Dicas para
falar com um deficiente auditivo
Lak Lobato
Antes de qualquer coisa, é importante
saber que existe mais de um tipo de deficiente auditivo. Não somos todos iguais
(in)felizmente.
Existem os “verdadeiros” deficientes auditivos que, tal como diz o nome, tem algum tipo de perda auditiva de leve a moderada, que geralmente se resolve com aparelhos auditivos. Com eles, basta você falar um pouco mais alto, mas pelamordosdeuses, não fale como se você estivesse falando num megafone, porque o aparelho já ajuda muito. E, mais importante, espere ele dizer pra aumentar a voz, senão perigam os tímpanos dele estourarem junto com as suas cordas vocais!
Além deles, existem os surdos sinalizados, mais conhecidos como surdos-mudos, muito embora a maioria tenha voz, apenas não costuma usá-la ou porque não aprendeu o necessário ou porque tem vergonha/não gosta, eles falam uma língua própria, chamada Língua Brasileira de Sinais ou simplesmente Libras. Uma boa parcela nasceu surda ou perdeu a audição antes da formação plena da fala. São também chamados de surdos pré-linguais.
Há também, um grupo grande, mas menos conhecido e facilmente confundido com deficiente auditivo. São os surdos oralizados, que se comunicam através da fala oral, lêem os lábios, mas o aparelho comum não costuma resolver o problema de audição deles. Podem ser surdos adquiridos após a aquisição plena da fala (chamada surdez pós-lingual) ou surdos de nascimento que aprenderam a falar com fonoterapia. Quando esses também falam a língua de sinais, são chamados de surdos bilíngües.
A língua de sinais não é igual ao português, tem morfologia e sintaxe próprias, é um idioma independente. Não pense que basta aprender os sinais pra falar Libras. Como qualquer outra língua, é preciso estudar a gramática e estruturação da frase pra dominar esta língua.
Agora que já se sabe quais são as cores e sabores dos deficientes auditivos, voilà as dicas.
Existem os “verdadeiros” deficientes auditivos que, tal como diz o nome, tem algum tipo de perda auditiva de leve a moderada, que geralmente se resolve com aparelhos auditivos. Com eles, basta você falar um pouco mais alto, mas pelamordosdeuses, não fale como se você estivesse falando num megafone, porque o aparelho já ajuda muito. E, mais importante, espere ele dizer pra aumentar a voz, senão perigam os tímpanos dele estourarem junto com as suas cordas vocais!
Além deles, existem os surdos sinalizados, mais conhecidos como surdos-mudos, muito embora a maioria tenha voz, apenas não costuma usá-la ou porque não aprendeu o necessário ou porque tem vergonha/não gosta, eles falam uma língua própria, chamada Língua Brasileira de Sinais ou simplesmente Libras. Uma boa parcela nasceu surda ou perdeu a audição antes da formação plena da fala. São também chamados de surdos pré-linguais.
Há também, um grupo grande, mas menos conhecido e facilmente confundido com deficiente auditivo. São os surdos oralizados, que se comunicam através da fala oral, lêem os lábios, mas o aparelho comum não costuma resolver o problema de audição deles. Podem ser surdos adquiridos após a aquisição plena da fala (chamada surdez pós-lingual) ou surdos de nascimento que aprenderam a falar com fonoterapia. Quando esses também falam a língua de sinais, são chamados de surdos bilíngües.
A língua de sinais não é igual ao português, tem morfologia e sintaxe próprias, é um idioma independente. Não pense que basta aprender os sinais pra falar Libras. Como qualquer outra língua, é preciso estudar a gramática e estruturação da frase pra dominar esta língua.
Agora que já se sabe quais são as cores e sabores dos deficientes auditivos, voilà as dicas.
1. Fale devagar, sempre. Mas com
naturalidade. Não adianta falar separando as sílabas ou articulando demais.
Além de você acabar fazendo careta o tempo todo – que certamente o surdo terá
que se segurar pra não rir – além de provocar dores no maxilar, periga você
acabar se perdendo na linha de pensamento. Devagar, sim. Em 33 rotações, só se
seu objetivo for matar o interlocutor de tédio.
2. Fale de frente pra ele. Se passar
uma linda deusa na sua frente e você precisar virar o rosto, faça uma pausa.
Cada virada de rosto é uma sílaba ou palavra perdida que poderiam alterar
completamente o sentido da conversa. Jogos de adivinhação são supimpa, mas
podem causar um grande mal entendido desnecessário.
3. O volume da voz deve ser de acordo
com a perda de audição da pessoa. Claro que você não precisa ser adivinho.
Comece falando com o tom de voz habitual. Se necessário, a pessoa te avisa que
precisa que você fale um pouquinho mais alto, mais baixo ou mantenha do jeito
que está. Além do mais, se a pessoa tem surdez quase total, não adianta gritar.
Se você gritar ou falar sem voz dá na mesma. Ela apenas lê seus lábios.
4. Surdo sinalizado geralmente lê os
lábios pelo menos um pouquinho. Se você perceber ou souber que o surdo é
usuário exclusivo da Libras e realmente precisar falar com ele, fale de maneira
simplificada. Ele provavelmente irá te entender e responder como puder (falando
oralmente, por sinais ou até escrevendo). Ficar com medo de falar com ele, faz
com que ele ache que você tem medo DELE. Surdos não mordem (a não ser que você
peça).
5. Surdos oralizados falam oralmente,
tal como diz o nome. Achar que todo surdo fala libras também é uma gafe feia.
Chegar achando que está abafando porque aprendeu alguns sinais pode ser
indecoroso. Muitos não apenas não falam a língua de sinais, como não tem
interesse de aprender. Com eles, você pode falar normalmente. Se não entender,
ele avisa, claro. A voz dele pode soar estranha pra quem não está acostumado
com ela, mas ele sabe disso, fique tranqüilo. Apenas tenha um pouquinho de boa
vontade e fique a vontade pra pedir pra ele repetir, caso você não entenda
alguma coisa…
6. Não tenha medo de cometer gafes com
figuras de linguagem. “Você está me ouvindo” “Nossa, você já tinha ouvido falar
nisso?” “Ei, ouve essa..” não fazem um surdo te odiar.
7. Às vezes, as pessoas acham que
surdos/deficientes auditivos são, na verdade, pessoas antipáticas. Porque falam
com elas e elas não respondem, já que a deficiência não é visível. Se, por
ventura, você se deparar com uma pessoa que não responde quando você fala com
ela estando virado, existe alguma chance dela não ter boa audição. Na dúvida,
pergunte.
8. Para chamar um surdo, você precisa
de algum sinal visual ou tátil. Você pode abanar as mãos, acender e apagar uma
luz ou até tocar o ombro dele de leve. Mas, jamais dê um cutucão com força ou
um tapa agressivo.
9. Surdo não casa apenas entre si. Se
você tem curiosidade de saber se o(a) namorado(a)/cônjuge dele(a) é surdo
também, pergunte. Chegar falando com a outra pessoa como se ela também fosse
surda, é uma gafe perigosa.
10. Uma das piores gafes que os
ouvintes infelizmente cometem, é achar que a deficiência auditiva afeta o
intelecto (alias, qualquer deficiência, convenhamos). A menos que o surdo não
tenha recebido educação adequada – o que acontece sim, mas é uma infelicidade
não tão comum – ele tem a inteligência de uma pessoa normal. Não se preocupe em
achar que ele não é bem informado ou que não vai entender alguma coisa. Como
qualquer pessoa, ele pode ou não estar informado sobre determinado assunto
(como música, por exemplo), pode ou não entender determinada coisa, mas isso,
ele te fala.
Outras dicas de amigos surdos oralizados, fornecidas via Orkut:
Outras dicas de amigos surdos oralizados, fornecidas via Orkut:
11. Não fale mastigando. Além de não
ser educado, a mastigação é um ruído terrível na leitura labial (ruído no
sentido semiótico de atrapalhar a comunicação) tornando os lábios ilegíveis.
Não adianta insistir. Termine de mastigar e, só aí, conclua a conversa.
12. A iluminação é um dos principais
fatores do qual depende a leitura labial. Se a iluminação ambiente não for
adqueada, vale qualquer improvisação: isqueiro, lanterna e até a luz do
celular.
13. Espelho é um grande aliado nessas horas. Se você estiver no banco da
frente de um carro, por exemplo, e quiser falar com um surdo oralizado ou
deficiente auditivo no banco de trás, posicione o espelho retrovisor de modo
que ele visualize sua boca.http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=39139
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