Com orgulho,
trago amostra da lavra poética de um ex-aluno meu na faculdade, Gustavo Ferreira
Rossi.
Natural de Penápolis (SP), nasceu em 1971, e cursou primário, ginásio e colegial nessa cidade. Formado em direito pela USP, em 1994.
Fez três anos de Letras na Funepe, Fundação Educacional de Penápolis.
Possui alguns prêmios de literatura, como o da Taba Cultural Editora, concedido em 2006.
Exerce a advocacia em Mogi das Cruzes.
Escrever tem sido o seu hobby.
Tomara que vocês gostem dos textos.
Hoje acordei mais triste
Mas
vou de ônibus,
Toda
poesia está aqui:
Que
me importa trombe o trânsito?
Porque
não há motorista
Que
decole este ônibus
E
não há solução,
E
nenhum beco,
Meu
coração é atropelado na Paulista
Natural de Penápolis (SP), nasceu em 1971, e cursou primário, ginásio e colegial nessa cidade. Formado em direito pela USP, em 1994.
Fez três anos de Letras na Funepe, Fundação Educacional de Penápolis.
Possui alguns prêmios de literatura, como o da Taba Cultural Editora, concedido em 2006.
Exerce a advocacia em Mogi das Cruzes.
Escrever tem sido o seu hobby.
Tomara que vocês gostem dos textos.
Avenida Paulista
Hoje acordei mais triste
Porque
não sou Manoel Bandeira
Não
tomei nenhum bonde,
Nem
tenho a última canção do beco
Sambando
como caravela:
Poeta
de primeira viagem,
Ainda
tento descobrir
Quais
são as coisas mais que belas
Com
as prostitutas bebendo whisky americano,
Com
os índios inspirando os travestis
Que
me importa a dura estética?
Quero
morrer atropelado,
Quero
morrer como poeta
Nesta
vida artística
De
quem é poesia
Porque
não há poesia
Quando
se tem motorista
Freando
em demasia
Por
sobre as avenidas,
Por
sobre as ruas sujas da capital paulista:
Empunhando
volantes como fuzis,
Temos
a fúria dos bandeirantes
Matando
os tupi-guaranis
Não
existem saídas:
Por
mais cresça a cidade,
Há
pouco espaço para os suicidas
Por
mais iluminado seja,
Pode
espantar nosso medo,
Ou
crescer à sombra de uma igreja
São
Paulo
Sem
santos
Milhares
de pauladas
E
nem sequer chora, nem sangra,
Nem
anota a placa do motorista
Maria Rosa
Maria Rosa nasceu onde as rosas não nascem
Dentro do meu coração pediu a Deus para que os dias passassem
Maria Rosa morava onde as rosas não moram
Onde as moças nunca vão, Maria Rosa tinha estado
Amava lentamente cada homem, cada trocado
Entreguei-me a ela inteiramente,
meu coração batia apressado
Meu amor era tanto que esqueci dos espinhos
As rosas somente não falam para os homens sozinhos
Uma rosa existe para cada mão
Maria Rosa para todos
Se um dia ela me amou,
como rosa não foi, uma rosa para cada mão
Mas como mãe, irmã, prostituta,
dividiu seu coração entre o amor e a disputa
Amou-me santamente, mais não do que sim
Se foi rosa para os outros,
foi Maria para mim
Meu maior pecado foi querer Maria Rosa,
mais rosa que roseira,
mais santa que Maria
Maria a ninguém pertencia,
mulher que ninguém engana,
rosa que não se acaricia,
mas dentro de apenas um,
como rosa só,
somente Maria,
Ela a todos pertencia,
mas como se fosse apenas um
a quem muito amaria
Maria Rosa morreu onde as rosas não morrem
Dentro do meu coração pedi a Deus que o amor acabasse
Acabou em minhas mãos,
rosa sem qualquer espinho,
Maria sem nenhum perdão
Maria Rosa, se amei-te até o fim,
quando perdi teu coração,
Foste Maria para os outros,
foste rosa para mim
Gustavo Ferreira Rossi
Dentro do meu coração pediu a Deus para que os dias passassem
Maria Rosa morava onde as rosas não moram
Onde as moças nunca vão, Maria Rosa tinha estado
Amava lentamente cada homem, cada trocado
Entreguei-me a ela inteiramente,
meu coração batia apressado
Meu amor era tanto que esqueci dos espinhos
As rosas somente não falam para os homens sozinhos
Uma rosa existe para cada mão
Maria Rosa para todos
Se um dia ela me amou,
como rosa não foi, uma rosa para cada mão
Mas como mãe, irmã, prostituta,
dividiu seu coração entre o amor e a disputa
Amou-me santamente, mais não do que sim
Se foi rosa para os outros,
foi Maria para mim
Meu maior pecado foi querer Maria Rosa,
mais rosa que roseira,
mais santa que Maria
Maria a ninguém pertencia,
mulher que ninguém engana,
rosa que não se acaricia,
mas dentro de apenas um,
como rosa só,
somente Maria,
Ela a todos pertencia,
mas como se fosse apenas um
a quem muito amaria
Maria Rosa morreu onde as rosas não morrem
Dentro do meu coração pedi a Deus que o amor acabasse
Acabou em minhas mãos,
rosa sem qualquer espinho,
Maria sem nenhum perdão
Maria Rosa, se amei-te até o fim,
quando perdi teu coração,
Foste Maria para os outros,
foste rosa para mim
Gustavo Ferreira Rossi
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