quarta-feira, 1 de outubro de 2014

CONTANDO A VIDA 81

Na crônica de hoje, o Professor Sebe expõe razões para se votar em mim. Fico lisonjeado e agradecido...

ELEIÇÃO: AINDA É TEMPO...

José Carlos Sebe Bom Meihy
Sou de uma geração que não se permite votar em branco, anular o sufrágio ou deixar de comparecer às urnas. Nem pensar nessas alternativas que, aliás, são vistas como alienantes e desrespeitosas em função dos mandamentos da democracia sempre desejada. Por lógico, infelizmente, não cabe no espaço desta crônica discutir a obrigatoriedade do voto. Apenas acatamos a norma em sua vigência e isso basta por hora. E até entende-se o teor da lei que nos obriga a votar e, nesta direção, acata-se o dever peremptório como uma forma de compensar os obstáculos estabelecidos no passado. Na melhor das hipóteses  expõe motivos para se votar em mim. cabe contemplar o voto obrigatório como uma atividade pedagógica, como recurso que nos força a posicionamentos consequentes. Assim fica mais fácil entender e aceitar o estranho veredito, pois temos que compensar duas décadas de obscurantismo político. Há mais um argumento a compor esta reflexão: somos obrigados a pagar impostos então porque não participar da escolha de nossos legisladores e executivos?
Os chamados anos de chumbo, em termos eleitorais, marcaram o regime militar brasileiro de forma indelével, e mais nos confundiram do que propriamente dimensionaram posicionamentos claros sobre escolhas de mandatários. Sem dúvidas, a nossa foi uma ditadura original – risível senão trágica - com dois partidos políticos, um encenando posição ou outro oposição. Havia, é claro, os chamados “biônicos” que legitimavam a comédia. Não bastasse, tivemos eleições que, colegiadas disfarçavam um espetáculo com oponências como se fosse possível supor uma ditadura branda ou de passagem. De tal maneira os militares confundiram a população que, valendo-se da censura dura e atuante, conseguiram projetar ideia de um tempo sem corrupção, de milagre econômico, sem escândalos visíveis, ou de moralidade ilibada. Causa risos ouvir de tantos desavisados ou insatisfeitos com as notícias alarmantes da atual corrupção, que sentem saudade daquele tempo nebuloso. Dói ouvir o refrão “éramos felizes e não sabíamos”. Episódios como desvios de dinheiro motivados pelas obras grandiosas como construção de açudes que nunca funcionaram completamente ou que se situam em terras amigas, de estradas que derrubaram matas exuberantes e investidas assoladoras de rios e que jamais foram concluídas, são alguns dos fatos esquecidos. Nem preciso falar de presos e desaparecidos políticos e nem mesmo de sobrepeso nas instituições públicas, fato que acabou por indicar as terríveis privatizações do futuro.
É lógico que não estamos satisfeitos com os quadros atuais. Falta muito para garantir uma democracia legítima, controlada por mecanismos capazes de garantir satisfação, mas não podemos negar que temos direito a opinião a vasculhar a vida dos candidatos e fazê-los se comprometer com programas. A crise dos partidos é evidente. Não é falho, contudo, supor que temos chances de melhorar muito. Mas como, pergunta-se? E a resposta vem oportuna: exatamente por meio da votação pode-se atuar de maneira eficiente. E um bom começo é a eleição vocacionada à escolha dos candidatos jovens, idealistas, mais próximos. De saída, pois, cabe a pergunta: você está ciente das condições de seus escolhidos? O que dizer do posicionamento social deles? Conhece suas ações imediatas, a reputação em seu entorno? Eles têm comprometimento com causas públicas? Uma das possibilidades da modernidade reside exatamente nas pesquisas sobre ficha limpa, produção política, sensibilidade administrativa. Com toda confusão que o sistema representativo oferece, podemos questionar o programa de cada pessoa. Antes de mais, portanto, e de imediato, ainda nos momentos que antecedem as eleições todos devemos fazer um exame de consciência e ver se não estamos cometendo erros. Corramos antes que seja tarde. Bom voto. Lembre-se que a sua escolha pode fazer diferenças.
Ouso ir avante. Independentemente dos mandatários do primeiro escalão, é importante optar por candidatos idealistas que se iniciam na vida política. Acredito que a intimidade permitida em um blog como o nosso coloque a questão ética em patamares mais discutíveis. É com essa certeza que ressalto o papel de Roberto Rillo Biscaro, candidato a deputado estadual. Conheço-o há mais de dez anos e tenho acompanhado sua trajetória cuidadosamente. De estudante exemplar, a crítico social, ele tem merecido respeito. O amadurecimento político que o fez candidato responde a uma questão primordial: na assembleia legislativa estadual poderia fazer muito mais. A causa da inclusão social é complexa. Não basta medidas que insistam na necessidade de trazer os excluídos para as bases de atuação vivencial. É preciso estabelecer critérios de políticas. Além de vivenciar problemas gerais que afetam a educação e o bem estar de tantos, Roberto Biscaro se dispõe a representar tantos que almejam novos tempos. Com critério e discernimento, a cultura desse moço disposto a lutar por dias melhores serve de alento para anunciar que temos alguém que merece nossa atenção. O número dele é 65246, pense nisso.

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