incentivada pelo Britpop.
Live Forever - The Rise and Fall of Britpop traz 90 minutos de entrevistas e trechos de clipes muito elucidativos sobre esse importante momento da música pop-rock britânica. Não me deu vontade de sair baixando álbuns do Oasis, mas quiçá num momento de falta do que fazer, eu experimente o Pulp.
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