Filmes em línguas pouco difundidas restringem-se a públicos específicos. Resistência a ler legendas e distribuição modesta são 2 fatores interferentes na circulação.
Caso do thriller
belga Loft (2008), falado em flamengo, que abrange umas 10 milhões de pessoas,
se tanto. Sucesso no pequeno país europeu, o suspense passou batido a não ser
pra superfãs do gênero, cinéfilos globalizados ou quem curte fugir do que “tomo
mundo vê”.
5 amigos possuem chaves dum apartamento num moderno e
chique prédio. Usam-no pras suas (muitas) atividades extraconjugais. Um dia, um
dos homens descobre o cadáver duma mulher semi-algemada na cama e o martírio
deles começa, pra nossa diversão.
Contada em flashbacks
e ziguezagueando temporalmente a trama se intensifica com as revelações dos
segredos e a intervenção das esposas e personagens secundárias. Sombrio,
elegantemente filmado e montado, Loft garante a tensão necessária aos thrillers, embora há que reconhecer que
boa parcela do nervosismo seja induzida pela música incidental.
Não deveria passar despercebido que Loft é um sermão
disfarçado, de quase 2 horas, sobre como é importante respeitar o sexto e o
nono mandamentos. Mas, a lição puritana entretém e merece ser conferida.
Hollywood lançará
refilmagem, então, se você quiser se gabar de ter visto o original, aproveite.
Existe versão legendada em inglês no You Tube, mas advirto: é péssima. Compensa
procurar o filme na rede e buscar legenda (parece que existe em português).
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