Historinhas para ler e ouvir: Coleção Braillinho Tagarela
Priscila Saraiva
A Fundação Dorina Nowill para Cegos apresenta
oficialmente na Reatech 2014 o projeto “Braillinho Tagarela”.
Direcionado às crianças com deficiência visual – cegas ou com baixa
visão – a iniciativa é inédita e contou com a participação dos
frequentadores mirins da instituição. Na feira, o espaço da Fundação
Dorina está na Rua 300, estande 305.
A coleção “Braillinho Tagarela” é composta por 10
novos títulos infantis impressos em tinta e braille e acompanhados por
Pentop, canetas sensoras e interativas que funcionam por aproximação. O
leitor passa a Pentop sobre uma etiqueta inserida nas páginas e é
iniciada a audiodescrição, ou seja, reproduzem em som estéreo a
descrição de todas as imagens e textos contidos nos livros.
Estima-se que o projeto beneficie cerca de 50 mil
crianças com ou sem deficiência visual em todas as regiões do Brasil.
Para isso, foram produzidos 20 mil exemplares que estão disponibilizados
em duas mil escolas públicas e bibliotecas da cidade de São Paulo; e 10
mil exemplares destinados a mil instituições no restante do país.
Livros inclusivos
Para a concretização do Braillinho Tagarela foi dada atenção especial às ilustrações que ganharam relevo braille, desenhos e textos impressos em tinta, com fonte ampliada no tamanho 24 negrito e também em braille. Estas características são típicas de livros inclusivos, pois sendo este um material acessível, permite a redução do preconceito contra as pessoas com deficiência visual e a integração de professores e alunos e entre as crianças que enxergam e as que não enxergam.
Para a concretização do Braillinho Tagarela foi dada atenção especial às ilustrações que ganharam relevo braille, desenhos e textos impressos em tinta, com fonte ampliada no tamanho 24 negrito e também em braille. Estas características são típicas de livros inclusivos, pois sendo este um material acessível, permite a redução do preconceito contra as pessoas com deficiência visual e a integração de professores e alunos e entre as crianças que enxergam e as que não enxergam.
“O Braillinho Tagarela adotou o conceito de inclusão
total, ou seja, é uma coleção composta por livros inclusivos que
permitem a leitura comum entre crianças cegas, com baixa visão e que
enxergam. A Fundação Dorina é a primeira no Brasil a produzir livros
inclusivos desta maneira”, explicou o superintendente da Fundação Dorina
Nowill para Cegos, Adermir Ramos da Silva Filho. “O resultado de um
trabalho realizado junto ao principal público alvo foi além do esperado
por permitir essa integração e maior interação entre alunos, pais e
professores”.
Participação mirim
A colaboração das crianças que frequentam a Fundação Dorina foi essencial. Foram elas as responsáveis pela escolha de histórias e títulos publicados e também foram relevantes ao validar a audiodescrição e o material final. Após pesquisas de interesses aplicadas aos pequenos, e aos seus familiares, foram identificados quais os temas teriam destaque.
A colaboração das crianças que frequentam a Fundação Dorina foi essencial. Foram elas as responsáveis pela escolha de histórias e títulos publicados e também foram relevantes ao validar a audiodescrição e o material final. Após pesquisas de interesses aplicadas aos pequenos, e aos seus familiares, foram identificados quais os temas teriam destaque.
Representantes de escolas e bibliotecas beneficiadas
pelos projetos de incentivo à leitura também foram consultados. Nesta
ação foram apontados como os gêneros e temas preferenciais os contos de
fadas, a aventura, a comédia, a poesia, a arte, ficção, suspense,
folclore, lendas, esportes, separação dos pais, meio ambiente,
trava-língua, reciclagem e sustentabilidade.
Produção do Braillinho Tagarela
Toda a coleção foi desenvolvida na Fundação Dorina, considerada uma das maiores imprensas braille do mundo. Na instituição também foram feitas as audiodescrições. Enquanto uma equipe de editores e ilustradores trabalhava na parte gráfica dos livros, os profissionais de Produtos Radiofônicos transformavam todo o conteúdo ilustrado em áudio. Eles produziram os roteiros de audiodescrição das ilustrações e todo o processo editorial de som para as imagens dos livros. As ilustrações foram narradas por ledores profissionais, com todo um processo que proporciona clareza e o equilíbrio da voz durante as narrações. Após isso, os conteúdos são transportados à caneta Pentop.
Toda a coleção foi desenvolvida na Fundação Dorina, considerada uma das maiores imprensas braille do mundo. Na instituição também foram feitas as audiodescrições. Enquanto uma equipe de editores e ilustradores trabalhava na parte gráfica dos livros, os profissionais de Produtos Radiofônicos transformavam todo o conteúdo ilustrado em áudio. Eles produziram os roteiros de audiodescrição das ilustrações e todo o processo editorial de som para as imagens dos livros. As ilustrações foram narradas por ledores profissionais, com todo um processo que proporciona clareza e o equilíbrio da voz durante as narrações. Após isso, os conteúdos são transportados à caneta Pentop.
Cada página dos livros tem uma etiqueta com a
audiodescrição acionada quando a caneta sensora é encostada. Um outro
detalhe também conta nesta produção: todos os livros em foram produzidos
com papel de reflorestamento. A coleção é formada por um kit com 10
títulos infantis, impressos em tinta-braille e letra ampliada e caneta
Pentop, além de Dicas de Uso e Manual de Utilização.
Produto final do Braillinho Tagarela
Para se chegar ao material final da coleção Braillinho Tagarela foram levados em consideração os seguintes critérios e métodos:
Para se chegar ao material final da coleção Braillinho Tagarela foram levados em consideração os seguintes critérios e métodos:
• Seleção de temas educativos e de interesse das crianças;
• Consulta a educadores e outros profissionais para a seleção de temas;
• Uso de formato Tinta-Braille para atender às crianças cegas e às que enxergam;
• Uso de ilustração em Braille para uma maior riqueza e precisão na adaptação e compreensão do leitor com deficiência visual;
• Uso de fontes ampliadas para atender plenamente a todos os graus de visão subnormal;
• Desenvolvimento de ilustrações adequadas ao tema e à acessibilidade;
• Validação do roteiro da audiodescrição por crianças com e sem deficiência visual garantindo a efetividade da informação e inclusão.
• Consulta a educadores e outros profissionais para a seleção de temas;
• Uso de formato Tinta-Braille para atender às crianças cegas e às que enxergam;
• Uso de ilustração em Braille para uma maior riqueza e precisão na adaptação e compreensão do leitor com deficiência visual;
• Uso de fontes ampliadas para atender plenamente a todos os graus de visão subnormal;
• Desenvolvimento de ilustrações adequadas ao tema e à acessibilidade;
• Validação do roteiro da audiodescrição por crianças com e sem deficiência visual garantindo a efetividade da informação e inclusão.
Títulos publicados
• O Clube da Troca (autora Ana Cristina Melo / ilustrações Mônica Fuchshuber)
• Cavalinho de balanço (autora Jacira Fagundes/ ilustrações Monika Papescu)
• Lesma no metrô (autor Roberto de Carvalho/ ilustrações Taynã de Freitas)
• Hora de reciclar ideias (autora Sandra Pina/ ilustrações Begê)
• Vivinha ( autora Simone Bibian/ ilustrações Danilo Marques)
• As guardiãs da natureza (autora Simone Pedersen/ ilustrações Sandra Ronca)
• O mistério do porquinho (autora Simone Pedersen/ ilustrações Roney Bunn)
• Sofia soltou púm... de novo (autora Simone Pedersen/ ilustrações Osnei Roko)
• Nas asas da poesia (autora Simone Pedersen/ ilustrações Fabio Sgroi)
• Trava miolo (autora Simone Pedersen/ ilustrações Danilo Marques)
• O Clube da Troca (autora Ana Cristina Melo / ilustrações Mônica Fuchshuber)
• Cavalinho de balanço (autora Jacira Fagundes/ ilustrações Monika Papescu)
• Lesma no metrô (autor Roberto de Carvalho/ ilustrações Taynã de Freitas)
• Hora de reciclar ideias (autora Sandra Pina/ ilustrações Begê)
• Vivinha ( autora Simone Bibian/ ilustrações Danilo Marques)
• As guardiãs da natureza (autora Simone Pedersen/ ilustrações Sandra Ronca)
• O mistério do porquinho (autora Simone Pedersen/ ilustrações Roney Bunn)
• Sofia soltou púm... de novo (autora Simone Pedersen/ ilustrações Osnei Roko)
• Nas asas da poesia (autora Simone Pedersen/ ilustrações Fabio Sgroi)
• Trava miolo (autora Simone Pedersen/ ilustrações Danilo Marques)
Viabilização do Braillinho Tagarela
Para que o projeto Braillinho Tagarela se tornasse uma realidade, foram utilizados recursos do FUMCAD - Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente da Prefeitura de São Paulo. Assim, duas mil escolas públicas e bibliotecas da cidade de São Paulo foram beneficiadas.
Para que o projeto Braillinho Tagarela se tornasse uma realidade, foram utilizados recursos do FUMCAD - Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente da Prefeitura de São Paulo. Assim, duas mil escolas públicas e bibliotecas da cidade de São Paulo foram beneficiadas.
Em âmbito nacional, outras mil instituições também
receberam kits do Braillinho Tagarela, por meio do PRONAC - Programa
Nacional de Apoio à Cultura. Entre as empresas que patrocinam via PRONAC
estão IBM, Cielo, Banco Safra, CBMM, Eternit, SAMA, Mineração Curimbaba
e Mineração Jundu. A realização é em parceria com o Ministério da
Cultura e o Governo Federal.
Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos
A Fundação Dorina Nowill para Cegos atua há 68 anos facilitando a inclusão de crianças, jovens e adultos cegos e com baixa visão, por meio de serviços gratuitos e especializados de reabilitação, educação especial, clínica de visão subnormal e programas de empregabilidade. A instituição é referência na produção de livros e revistas acessíveis nos formatos braille, falado e Daisy, distribuídos gratuitamente para pessoas com deficiência visual e para mais de 5 mil escolas, bibliotecas e organizações em todo o Brasil. www.fundacaodorina.org.br
A Fundação Dorina Nowill para Cegos atua há 68 anos facilitando a inclusão de crianças, jovens e adultos cegos e com baixa visão, por meio de serviços gratuitos e especializados de reabilitação, educação especial, clínica de visão subnormal e programas de empregabilidade. A instituição é referência na produção de livros e revistas acessíveis nos formatos braille, falado e Daisy, distribuídos gratuitamente para pessoas com deficiência visual e para mais de 5 mil escolas, bibliotecas e organizações em todo o Brasil. www.fundacaodorina.org.br
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