O ambientalista Ramon Gallo, que dirige um projeto para
controlar a população de cobras, diz que o lagarto gigante da Gran
Canária é a maior vítima desta praga albina. Citado pela agência de
notícias France Press, Gallo destaca que "este lagarto só existe na Gran
Canária", podendo vir a transformar-se "numa espécie em perigo de
extinção se as cobras se espalharem por toda a ilha".
"As Canárias são um laboratório biológico e as cobras
estão a colocar em risco uma das espécies mais importantes da ilha",
acrescentou Gallo: "Estamos a falar de salvar a biodiversidade das Ilhas
Canárias, que é um dos principais atrativos deste arquipélago".
Esta quinta e sexta-feira, a ilha recebe especialistas
internacionais, incluindo especialistas em cobras, norte-americanos, que
participam numa conferência para discutir esta ameaça.
Ramon Gallo explica que as cobras foram detetadas na
natureza da Gran Canária em 1998, aparentemente descendentes de um
pequeno número de animais de estimação que fugiram até zonas de bosque.
Devido ao clima da ilha e por não terem encontrado predadores, mas sim
muito que comer, a espécie reproduziu-se demasiado depressa.
Em 2011, a equipa de Ramon Gallo foi financiada pela
União Europeia para fazer o recenseamento das várias espécies de cobras
existentes na Gran Canária.
A cobra real californiana pertence à família Colubridae
e é originária do oeste dos Estados Unidos e do norte do México. Em
adultas, têm um tamanho que vai dos 70 cm ao metro de comprimento. Têm
muita saída como animal de estimação e existem em várias cores. A
maioria das que habitam na Gran Canária, são do tipo albino - brancas
com riscas amarelas e olhos cor-de-rosa ou vermelhos.
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