Virei meio fã do Kevin Spacey por seu trabalho em House of Cards (resenhei as 2 temperadas, veja aqui), daí, quando descobri Father of
Invention (2010) completo e sem legendas no You Tube, assisti.
Robert Axle é inventor e construiu bilionário império
comercializando suas engenhocas em infomercials,
aquelas propagandas de meia hora, que infestavam (infestam ainda?) canais de TV
menos abastados. Uma dos aparelhos decepa os dedos de mais de 3000 consumidores
e Axle passa 8 anos na cadeia. Ao sair em condicional, tenta recuperar sua
bem-aventurança e restaurar o relacionamento com a filha.
O início dá a impressão de comédia de humor-negro, mas
descamba pruma comédia dramosa de autoajuda sem graça e previsível, além de
furada. Uma das colegas da filha é lésbica, daí a pouco aparece um ex-namorado
e em seguida ela e Robert ensaiam envolvimento, que não se concretiza pra ser
relembrado no final, pra nada. Sem contar que a moça dá um chute no saco de
Axle sem motivo plausível e, pior, ele se posiciona pra que ela o faça. Aleatoriedade
é a mãe dessa invenção.
Father of Invention é outra daquelas narrativas que
reforçam a ideologia da América como terra das oportunidades. Que a chance de
se reerguer de Robert nasça dum roubo sequer é explorada como questionamento.
Esquecível e com roteiro incrivelmente amadoresco, nem
Spacey – um dos produtores – salva-o da sub-mediocridade.
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