Roberto Rillo Bíscaro
Vi as segundas temporadas de 2 séries constantes de
meus melhores de 2013. Se as colocarei na lista do primeiro semestre deste ano
ainda não sei, mas gostei de ambas.
Em outubro do ano passado estreou a segunda
temporada de Sessão de Terapia, no GNT. Mais curta do que a primeira, o formato
permaneceu: vemos 4 pacientes que o psicólogo Théo atende de segunda a quinta e
na sexta é a vez de sua supervisão. Exceto por João e Ana, que agora faziam
terapia com o filho obeso, os pacientes eram outros, mas um processo movido
pelo pai duma das personagens da temporada anterior assombra toda a segunda.
Fantasmas paternos, aliás, têm peso quase asfixiante. Théo tem muito a acertar com
o seu, moribundo.
O terapeuta está mais taciturno do que nunca e isso
se torna até um pouco maçante. As sessões com sua supervisora, Dora (Selma
Egrei, chique e ótima), foram as minhas prediletas. Pena que a versão
brasileira não enfatizou tanto os ressentimentos entre os 2, como anorte-americana. Concentrou-se quase exclusivamente no relacionamento de Théo
com seus pais.
A qualidade das interpretações, do texto e aspectos
técnicos também permanece.
Há
quem condene o programa por não ser como uma sessão de terapia: é tudo
arranjadinho, quando o paciente entra já quase sabemos qual o foco de seus
dilemas. Argumento tão tolo quanto desqualificar um filme de guerra porque a
casa não seja destruída por um bombardeio. É um programa de TV, não uma sessão
de terapia! O material tem que ser trabalhado de modo a ficar interessante e
coeso como uma narrativa Naturalista, da qual é tributário.
A australiana The Dr. Blake Mysteries retornou com mais
10 capítulos, terminados em fevereiro. Continuam os casos do detetive diletante
na cidade australiana de Ballarat, onde parece nunca fazer sol ou calor. Lucien
Blake tem alguns companheiros novos, como a médica legista (série escandinava
adora botar mulher nessa função), é beberrão pra exorcizar alguns demônios
levantados na primeira temporada e “resolvidos” na segunda. Mas, sempre está
elegante, penteado, barbeado, um galã.Esses demônios levantados e resolvidos não significam que haja sucessão entre os episódios. As aventuras são independentes, mas se você segui-las na ordem, entenderá melhor o passado de Blake e poderá torcer pra que ele fique com a governanta. Superfofa, The Dr. Blake
Mysteries lembra séries antigas de detetive até mesmo nas atuações,
especialmente a do protagonista Craig McLachaln, que está longe de ser um Kevin Spacey.
O maior mistério é como nenhum canal brasileiro comprou os direitos de exibição dessa delícia!
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