Roberto Rillo Bíscaro
Águia é o apelido de Hallgrim Ørn Hallgrimsson, policial meio islandês, meio dinamarquês, que com time de especialistas em diversas áreas resolve casos que envolvem cartel colombiano de drogas; ditadura africana beneficiando-se de minério usado a mancheia, o qual acaba financiando chacinas em locais pobres; terrorista de ex-república soviética querendo construir bomba atômica e tanta coisa mais.
A globalização de Ørnen: En krimi-odyssé traduz-se em tramas poliglotas e geograficamente diversas; Congo, diversos países europeus como Itália, França, Lituânia, Alemanha e, claro, o resto da Escandinávia. Uma das personagens ouve MPB, São Paulo é mencionada um par de vezes, enfim, muito mais excitante que o incesto geográfico das séries norte-americanas.
Houve horas em que me perguntei por que o nome é individual e não indica o grupo, porque embora a personagens seja o centro com seus problemas com o pai etc, em termos de resolução dos casos policias, o grupo é preponderante e seus membros têm características próprias, além de linhas dramáticas particulares, ainda que menores que as de Hallgrim.
Momentos de realismo mágico como sonhos premonitórios e visões são verossímeis, porque Hallgrim é islandês; estereótipo que comentei na resenha da minissérie O Penhasco. Longe de serem meus prediletos, não destoam do realismo, como aconteceu em Arne Dahl.
Exceto pelo primeiro e último episódios – que não eletrizam como o restante – Ørnen: en krimi-odyssé é viciamte, inteligente e merece o Emmy ganhado. Umas 3 ou 4 cenas onde pede-se demasiado de nossa suspensão da descrença, mas nada grave.
E ainda tem a participação de Bjorn Floberg, de Varg Veum, em vários capítulos, também como comissário de polícia. Aquele sorriso cínico é tudo!
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