terça-feira, 13 de maio de 2014

TELINHA QUENTE 120

Roberto Rillo Bíscaro


Vi as segundas temporadas de 2 séries constantes de meus melhores de 2013. Se as colocarei na lista do primeiro semestre deste ano ainda não sei, mas gostei de ambas.
Em outubro do ano passado estreou a segunda temporada de Sessão de Terapia, no GNT. Mais curta do que a primeira, o formato permaneceu: vemos 4 pacientes que o psicólogo Théo atende de segunda a quinta e na sexta é a vez de sua supervisão. Exceto por João e Ana, que agora faziam terapia com o filho obeso, os pacientes eram outros, mas um processo movido pelo pai duma das personagens da temporada anterior assombra toda a segunda. Fantasmas paternos, aliás, têm peso quase asfixiante. Théo tem muito a acertar com o seu, moribundo.
O terapeuta está mais taciturno do que nunca e isso se torna até um pouco maçante. As sessões com sua supervisora, Dora (Selma Egrei, chique e ótima), foram as minhas prediletas. Pena que a versão brasileira não enfatizou tanto os ressentimentos entre os 2, como anorte-americana. Concentrou-se quase exclusivamente no relacionamento de Théo com seus pais.
A qualidade das interpretações, do texto e aspectos técnicos também permanece.
Há quem condene o programa por não ser como uma sessão de terapia: é tudo arranjadinho, quando o paciente entra já quase sabemos qual o foco de seus dilemas. Argumento tão tolo quanto desqualificar um filme de guerra porque a casa não seja destruída por um bombardeio. É um programa de TV, não uma sessão de terapia! O material tem que ser trabalhado de modo a ficar interessante e coeso como uma narrativa Naturalista, da qual é tributário.

australiana The Dr. Blake Mysteries retornou com mais 10 capítulos, terminados em fevereiro. Continuam os casos do detetive diletante na cidade australiana de Ballarat, onde parece nunca fazer sol ou calor. Lucien Blake tem alguns companheiros novos, como a médica legista (série escandinava adora botar mulher nessa função), é beberrão pra exorcizar alguns demônios levantados na primeira temporada e “resolvidos” na segunda. Mas, sempre está elegante, penteado, barbeado, um galã.Esses demônios levantados e resolvidos não significam que haja sucessão entre os episódios. As aventuras são independentes, mas se você segui-las na ordem, entenderá melhor o passado de Blake e poderá torcer pra que ele fique com a governanta. Superfofa, The Dr. Blake Mysteries lembra séries antigas de detetive até mesmo nas atuações, especialmente a do protagonista Craig McLachaln, que está longe de ser um Kevin Spacey

O maior mistério é como nenhum canal brasileiro comprou os direitos de exibição dessa delícia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário