Na crônica de hoje, o Professor Sebe expõe razões para se votar em mim. Fico lisonjeado e agradecido...
ELEIÇÃO: AINDA É TEMPO...
ELEIÇÃO: AINDA É TEMPO...
José Carlos Sebe Bom
Meihy
Sou de uma geração que não se permite votar em branco,
anular o sufrágio ou deixar de comparecer às urnas. Nem pensar nessas
alternativas que, aliás, são vistas como alienantes e desrespeitosas em função
dos mandamentos da democracia sempre desejada. Por lógico, infelizmente, não
cabe no espaço desta crônica discutir a obrigatoriedade do voto. Apenas acatamos
a norma em sua vigência e isso basta por hora. E até entende-se o teor da lei
que nos obriga a votar e, nesta direção, acata-se o dever peremptório como uma
forma de compensar os obstáculos estabelecidos no passado. Na melhor das
hipóteses expõe motivos para se votar em mim. cabe contemplar o voto obrigatório como uma atividade pedagógica,
como recurso que nos força a posicionamentos consequentes. Assim fica mais
fácil entender e aceitar o estranho veredito, pois temos que compensar duas
décadas de obscurantismo político. Há mais um argumento a compor esta reflexão:
somos obrigados a pagar impostos então porque não participar da escolha de
nossos legisladores e executivos?
Os chamados anos de chumbo, em termos eleitorais, marcaram o
regime militar brasileiro de forma indelével, e mais nos confundiram do que
propriamente dimensionaram posicionamentos claros sobre escolhas de mandatários.
Sem dúvidas, a nossa foi uma ditadura original – risível senão trágica - com
dois partidos políticos, um encenando posição ou outro oposição. Havia, é claro,
os chamados “biônicos” que legitimavam a comédia. Não bastasse, tivemos eleições
que, colegiadas disfarçavam um espetáculo com oponências como se fosse possível
supor uma ditadura branda ou de passagem. De tal maneira os militares
confundiram a população que, valendo-se da censura dura e atuante, conseguiram
projetar ideia de um tempo sem corrupção, de milagre econômico, sem escândalos
visíveis, ou de moralidade ilibada. Causa risos ouvir de tantos desavisados ou
insatisfeitos com as notícias alarmantes da atual corrupção, que sentem saudade
daquele tempo nebuloso. Dói ouvir o refrão “éramos felizes e não sabíamos”.
Episódios como desvios de dinheiro motivados pelas obras grandiosas como
construção de açudes que nunca funcionaram completamente ou que se situam em
terras amigas, de estradas que derrubaram matas exuberantes e investidas assoladoras
de rios e que jamais foram concluídas, são alguns dos fatos esquecidos. Nem
preciso falar de presos e desaparecidos políticos e nem mesmo de sobrepeso nas
instituições públicas, fato que acabou por indicar as terríveis privatizações
do futuro.
É lógico que não estamos satisfeitos com os quadros atuais.
Falta muito para garantir uma democracia legítima, controlada por mecanismos
capazes de garantir satisfação, mas não podemos negar que temos direito a
opinião a vasculhar a vida dos candidatos e fazê-los se comprometer com
programas. A crise dos partidos é evidente. Não é falho, contudo, supor que
temos chances de melhorar muito. Mas como, pergunta-se? E a resposta vem
oportuna: exatamente por meio da votação pode-se atuar de maneira eficiente. E
um bom começo é a eleição vocacionada à escolha dos candidatos jovens,
idealistas, mais próximos. De saída, pois, cabe a pergunta: você está ciente
das condições de seus escolhidos? O que dizer do posicionamento social deles?
Conhece suas ações imediatas, a reputação em seu entorno? Eles têm
comprometimento com causas públicas? Uma das possibilidades da modernidade
reside exatamente nas pesquisas sobre ficha limpa, produção política,
sensibilidade administrativa. Com toda confusão que o sistema representativo
oferece, podemos questionar o programa de cada pessoa. Antes de mais, portanto,
e de imediato, ainda nos momentos que antecedem as eleições todos devemos fazer
um exame de consciência e ver se não estamos cometendo erros. Corramos antes
que seja tarde. Bom voto. Lembre-se que a sua escolha pode fazer diferenças.
Ouso ir avante. Independentemente dos mandatários do
primeiro escalão, é importante optar por candidatos idealistas que se iniciam
na vida política. Acredito que a intimidade permitida em um blog como o nosso
coloque a questão ética em patamares mais discutíveis. É com essa certeza que
ressalto o papel de Roberto Rillo Biscaro, candidato a deputado estadual. Conheço-o
há mais de dez anos e tenho acompanhado sua trajetória cuidadosamente. De
estudante exemplar, a crítico social, ele tem merecido respeito. O
amadurecimento político que o fez candidato responde a uma questão primordial:
na assembleia legislativa estadual poderia fazer muito mais. A causa da
inclusão social é complexa. Não basta medidas que insistam na necessidade de
trazer os excluídos para as bases de atuação vivencial. É preciso estabelecer
critérios de políticas. Além de vivenciar problemas gerais que afetam a
educação e o bem estar de tantos, Roberto Biscaro se dispõe a representar
tantos que almejam novos tempos. Com critério e discernimento, a cultura desse
moço disposto a lutar por dias melhores serve de alento para anunciar que temos
alguém que merece nossa atenção. O número dele é 65246, pense nisso.
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